Portal Chamar Táxi

Novo programa "É um palco de liberdade", diz Bárbara Guimarães

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
39,075
Gostos Recebidos
464
Arrancam amanhã as emissões televisivas de "Portugal tem talento", formato da Fremantle que lançou inusitadas estrelas lá fora de que Susan Boyle é o exemplo mais paradigmático. Bárbara Guimarães regressa, desta feita, às lides dos programas "caça-talentos" enquanto anfitriã dos serões de domingo na SIC.

Está convicta de que o conteúdo tem tudo para vingar. Segue a linhagem de "Ídolos", somando-lhe horizontes artísticos bem mais alargados. Da magia, a performances acrobáticas, passando por números com cãezinhos, vale quase tudo.

Entusiasmada com este projecto?

Muito entusiasmada e cheia de energia. Ainda bem que a continuo a ter, têm sido semanas muito intensas, a gravar as audições no Tivoli, em Braga, Faro. Para percorrer o país e encontrar, então, o grande talento nacional que vai chegar ao fim desta aventura e ganhar os 100 mil euros. Começámos com "castings" que não chegam à televisão. Agora estamos já na fase de selecção em que já temos o júri que passa ou veta os candidatos.

Das prestações a que tem assistido, qual a que mais destaca?

As prestações são tão diversas e tão surpreendentes que é dificílimo conseguir dizer esta ou aquela. Posso dar alguns exemplos. Temos um grupo que salta de um varandim para o palco, do palco para a mesa do júri. Trata-se da modalidade chamada Parkour. Nunca tinha visto. É fabuloso, um número espectacular com uma liberdade imensa. Aliás, o palco deste programa é um palco de liberdade. Não há limite de idades, ou área. Além de ser uma surpresa constante. Estou sempre nos bastidores, recebo os candidatos e vejo todas as actuações. Tal como o júri, conheço bem todos os que passam por nós. Rimo-nos à gargalhada. É um programa muito diferente de tudo o que a televisão tem oferecido. De resto, na televisão, vemos formatos onde cantam, ou dançam. Aqui podem fazer tudo. É um pouco regressar à "Cornélia" que eu via em pequenina. Também acontece termos famílias. O pai com o filho, com os primos...

Relativamente às crianças, considera que concorrem por vontade própria ou por pressão dos pais?

Há casos que se sente que há alguma imposição dos pais. De qualquer forma, temos todos os cuidados com as crianças. Cantam, dançam, fazem acrobacias, magia. Há um menino de três anos que dança Hip Hop de uma forma extraordinária.

Que opinião tem do júri?

Aquele trio diz tudo o que pensa. É muito frontal. Mas temos a sensibilidade da Conceição Lino, o Zé Diogo Quintela com um humor muito inteligente e rápido e o Ricardo Pais que é sem dúvida alguma um mestre a avaliar todo o tipo de talentos. É o júri ideal. Melhor era impossível.

Troca ideias das actuações com eles?

Discuto com eles. Falamos muito. Há reuniões em que os questiono. Mas é preciso não esquecer que é um trabalho exaustivo e de muita pressão para o júri. Para não falar da plateia ao vivo. O público vai-se revezando, qualquer pessoa pode assistir. É muito interventivo, é o quarto jurado, está muito presente e pode mesmo condicionar o júri. O que vem da plateia é muito verdadeiro. Se toda a gente se levanta a aplaudir quer dizer algo.

Se concorresse a um programa do género qual o talento que escolheria?

Essa era a pergunta sacramental. Mas tenho uma resposta. Nas galas vou tentar surpreender os espectadores com qualquer coisa que eu veja que consiga dar. Não prometo é que o júri me passe. Tenho várias hipóteses.

Cantar é uma delas?

Seria possivelmente uma desgraça e um sacrifício para quem me ouvisse (risos).

Não costuma cantar para os filhos?

Canto, mas canções de embalar. Mas não era mal pensado um tema qualquer sobre um papão. Agora, não sei se pode ser considerado um talento, acho que é comum a todas as mães.

O directo é o seu registo preferencial?

Para mim é o modo por excelência de fazer televisão. Gosto muito. Posso dizer que este programa é um improviso constante. Nunca nos cansa. Acordamos com um sorriso no rosto às 7 horas e com um sorriso nos deitamos às 2.30 horas da manhã. Com umas olheiras cada vez mais profundas claro. Mas aguentamos muito bem o ritmo de trabalho, precisamente porque nos motiva e nos prende constantemente.

A receita destes conteúdos parece infalível. Como entende o fenómeno?

É uma fórmula que cada vez se vai alargando e tornando mais apurada, justamente para reunir as pessoas frente ao ecrã. Hoje em dia ou se trata de um programa que chama a atenção, como aconteceu com o "Ídolos", a "Operação Triunfo", "Achas que sabes dançar", ou um apresentador não consegue fazer milagres. Isso aconteceu-me com o "M/F". Foi um programa que chegou híbrido ao espectador, não há nada que o pudesse ter salvo. Portanto, bons formatos com este, testados e com bíblia, que têm por trás um manual com regras, é o ideal no entretenimento.

No entanto, este formato em particular teve já direito a uma versão na RTP1 com o nome "Aqui há talento" que não funcionou...

Não o cheguei a ver. Mas no fundo não era este. Prescindiu das audições ao vivo, por exemplo. Não é comparável o processo, nem a forma como se chega até à plateia. Esta é a fórmula original do "Got talent, com todos os ingredientes para funcionar. Tenho um bom "feeling".

Já se emocionou?

Sim. Era impossível não me emocionar. Tivemos em palco duas, ou três vozes de arrepiar. Só vendo. Acontece de tudo.

Se um dos seus filhos quisesse participar neste concurso apoiá-lo-ia?

Não sei. A única coisa que sei que vou permitir fazer ao meu filho com sete anos é ver a mãe na televisão. Embora seja às 21.30 horas, e habitualmente ele já está na cama. Mas sendo um programa tão transversal, vamos permitir, é só uma vez por semana.

Jornal de Notícias
 
Topo