- Entrou
- Out 5, 2021
- Mensagens
- 50,960
- Gostos Recebidos
- 1,413
Nova investigação revela que submersível 'Titan' estava condenado desde o primeiro mergulho
Antes do mergulho fatal, especialistas em águas profundas e alguns ex-funcionários da Oceangate emitiram alertas sobre o projeto do ‘Titan’.
Uma nova investigação divulgada pela BBC revela que o desastre do submersível ‘Titan’, que sofreu uma implosão catastrófica durante um mergulho nos destroços do Titanic, era "previsível".
Recorde-se que todos os cinco tripulantes - que terão pago 230 mil euros para visitar os destroços do Titanic - morreram. Entre eles, o explorador britânico Hamish Harding, o empresário britânico paquistanês Shahzada Dawood e o filho Suleman, o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet e o CEO da Oceangate, Stockton Rush.
Antes do mergulho fatal, especialistas em águas profundas e alguns ex-funcionários da Oceangate emitiram alertas sobre o projeto do ‘Titan’. Um deles descreveu-o como uma "abominação" e disse que o desastre era "inevitável" .
De acordo com a BBC, o ‘Titan’ nunca foi alvo de uma avaliação de segurança independente, conhecida como certificação, e uma das principais preocupações era que o casco - corpo principal do submarino onde os passageiros se sentavam - era feito de camadas de fibra de carbono misturadas com resina.
O documentário, que estreia terça-feira, revela que a fibra de carbono usada para construir o submersível começou a desfazer-se um ano antes do mergulho fatal.
Segundo a mesma fonte, a fibra de carbono é um material incomum para um submersível de águas profundas, uma vez que não é confiável sob pressão. As camadas de fibra de carbono podem-se separar.
A Guarda Costeira dos EUA acredita que as camadas de fibra de carbono do casco começaram a romper-se durante uma expedição realizada um ano antes do acidente.
Passageiros a bordo relataram ter ouvido um "estrondo" quando o submarino regressava à superfície e que Rush terá dito que o barulho era o próprio submarino a mover-se na sua estrutura. Contudo, a Guarda Costeira dos EUA diz que os dados recolhidos pelos sensores instalados no ‘Titan’ mostram que o som foi causado por delaminação - separação das camadas ou lâminas que constituem algo.
"A delaminação no mergulho 80 foi o princípio do fim. Todos os que embarcaram no ‘Titan’ após a expedição em causa estavam a arriscar a vida", afirmou a Tenente-Comandante Katie Williams da Guarda Costeira dos EUA.
O submersível transportou passageiros em mais três mergulhos no verão de 2022 — dois aos destroços do Titanic e um a um recife próximo, antes de falhar o mergulho, em junho de 2023.
O empresário Oisin Fanning estava a bordo do ‘Titan’ nas duas últimas expedições antes do desastre. Em entrevista à BBC News, Oisin garante que se soubesse o que sabe hoje, não voltaria a repetir a experiência. "Pessoas muito inteligentes que perderam a vida e que, se tivessem todos os factos, não teriam feito aquela viagem", frisou.
O explorador de águas profundas Victor Vescovo revelou que tinha sérias dúvidas sobre o ‘Titan’ e que já tinha dito que mergulhar no submarino era como jogar na roleta russa.
"Avisei as pessoas para não entrarem naquele submersível. Disse especificamente que era apenas uma questão de tempo até que falhasse catastroficamente, inclusive ao próprio Stockton Rush", frisou Victor.
Depois da implosão do submarino, os destroços foram encontrados espalhados pelo fundo do oceano Atlântico.
A Guarda Costeira dos EUA descreveu o processo de busca pelos destroços recuperados e disse que as roupas de Rush foram encontradas, assim como cartões de visita e adesivos do Titanic.
Ainda este ano, a autoridade vai publicar o relatório final com as conclusões da investigação, cujo objetivo é estabelecer o que aconteceu e evitar que um desastre como este aconteça novamente.
À BBC, Christine Dawood, que perdeu o marido Shahzada e o filho Suleman no acidente, disse que o incidente a mudou para sempre. "Não acredito que alguém que passe por uma perda e um trauma como este possa voltar a ser o mesmo", afirmou.
De acordo com a BBC, as repercussões do desastre de Oceangate podem não ficar por aqui, uma vez que alguns processos privados já foram movidos e processos criminais podem surgir.
"Mais uma vez, as nossas mais profundas condolências às famílias daqueles que morreram a 18 de junho de 2023 e a todos os afetados pelo trágico acidente", frisou a empresa à BBC.
