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Ambiente: Ministério distribui 20 mil sacos de pano para reduzir consumo de sacos de plástico
Lisboa, 06 Jun (Lusa) - "A terra está de saco cheio" foi o mote do Ministério do Ambiente para iniciar a campanha de sensibilização para redução de consumo de sacos de plástico, que começou hoje com a distribuição de sacos de pano em supermercados.
O primeiro saco foi entregue hoje simbolicamente pelo ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, no supermercado Pingo Doce, em Alcânta, Lisboa.
Aquele grupo de hiper e supermercados introduziu nas suas lojas sacos mais resistentes e reutilizáveis, pelos quais cobra dois cêntimos, o que levou à redução de 60 por cento no consumo de sacos plásticos, razão pela qual foi escolhida uma das suas lojas para o arranque da campanha.
Para Nunes Correia, o resultado da iniciativa do grupo é "magnífico" e põe em evidência que "60 por cento dos sacos são puro lixo".
"Esta cadeia introduziu um custo de dois cêntimos por cada saco plástico e com isso reduziu 60 por cento a sua utilização e ninguém deixou de levar as suas mercadorias para casa, o que demonstra que esses 60 por cento são mero desperdício, não têm qualquer utilização", sustentou o ministro, em declarações aos jornalistas.
Nunes Correia sublinhou que medidas como estas são de "louvar" e que o ideal seria chegar aos zero por cento de consumo de sacos de plástico, o que significaria a utilização de sacos de material reciclável.
"O que nós queremos sublinhar é o sentido da responsabilidade de uma das cadeias que introduziu já medidas que vão no sentido da sustentabilidade ambiental", afirmou, ressalvando que não é a única cadeia de supermercados a desenvolver estas medidas.
Para o ministro, "não cabe apenas ao Estado desenvolver acções neste sentido. Cabe também aos agentes económicos", sendo este "um exemplo que deve ser louvado".
A cobrança por cada saco é um dos caminhos a seguir para a redução do consumo de sacos, mas há outras medidas que podem ser tomadas como a utilização de sacos biodegradáveis reutilizáveis.
"Um saco plástico que parece uma coisa insignificante leva 500 anos a degradar-se e isto mostra que um pequeno gesto de atirar para um aterro como se fosse nada, daqui a 500 anos ainda está a causar danos ambientais", elucidou o ministro, lembrando que os portugueses levam anualmente para casa mais de duas mil toneladas de sacos distribuídos pelos hiper/supermercados e pequeno comércio.
Para Nunes Correia, o primeiro passo tem de ser a "consciencialização" dos portugueses para este problema.
"É muito importante que os portugueses percebam que um pequeno gesto aparentemente inócuo que é levar um saco plástico multiplicado por milhões de vezes tem consequências por séculos", frisou.
Para combater este problema, o Ministério do Ambiente distribuiu hoje gratuitamente a clientes dos distribuidores Sonae, Auchan e Jerónimo Martins cerca de 20 mil sacos de pano para serem distribuídos nos respectivos hipers e supermercados.
Segundo o ministro, esta foi uma primeira tiragem, mas haverá novas edições destes sacos, uma vez que tiveram a adesão de todas as cadeias.
Maria Elisa, utente do supermercado onde arrancou hoje a campanha, foi uma das primeiras pessoas a receber o saco de pano e achou "muito boa ideia".
"Acho muito bem. O saco pode ser lavado, dura muito tempo e não prejudicamos o ambiente", disse Maria Elisa à Lusa, enquanto guardava na mala um saco usado que tinha levado para colocar as compras.
A opinião é partilhada por Maria Brandão, outra utente, que "acha muito bem acabar com os plásticos".
"Os sacos de pano ou de papel são muito mais higiénicos", comentou Maria Brandão, lembrando os tempos "mais saudáveis" em que as pessoas utilizavam alcofas para fazer as compras.
A campanha de redução de consumo de sacos plásticos tem como principal objectivo induzir práticas de consumo sustentável junto dos consumidores, fazendo com que utilizem, em substituição, sacos de pano ou de outro material reciclável.
No mundo são consumidos anualmente 500 biliões de sacos de plástico, os quais levam em média 500 anos a degradar-se.
