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Apesar de as fronteiras da Lusitânia não coincidirem perfeitamente com as de Portugal de hoje, os povos que aqui habitaram são uma das bases etnológicas dos portugueses do centro e sul e também dos extremenhos (da Extremadura espanhola). Desde épocas remotas esta faixa territorial foi ocupada pelo homem. Dos tempos pré-históricos restam vestígios como as grutas naturais e artificiais de Estoril, Cascais, Peniche, Palmela e Escoural. Esta última foi descoberta acidentalmente por uma detonação de uma pedreira e estudada de imediato pelo Dr. Farinha dos Santos que encontrou intactos os restos mortais dos ocupantes deste refúgio, abrigo e jazida funerária; outras jazidas com restos do paleolítico e neolítico são os conceiros do vale do Tejo e Sado, em Muge,
da ribeira de Magos, dos arredores da Figueira. Mas principalmente a cultura
megalítica, com os dólmens, monumentos de falsas cúpulas de Alcalar no Algarve, que teve no território português um dos seus maiores focos de expansão, constitui um testemunho, que desde épocas longínquas este território foi um «habitat» priveligiado.
Supõe-se que o Périplo de um navegador Massaliota, efectuado por volta de 520 a.C. que descreve a sua viagem marítima ao longo das costas da península, tenha sido aproveitado por Rufo Festo Avieno, escritor do século IV para compor a Ode Marítima. No seu poema, Avieno refere-se aos Estrímnios, que podem ser considerados o mais antigo povo identificado neste território, procedente do Norte de África. O poema ainda refere que as regiões da costa cantábrica eram habitadas pelos Dráganas, e a sul, na actual região do Algarve, os Cinetes ou Cónios.
Muitos dos povos antigos que entraram na Península Ibérica deixaram no território da Lusitânia vestígios bem marcados dos contactos comerciais e de influência cultural, nomeadamente, e perfeitamente acentuados e reveladores de uma assimilação mais profunda, são os vestígios da ocupação romana e também os das invasões dos visigodos e dos árabes. Alguns historiadores antigos referem-se ao ouro da Lusitânia, riqueza que como a prata é hoje testemunhada pela frequência dos achados em Portugal, de numerosas jóias típicas fabricadas com esses metais — colares, braceletes, pulseiras, arrecadas, etc. O cobre, em abundância, extraía-se das minas do Sul. O chumbo encontrava-se, segundo Plínio, na cidade lusitana de Medubriga Plumbaria, que da abundância local daquele minério teria recebido o nome.
Divisão administrativa
Na divisão administrativa romana foi dividida em três conventus, no total de 46 cidades, sendo 5 de colonos romanos, entre as quais as duas que correpondiam a Beja (Pax Julia) e Santarém (Scalabis); uma outra município de direito romano, Olissipo (Lisboa); três usufruíam o direito lácio - Ebora, Myrtilis e Salacia (Évora, Mértola e Alcácer do Sal); finalmente 37 eram da classe estipendiária, entre as quais se destacam Aeminium (Coimbra), Balsa (Tavira), Miróbriga (Santiago do Cacém).
Algumas dessas comunidades encontram-se por localizar com precisão: Ossonoba (Faro?), Cetóbriga (Tróia de Setúbal?), Collippo (Leiria), Arabriga (Alenquer).
O vínculo administrativo com Roma terminaria em 411 quando o imperador Honório, após um prolongado período de guerra civil, estabeleceu um pacto com os Alanos que lhes concedia a Lusitânia. Dois anos mais tarde, porém, seriam os Visigodos a expulsar os Alanos, iniciando o domínio da Lusitânia a sul do Tejo, enquanto que a norte os Suevos continuavam com o seu reino com capital em Braga.
Os Lusitanos
Os lusitanos são normalmente vistos como uns dos antepassados dos portugueses do centro e sul do país e dos extremenhos. Eram um povo celtibérico que viveu na parte ocidental da Península Ibérica. Primeiramente, uma única tribo que vivia entre os rios Douro e Tejo ou Tejo e Guadiana. Ao norte do Douro limitavam com os galaicos e astures - que constituem a maior parte dos habitantes do norte de Portugal - na província romana de Galécia, ao sul com os béticos e ao oeste com os celtiberos na área mais central da Hispânia Tarraconense.
