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Moçambique forma mais 200 médicos por ano depois de pós-independência de carência
Moçambique assinala, em 25 de junho, 50 anos da proclamação de independência.
Moçambique forma anualmente mais de 200 médicos, em seis universidades, após um período de quase inexistência de profissionais no país, logo após a independência, há 50 anos, indicam dados da Ordem dos Médicos moçambicanos, avançados à Lusa.
"Em média, entre 200 e 300 candidatos (médicos de clínica geral e dentistas) inscrevem-se para as provas de certificação em cada época", lê-se num relatório da Ordem dos Médicos de Moçambique (OrMM), enviado à Lusa.
Moçambique assinala, em 25 de junho, 50 anos da proclamação de independência, por Samora Machel, o primeiro Presidente moçambicano.
O período pós-independência foi marcado por vários desafios no setor da saúde, sendo um dos principais a falta de médicos para responder à procura da época, segundo relataram à Lusa os antigos ministros e profissionais do setor, Hélder Martins e Fernando Vaz.
Em 1975, ano em que se proclamou a independência de Moçambique, a maior unidade do país, o Hospital Central de Maputo (HCM), chegou a ser apelidado de "Arca de Noé" pelas "tantas nacionalidades" de médicos no espaço para apoiar o setor de saúde moçambicano.
"Aqui, no hospital, tínhamos cerca de 30 a 35 médicos e então vieram muitos médicos africanos, soviéticos, da Guiné-Conacri, da Zâmbia, vieram vários médicos apoiar. Eu costumava dizer que o hospital parecia uma 'Arca de Noé'. Tinha tantas nacionalidades que lhe chamavam a 'Arca de Noé'", disse à Lusa, em entrevista, o cirurgião Fernando Vaz, o primeiro diretor do HCM pós-independência, que também foi vice-ministro da Saúde e, mais tarde, ministro do setor.
Passados 50 anos, Moçambique conta com seis instituições de ensino superior que se destacam na formação de médicos, segundo a OrMM, entre as quais estão as Universidades Eduardo Mondlane, Católica de Moçambique, Zambeze e Lúrio, e os institutos superiores de Ciências de Saúde e o de Ciências e Tecnologia Alberto Chipande.
"Atualmente encontram-se inscritos na OrMM cerca de 6.100 médicos, dos quais apenas 50% estão ativos", refere a ordem, apontando as províncias de Maputo, no sul do país, e Sofala, no centro, como as que concentram a maioria dos cursos de medicina e, consequentemente, "o maior número de formandos".
Além do aumento do número de profissionais formados no país, a Ordem dos Médicos de Moçambique apontou também a expansão das faculdades de medicina em várias províncias e a "melhoria gradual" do acesso aos cuidados de saúde como outros ganhos da independência.
"Contudo, persistem desafios importantes, como a sobrecarga dos serviços, falta de recursos humanos especializados, infraestruturas inadequadas em algumas regiões e carência de equipamentos essenciais", apontou a ordem, numa menção aos desafios da classe médica e da ordem, 50 anos após a independência de Moçambique.
A ordem reclamou ainda a desigualdade na distribuição de médicos entre zonas rurais e urbanas, melhoria das condições de trabalho e remuneração, maior investimento em formação contínua e atualização científica, fortalecimento da regulação e valorização da profissão e a retenção de quadros no setor público.
Correio da Manhã

Moçambique assinala, em 25 de junho, 50 anos da proclamação de independência.
Moçambique forma anualmente mais de 200 médicos, em seis universidades, após um período de quase inexistência de profissionais no país, logo após a independência, há 50 anos, indicam dados da Ordem dos Médicos moçambicanos, avançados à Lusa.
"Em média, entre 200 e 300 candidatos (médicos de clínica geral e dentistas) inscrevem-se para as provas de certificação em cada época", lê-se num relatório da Ordem dos Médicos de Moçambique (OrMM), enviado à Lusa.
Moçambique assinala, em 25 de junho, 50 anos da proclamação de independência, por Samora Machel, o primeiro Presidente moçambicano.
O período pós-independência foi marcado por vários desafios no setor da saúde, sendo um dos principais a falta de médicos para responder à procura da época, segundo relataram à Lusa os antigos ministros e profissionais do setor, Hélder Martins e Fernando Vaz.
Em 1975, ano em que se proclamou a independência de Moçambique, a maior unidade do país, o Hospital Central de Maputo (HCM), chegou a ser apelidado de "Arca de Noé" pelas "tantas nacionalidades" de médicos no espaço para apoiar o setor de saúde moçambicano.
"Aqui, no hospital, tínhamos cerca de 30 a 35 médicos e então vieram muitos médicos africanos, soviéticos, da Guiné-Conacri, da Zâmbia, vieram vários médicos apoiar. Eu costumava dizer que o hospital parecia uma 'Arca de Noé'. Tinha tantas nacionalidades que lhe chamavam a 'Arca de Noé'", disse à Lusa, em entrevista, o cirurgião Fernando Vaz, o primeiro diretor do HCM pós-independência, que também foi vice-ministro da Saúde e, mais tarde, ministro do setor.
Passados 50 anos, Moçambique conta com seis instituições de ensino superior que se destacam na formação de médicos, segundo a OrMM, entre as quais estão as Universidades Eduardo Mondlane, Católica de Moçambique, Zambeze e Lúrio, e os institutos superiores de Ciências de Saúde e o de Ciências e Tecnologia Alberto Chipande.
"Atualmente encontram-se inscritos na OrMM cerca de 6.100 médicos, dos quais apenas 50% estão ativos", refere a ordem, apontando as províncias de Maputo, no sul do país, e Sofala, no centro, como as que concentram a maioria dos cursos de medicina e, consequentemente, "o maior número de formandos".
Além do aumento do número de profissionais formados no país, a Ordem dos Médicos de Moçambique apontou também a expansão das faculdades de medicina em várias províncias e a "melhoria gradual" do acesso aos cuidados de saúde como outros ganhos da independência.
"Contudo, persistem desafios importantes, como a sobrecarga dos serviços, falta de recursos humanos especializados, infraestruturas inadequadas em algumas regiões e carência de equipamentos essenciais", apontou a ordem, numa menção aos desafios da classe médica e da ordem, 50 anos após a independência de Moçambique.
A ordem reclamou ainda a desigualdade na distribuição de médicos entre zonas rurais e urbanas, melhoria das condições de trabalho e remuneração, maior investimento em formação contínua e atualização científica, fortalecimento da regulação e valorização da profissão e a retenção de quadros no setor público.
Correio da Manhã