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Fina d'Armada é natural da Quinta d'Armada, freguesia de Riba de Âncora, concelho de Caminha, distrito de Viana do Castelo. É a 7ª filha de um casal de proprietários agrícolas. O seu nome oficial é Josefina Teresa Fernandes Moreira, mas não considera Fina d’Armada um pseudónimo, pois é assim que a tratam desde criança na terra onde nasceu. Formou-se inicialmente em professora primária, depois licenciou-se em História pela Universidade do Porto. Foi professora de História e Português, aposentado-se do ensino. Continuou intensamente a sua vida literária, sobretudo na área da investigação.
Entre 1977-1980, obteve uma bolsa do Instituto Nacional de Investigação Científica para escrever "A Mulher Portuguesa na Primeira República". Com essa bolsa, conseguiu entrar nos Arquivos Secretos de Fátima. Dessa investigação, resultaram seis livros sobre Fátima, quatro deles escritos em parceria com o Joaquim Fernandes, professor na Universidade Fernando Pessoa, publicados pela Bertrand, Estampa e Ésquilo. Os livros escritos com Joaquim Fernandes estão traduzidos em inglês, espanhol e francês.
Ainda dentro do seu curriculum académico, trabalhou num projecto europeu, subsidiado pela União Europeia, que envolveu quatro universidades da Europa (do Porto, de Cambridge, de Tessalónica e Barcelona), em 1996-1997. Foi convidada a integrar uma equipa pela Universidade do Porto, no âmbito da Cidadania das Mulheres e Educação, por já ser conhecida como investigadora na área da história das mulheres. Daí resultou o vídeo "Valores e Raízes – Educação e Cidadania das Mulheres", em co-autoria – sua e também da Professora Fernanda Henriques, da Universidade de Évora, e da Professora Maria José Magalhães, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. Como especialista em História das Mulheres, também já participou em acções de Formação de Docentes. Extractos de seus artigos têm sido inseridos em manuais escolares de História e Português, além de inclusão em teses.
Em 2003, concluiu o mestrado em "Estudos sobre as Mulheres", na Universidade Aberta. A tese para esse mestrado foi publicada sob o título "Mulheres Navegantes no Tempo de Vasco da Gama" (Ésquilo, 2006). Com esta obra foi galardoada com o prémio "Mulher Investigação Carolina Michaëlis de Vasconcelos, 2005".
Dr. Joaquim Fernandes e a Fina d'Armada.
Iniciou a publicação de artigos em Viana do Castelo, quando tinha 16 anos, no jornal "A Aurora do Lima". Entre 1969 e 1984, manteve uma crónica mais ou menos semanal no Jornal de Notícias, Porto, e no Comércio do Porto entre 1987 e 1991 e depois entre 1995-1999. Tem outras publicações em diferentes jornais e revistas, como na revista do jornal Expresso, sobre "As Mulheres nas Descobertas". Em Maio de 2012, foram catalogados 1027 artigos, publicados em 38 periódicos nacionais e estrangeiros. É autora de 12 obras individuais e de 39 em co-autoria. Os temas dos seus trabalhos versam sobretudo a temática feminista, fenomenologia, história das mulheres, descobrimentos e história local.
Em Gondomar, publicou em co-autoria, com outros autores do concelho, "Rio Tinto - Apontamentos Monográficos" (1999), "António de Sousa Neves" (1832-1908); em 2001, a "Monografia da Vila de Fânzeres" (2005), e "Cinco Enterros do João" (2006). E numa editora de Gondomar, Evolua, publicou "O Livro Feminista de 1715 – O Primeiro Grito Revolucionário".
Em 2008, publicou o romance "O Segredo da Rainha Velha" (Ésquilo), que tem sido o seu livro de mais sucesso e o mais vendido. Baseia-se na história desconhecida da Infanta D. Beatriz, mãe do rei D. Manuel I, que, como herdeira do Infante D. Henrique, dirigiu a Ordem de Cristo e os Descobrimentos Marítimos. O segredo versa a hipótese de Cristóvão Colombo ser português e enteado de D. Beatriz. Quando este livro saiu, Fina d’Armada adoeceu seriamente. Além de trabalhos em obras colectivas, como nos "Grandes Enigmas da História de Portugal" ou na "Revista Estudos Regionais", do Alto Minho, publicou "As Mulheres na Implantação da República" (Ésquilo) e "Republicanas quase Desconhecidas", desta vez pelo Círculo dos Leitores, Temas e Debates.
Para além de historiadora, Fina d’Armada é cronista, poetisa e autora de vários prefácios. É também autora de peças de teatro, já representadas, mas não publicadas. Na vertente literária, integra a "Antologia de Poetas do Alto Minho", o "Dicionário de Mulheres Rebeldes", o "Dicionário Antológico de Artes e Letras de Gondomar", e em Espanha, o "Dicionário Internacional de Arte e Literatura", bem como o de "Letras de Fronteira do Val do Miño Transfonteirizo", de autores minhotos e galegos.
Foi homenageada pela UMAR, em Outubro de 2010, «por uma vida inteira dedicada à causa das mulheres». Em 24 de Julho de 2010, a Câmara de Caminha condecorou-a com a medalha de Mérito Dourada «por uma vida inteira dedicada às letras, às mulheres e à singularidade de fazer a diferença». Há uma frase de Carolina Michaëlis que adota como sua: «Eu não tenho biografia, passei a vida a estudar». Por isso costuma parafrasear: «O meu curriculum é apenas o produto dos meus estudos».