A figura mais notável entre os lusitanos foi Viriato, um dos seus líderes no combate aos romanos.
MigraçõesEste povo conquistou no século III a Dácia, província romana situada na Europa centro-oriental. No século IV, ante a ameaça dos hunos, o imperador bizantino Valente concedeu refúgio aos visigodos ao sul do Danúbio, mas a arbitrariedade dos funcionários romanos levou-os à revolta. Penetraram nos Balcãs e, em 378, esmagaram o exército do imperador Valente nas proximidades da cidade de Adrianópolis. Quatro anos depois, o imperador Teodósio I, o Grande conseguiu estabelecê-los nos confins da Mésia, província situada ao norte da península balcânica. Tornou-os federados (foederati) do império e deu-lhes posição proeminente na defesa. Os visigodos prestaram uma ajuda eficaz a Roma até 395, quando começaram a mudar-se para oeste. Em 401, chefiados por Alarico I, que rompera com os romanos, entraram na Itália e invadiram a planície do Pó, mas foram repelidos. Em 408 atacaram pela segunda vez e chegaram às portas de Roma, que foi tomada e saqueada em 410.
Reino Visigodo de Toulouse.
Nos anos seguintes, o rei Ataúlfo estabeleceu-se com seu povo no sul da Gália e na Hispânia e, em 418, firmou com o imperador Constâncio um tratado pelo qual os visigodos se fixavam como federados na província de Aquitania Secunda, na Gália. A monarquia visigoda consolidou-se com Teodorico I, que enfrentou os hunos de Átila na batalha dos Campos Catalâunicos. Em 475, Eurico declarou-se monarca independente do Reino Visigodo de Toulouse, que incluía a maior parte da Gália Aquitânia e a Hispânia. Seu reinado foi extremamente benéfico para o povo visigodo: além da obra política e militar, Eurico cumpriu uma monumental tarefa legislativa ao reunir as leis dos visigodos, pela primeira vez, no Código de Eurico, conservado num palimpsesto em Paris. Seu filho Alarico II codificou, em 506, o direito de seus súbditos romanos, na "Lex romana visigothorum", mas carecia dos dotes políticos do pai e perdeu quase todos os domínios da Gália em 507, quando foi derrotado e morto pelos francos de Clóvis, na batalha de Vouillé, perto de Poitiers. Desmoronou então o reino de Tolosa e os visigodos foram obrigados a transferir-se para a Hispânia.
Reino Visigodo de Toledo.
O reino visigodo na Península Ibérica esteve durante algum tempo sob o domínio dos ostrogodos da Itália, mas logo recuperou a sua velha autonomia. Até conquistar o domínio sobre toda a Península Ibérica, os visigodos enfrentaram suevos, alanos e vândalos, grupos de guerreiros germânicos que haviam ocupado a região desde antes de sua chegada. A unidade do reino teria sido completa já durante o reinado de Leovigildo, mas ficou comprometida por, dentre outros problemas, uma questão religiosa: os visigodos professavam o arianismo e os hispano-romanos eram católicos. O próprio filho de Leovigildo, Hermenegildo, chegou a sublevar-se contra o pai, depois de converter-se ao Catolicismo. Mas esse obstáculo para a fusão com os hispano-romanos resolveu-se em 589, ano em que o rei Recaredo I proclamou o Catolicismo religião oficial da Hispânia visigótica. Na realidade, as aristocracias goda e hispanoromana se encontravam de tal forma entrelaçadas, que a existência da diferença religiosa e de leis específicas para cada um dos grupos era naquele momento apenas uma barreira formal: na prática, os casamentos mistos eram comuns, e a própria divergência religiosa podia ser matizada, como se pode comprovar pelo facto de a Igreja Católica na região nunca ter passado por perseguições sistemáticas por parte da monarquia visigoda, até o reinado de Leovigildo. Outro indício de que a diferença religiosa entre godos e hispanoromanos já não era um elemento de distinção fundamental (se algum dia o foi), é o facto de a própria rebelião do filho católico de Leovigildo ter sido apoiada também por aristocratas arianos. A conversão de Recaredo, no III Concílio de Toledo, em 589, marca o inícia de uma estreita aliança entre a monarquia visigoda e a Igreja católica ibérica, desenvolvida marcadamente ao longo do século VII, a qual ganharia uma expressão peculiar em textos de intelectuais eclesiásticos da época, cujo ícone mais famoso é Isidoro de Sevilha. A monarquia visigoda foi destruída em 711 pela invasão muçulmana procedente do norte de África, que substituiria o reino visigodo por Al-Andaluz.
