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Mais canais na TDT 'aumentam emprego'

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Set 27, 2006
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A alteração à lei da televisão prevista para este ano irá permitir a venda de um dos canais da RTP e a emissão do Canal Parlamento numa das frequências disponibilizadas pela Televisão Digital Terrestre (TDT), afirmou o ministro Miguel Relvas, esta semana.

Mas, para Nuno Bernardo, director da Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas (Addict), a emissão do Canal Parlamento em sinal aberto «parece mais uma solução de curto prazo para mostrar que afinal a TDT não tem apenas os quatro canais que já tinha» no sistema analógico.

A associação – que integra a RTP, o jornal Público, a Ordem dos Arquitectos, a empresa de tecnologia Ydreams, a Fundação de Serralves e universidades ligadas à formação para a indústria do audiovisual – considera que mais canais nacionais na oferta da TDT poderiam «impulsionar» o sector da produção independente, com consequente «aumento do emprego, do volume de negócios e da exportação de conteúdos». E, de acordo com Nuno Bernardo, o Canal Parlamento «em nada vem impulsionar o sector», nem «satisfazer a população relativamente ao processo de transição para o sistema digital de TV».

Para o director da Addict, faria sentido haver um canal de documentários, outro de programas infanto-juvenis – com conteúdos nacionais produzidos por empresas nacionais – e canais como o Porto Canal, o Canal Q e a SIC Radical. «Em muitos países, os operadores colocam um dos seus canais na TDT para promoverem os canais complementares, recuperando este investimento em receitas publicitárias adicionais».

A passagem do sistema analógico para a TDT teve início a 12 de Janeiro e o apagão final está previsto para 26 de Abril. Nessa data, o Norte e interior do país passarão a necessitar de um descodificador ou de uma antena para captar o sinal por satélite para ver televisão – à semelhança do que já acontece no resto do território continental e nas ilhas. Isto se a população não tiver aderido a um pacote de pay TV.

A TDT abre espaço para cerca de 50 novos canais em sinal aberto, mas até agora – e apesar de o processo de migração ter começado em testes em Maio de 2011 – apenas quatro estão disponíveis. Este facto leva Nuno Bernardo a dizer que com a TDT, tal como está hoje, «perdem as populações, a economia e o país, que tinha uma oportunidade de ouro de impulsionar a mais importante das indústrias do futuro – a dos conteúdos digitais».


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