HN.
Lusa/Fim
Lisboa, 06 Jun (Lusa) - "A terra está de saco cheio" foi o mote do Ministério do Ambiente para iniciar a campanha de sensibilização para redução de consumo de sacos de plástico, que começou hoje com a distribuição de sacos de pano em supermercados.
O primeiro saco foi entregue hoje simbolicamente pelo ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, no supermercado Pingo Doce, em Alcânta, Lisboa.
Aquele grupo de hiper e supermercados introduziu nas suas lojas sacos mais resistentes e reutilizáveis, pelos quais cobra dois cêntimos, o que levou à redução de 60 por cento no consumo de sacos plásticos, razão pela qual foi escolhida uma das suas lojas para o arranque da campanha.
Para Nunes Correia, o resultado da iniciativa do grupo é "magnífico" e põe em evidência que "60 por cento dos sacos são puro lixo".
"Esta cadeia introduziu um custo de dois cêntimos por cada saco plástico e com isso reduziu 60 por cento a sua utilização e ninguém deixou de levar as suas mercadorias para casa, o que demonstra que esses 60 por cento são mero desperdício, não têm qualquer utilização", sustentou o ministro, em declarações aos jornalistas.
Nunes Correia sublinhou que medidas como estas são de "louvar" e que o ideal seria chegar aos zero por cento de consumo de sacos de plástico, o que significaria a utilização de sacos de material reciclável.
"O que nós queremos sublinhar é o sentido da responsabilidade de uma das cadeias que introduziu já medidas que vão no sentido da sustentabilidade ambiental", afirmou, ressalvando que não é a única cadeia de supermercados a desenvolver estas medidas.
Para o ministro, "não cabe apenas ao Estado desenvolver acções neste sentido. Cabe também aos agentes económicos", sendo este "um exemplo que deve ser louvado".
A cobrança por cada saco é um dos caminhos a seguir para a redução do consumo de sacos, mas há outras medidas que podem ser tomadas como a utilização de sacos biodegradáveis reutilizáveis.
"Um saco plástico que parece uma coisa insignificante leva 500 anos a degradar-se e isto mostra que um pequeno gesto de atirar para um aterro como se fosse nada, daqui a 500 anos ainda está a causar danos ambientais", elucidou o ministro, lembrando que os portugueses levam anualmente para casa mais de duas mil toneladas de sacos distribuídos pelos hiper/supermercados e pequeno comércio.
Para Nunes Correia, o primeiro passo tem de ser a "consciencialização" dos portugueses para este problema.
"É muito importante que os portugueses percebam que um pequeno gesto aparentemente inócuo que é levar um saco plástico multiplicado por milhões de vezes tem consequências por séculos", frisou.
Para combater este problema, o Ministério do Ambiente distribuiu hoje gratuitamente a clientes dos distribuidores Sonae, Auchan e Jerónimo Martins cerca de 20 mil sacos de pano para serem distribuídos nos respectivos hipers e supermercados.
Segundo o ministro, esta foi uma primeira tiragem, mas haverá novas edições destes sacos, uma vez que tiveram a adesão de todas as cadeias.
Maria Elisa, utente do supermercado onde arrancou hoje a campanha, foi uma das primeiras pessoas a receber o saco de pano e achou "muito boa ideia".
"Acho muito bem. O saco pode ser lavado, dura muito tempo e não prejudicamos o ambiente", disse Maria Elisa à Lusa, enquanto guardava na mala um saco usado que tinha levado para colocar as compras.
A opinião é partilhada por Maria Brandão, outra utente, que "acha muito bem acabar com os plásticos".
"Os sacos de pano ou de papel são muito mais higiénicos", comentou Maria Brandão, lembrando os tempos "mais saudáveis" em que as pessoas utilizavam alcofas para fazer as compras.
A campanha de redução de consumo de sacos plásticos tem como principal objectivo induzir práticas de consumo sustentável junto dos consumidores, fazendo com que utilizem, em substituição, sacos de pano ou de outro material reciclável.
No mundo são consumidos anualmente 500 biliões de sacos de plástico, os quais levam em média 500 anos a degradar-se.
HN.
Lusa/Fim