Nelson14
GF Platina
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Na imaginação de quem não Vê,
Imutável,
Permanece o medo da incerteza
De quem nunca viu.
Na visão de quem vê,
Subsiste o impedimento de Falar.
Perdura o silêncio.
Tanto para dizer,
Sem nunca o poder fazer!
Na dor de quem chora a Desigualdade,
Alto,
Ruge o grito angustiante,
Que provém das entranhas
Agonizantes da indiferença.
No silêncio de quem não Ouve,
Nasce a revolta inquieta,
Que clama o suave som
Do bater de asas de uma borboleta.
Multidões,
Correm apressadas no seu passar.
Marionetas,
Fingem tristeza no choro
De quem evita o olhar.
Na solidão,
Escuta-se baixinho,
O triste soluço
De quem, lentamente,
Se deixa afogar
Na tristeza da dor
De não ter Amor.
Sérgio Cruz