Herança Visigoda
Os visigodos se caracterizaram pela imensa influência que receberam da cultura e da mentalidade política romana, e criaram formas artísticas originais, como o arco de ferradura e a planta cruciforme das igrejas, e realizaram um importante trabalho de compilação cultural e jurídica. Figuras como santo Isidoro de Sevilha, ou obras jurídicas como o Código de Eurico, a Lex romana visigothorum e o Liber judiciorum, código visigótico que forneceu as bases da estrutura jurídica medieval na Península Ibérica, expressam o grau de desenvolvimento cultural que o reino visigodo alcançou.
O heróis dos Lusitanos, o povo autóctone, que é antepassado dos Portugueses, um herói que lutou contra a invasão romana, contra o desejo de MARE NOSTRUM do Imperador Romano, de tornar a Europa em torno do Mar Mediterrâneo um só Império.
Do nome masculino em Latim Viriathus or Viriatus
Do substantivo latino Viriae
Do substantivo céltico continental que designa bracelete
Durante cerca de 200 anos, o Império Romano levou a cabo uma guerra episódica ao tentar colonizar a Península Ibérica. As batalhas mais complexas e difíceis de ultrapassar ocorreram nas áreas ocidentais da Península, ocupadas pela tribo dos Lusitanos.
Viriato viveu nos Montes Hermínos (pensa-se que corresponde à área da Serra da Estrela) e era conhecido pela sua valentia e força física, sobriedade e desprendimento relativamente à sua saúde.
O historiador latino Diodorus escreveu sobre o casamento de Viriato com a filha de um rico latifundiário, que apoiava algumas das intenções romanas. Resistiu às tentações do ouro, prata e tecidos caros na boda, recusou inclusive um lugar de honra. Permaneceu em pé, partilhando um pouco de carne e pão com os seus companheiros das hostes lusitanas. Quando a noiva foi trazida perante ele, ele ofereceu sacrifício no modo Lusitano, montou o seu cavalo e desapareceu em direcção ao seu esconderijo nas montanhas.
Em 146 A.C., Viriato era apenas um pastor das montanhas, mas começou a ingressar nos acampamentos romanos e a ter como fonte de rendimento os saques que ele e os seus companheiros ali faziam às tropas romanas.
Em 146 A.C., Viriato foi eleito líder dos Lusitanos após ter liderado os sobreviventes de um massacre resultante de uma emboscada romana. As suas engenhosas tácticas de guerrilha e o sucesso na batalha contra os Romanos mantiveram os Romanos fora do território da tribo lusitana, susteve os avanços romanos para outras partes da Península e repercutiu em "rebeliões" de outras tribos já debaixo do domínio romano.
Em 141 A.C., Viriato conseguiu uma derrota dos Romanos e fez com que estes regressassem a Roma, pedindo apenas que as fronteiras do território Lusitano se mantivessem e que fosse concedido aos Lusitanos o estatuto de "amici populi Romani" (amigos do povo Romano). Estes termos de paz chegaram mesmo a ser ratificados pelo Senado Romano.
Durante os dois anos seguintes, os Romanos quebraram este e outros tratados que tinham com os Lusitanos. Em 139 A.C., o general romano encarregue da batalha contra os Lusitanos subornou 3 companheiros de Viriato, e estes assassinaram-no durante o sono. Assim terminaram a luta de Viriato e os problemas para Roma.
Mas foi apenas em 19 A.C. que o Império Romano com legiões comandadas por Júlio César e Augusto conseguiram levar a cabo uma guerra contra os Lusitanos, conseguindo derrotá-los, escravizá-los e anexar os seus territórios ao Império Romano.
Encontra-se também um site com uma B.D. em Castelhano sobre Viriato... coloco aqui o link... Viriato