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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, foi confrontado, na manhã deste sábado, por uma mulher em São João da Madeira, no distrito de Aveiro: Visivelmente nervosa, esta mulher confrontou Montenegro sobre as medidas anunciadas esta semana para a habitação e também sobre a crise na saúde.
"Não tenho dois mil e tal euros para arrendar uma casa", afirmou a mulher, com Montenegro a mostrar-se disponível para lhe explicar as medidas.
Quando ela lhe diz que paga 520 euros de renda, Montenegro retorquiu: "E tem a nossa ajuda".
"Que ajuda?", interrompe a residente, que sublinhou ainda que "ajuda os netos".
Explicando a esta cidadã que ela vai poder "deduzir mais da renda que paga no IRS", a mulher diz-lhe que "não foi assim que percebeu" e passou ao tema seguinte: a Saúde.
Quanto a este setor, a mulher disse que era doente crónica, apontando: "Não estamos a ter consultas nos hospitais".
Defendendo que o tempo das consultas "diminuiu" nos hospitais e centros de saúde desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro, Montenegro deixou o aviso: "Se a senhora vem com esse elemento eu vou-lhe dizer assim: não vale a pena insistir. Tenho muita compreensão pelos problemas, mas é quando as pessoas querem ser esclarecidas. O que está a dizer não é verdade".
Na quinta-feira, o Governo falou sobre o novo conceito de rendas "moderadas", que tem em conta o intervalo de 400 a 2.300 euros.
Em particular, no que diz respeito às famílias, com renda moderada, o Governo determinou que a dedução à coleta é de 15% até ao máximo de 900 euros em 2026, passando este limite a 1.000 euros em 2027.
Para os proprietários está prevista, por exemplo, a redução da taxa de IRS (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares) de 25% para 10% nos contratos de arrendamento de habitações a rendas moderadas.
Já na sexta-feira, o primeiro-ministro admitiu que rendas de 2.300 euros são "muito altas", mas existem em zonas como Lisboa, Porto ou Península de Setúbal.
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