Desde a tragédia, a Oceangate encerrou definitivamente as operações e concentrou os seus recursos em cooperar com as investigações.
Correio da Manhã

Antes do mergulho fatal, especialistas em águas profundas e alguns ex-funcionários da Oceangate emitiram alertas sobre o projeto do ‘Titan’.
Uma nova investigação divulgada pela BBC revela que o desastre do submersível ‘Titan’, que sofreu uma implosão catastrófica durante um mergulho nos destroços do Titanic, era "previsível".
Recorde-se que todos os cinco tripulantes - que terão pago 230 mil euros para visitar os destroços do Titanic - morreram. Entre eles, o explorador britânico Hamish Harding, o empresário britânico paquistanês Shahzada Dawood e o filho Suleman, o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet e o CEO da Oceangate, Stockton Rush.
Antes do mergulho fatal, especialistas em águas profundas e alguns ex-funcionários da Oceangate emitiram alertas sobre o projeto do ‘Titan’. Um deles descreveu-o como uma "abominação" e disse que o desastre era "inevitável" .
De acordo com a BBC, o ‘Titan’ nunca foi alvo de uma avaliação de segurança independente, conhecida como certificação, e uma das principais preocupações era que o casco - corpo principal do submarino onde os passageiros se sentavam - era feito de camadas de fibra de carbono misturadas com resina.
O documentário, que estreia terça-feira, revela que a fibra de carbono usada para construir o submersível começou a desfazer-se um ano antes do mergulho fatal.
Segundo a mesma fonte, a fibra de carbono é um material incomum para um submersível de águas profundas, uma vez que não é confiável sob pressão. As camadas de fibra de carbono podem-se separar.
A Guarda Costeira dos EUA acredita que as camadas de fibra de carbono do casco começaram a romper-se durante uma expedição realizada um ano antes do acidente.
Passageiros a bordo relataram ter ouvido um "estrondo" quando o submarino regressava à superfície e que Rush terá dito que o barulho era o próprio submarino a mover-se na sua estrutura. Contudo, a Guarda Costeira dos EUA diz que os dados recolhidos pelos sensores instalados no ‘Titan’ mostram que o som foi causado por delaminação - separação das camadas ou lâminas que constituem algo.
"A delaminação no mergulho 80 foi o princípio do fim. Todos os que embarcaram no ‘Titan’ após a expedição em causa estavam a arriscar a vida", afirmou a Tenente-Comandante Katie Williams da Guarda Costeira dos EUA.
O submersível transportou passageiros em mais três mergulhos no verão de 2022 — dois aos destroços do Titanic e um a um recife próximo, antes de falhar o mergulho, em junho de 2023.
O empresário Oisin Fanning estava a bordo do ‘Titan’ nas duas últimas expedições antes do desastre. Em entrevista à BBC News, Oisin garante que se soubesse o que sabe hoje, não voltaria a repetir a experiência. "Pessoas muito inteligentes que perderam a vida e que, se tivessem todos os factos, não teriam feito aquela viagem", frisou.
O explorador de águas profundas Victor Vescovo revelou que tinha sérias dúvidas sobre o ‘Titan’ e que já tinha dito que mergulhar no submarino era como jogar na roleta russa.
"Avisei as pessoas para não entrarem naquele submersível. Disse especificamente que era apenas uma questão de tempo até que falhasse catastroficamente, inclusive ao próprio Stockton Rush", frisou Victor.
Depois da implosão do submarino, os destroços foram encontrados espalhados pelo fundo do oceano Atlântico.
A Guarda Costeira dos EUA descreveu o processo de busca pelos destroços recuperados e disse que as roupas de Rush foram encontradas, assim como cartões de visita e adesivos do Titanic.
Ainda este ano, a autoridade vai publicar o relatório final com as conclusões da investigação, cujo objetivo é estabelecer o que aconteceu e evitar que um desastre como este aconteça novamente.
À BBC, Christine Dawood, que perdeu o marido Shahzada e o filho Suleman no acidente, disse que o incidente a mudou para sempre. "Não acredito que alguém que passe por uma perda e um trauma como este possa voltar a ser o mesmo", afirmou.
De acordo com a BBC, as repercussões do desastre de Oceangate podem não ficar por aqui, uma vez que alguns processos privados já foram movidos e processos criminais podem surgir.
"Mais uma vez, as nossas mais profundas condolências às famílias daqueles que morreram a 18 de junho de 2023 e a todos os afetados pelo trágico acidente", frisou a empresa à BBC.
Desde a tragédia, a Oceangate encerrou definitivamente as operações e concentrou os seus recursos em cooperar com as investigações.
Correio da Manhã