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Laudo desmente versão da mãe sobre queda de criança torturada pelo padrasto
Segundo o delegado, a versão é incompatível com as lesões apresentadas pela vítima, que teve o intestino perfurado
Rio - O resultado do laudo do exame de lesão corporal da menina de 4 anos, internada com fraturas no braço e intestino perfurado, desmente a versão apresentada pela mãe de que ela teria sofrido uma queda. O padrasto da criança, Israel Lima Gomes, de 25 anos, está preso. Investigações revelaram que ele a subemetia a sessões prolongadas de tortura, com requintes de sadismo e chegou a obrigar a enteada a ingerir as próprias fezes.
Ao DIA, o delegado Felipe Santoro, titular da 37ªDP (Ilha do Governador), explicou que a mãe da criança é investigada por omissão de socorro e deve prestar um novo depoimento em breve.
"O laudo desmente a versão da própria mãe de que teria uma queda da própria altura ou da cama. E essa versão é incompatível com as lesões apresentadas pela vítima, que teve o braço fraturado e o intestino perfurado. Vamos entrar com uma medida protetiva hoje e vamos apurar a participação dela, que vai ser ouvida novamente", explicou.
Ainda segundo as investigações, o padrasto impunha castigos físicos como método de "educação" à menina. Em primeiro depoimento, a mãe chegou a negar qualquer agressão à filha por parte dela ou do companheiro. No entanto, uma troca de mensagens entre o casal apontou que ela sabia das agressões e chegou a dizer que não poderia levar a filha a um hospital.
"Ela não para de vomitar um líquido verde"; "Ela está vomitando muito com dor no corpo"; "Ela só pediu água e, mesmo assim, ela colocou pra fora"; "Agora estava se batendo e tremendo". "Não posso levar ela na UPA", diz a mulher em conversa com Israel.
Em outro diálogo, a mãe confronta o companheiro: "Eu vi você dando uma joelhada nela só porque ela não queria comer". Ele reage com xingamentos e negação veemente.
As agressões, segundo a polícia, eram constantes e disfarçadas com justificativas como quedas ou acidentes. O crime foi revelado depois que a criança deu entrada em uma unidade de saúde com quadro gravíssimo de perfuração intestinal, fratura no braço e infecção generalizada no abdômen.
Segundo médicos do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a vítima chegou ao hospital à beira da morte, após sofrer quatro paradas cardíacas, além de apresentar vômitos esverdeados e vários hematomas por todo o corpo. Na ocasião, mães presentes no hospital acionaram a polícia ao se depararem com o estado da criança. A mulher chegou a precisar de proteção para evitar um possível linchamento.
A criança permanece internada, entubada e em estado grave, correndo risco de vida. A delegacia responsável pelo caso ainda apura se as irmãs da menina, também menores e residentes na mesma casa, foram vítimas do padrasto. Israel já tinha duas anotações criminais por violência doméstica e importunação sexual, incluindo uma em que se exibiu nu para uma criança de 12 anos. Ele negou ter agredido a enteada, referindo-se a ela como "amorzinho".
O Dia

Segundo o delegado, a versão é incompatível com as lesões apresentadas pela vítima, que teve o intestino perfurado
Rio - O resultado do laudo do exame de lesão corporal da menina de 4 anos, internada com fraturas no braço e intestino perfurado, desmente a versão apresentada pela mãe de que ela teria sofrido uma queda. O padrasto da criança, Israel Lima Gomes, de 25 anos, está preso. Investigações revelaram que ele a subemetia a sessões prolongadas de tortura, com requintes de sadismo e chegou a obrigar a enteada a ingerir as próprias fezes.
Ao DIA, o delegado Felipe Santoro, titular da 37ªDP (Ilha do Governador), explicou que a mãe da criança é investigada por omissão de socorro e deve prestar um novo depoimento em breve.
"O laudo desmente a versão da própria mãe de que teria uma queda da própria altura ou da cama. E essa versão é incompatível com as lesões apresentadas pela vítima, que teve o braço fraturado e o intestino perfurado. Vamos entrar com uma medida protetiva hoje e vamos apurar a participação dela, que vai ser ouvida novamente", explicou.
Ainda segundo as investigações, o padrasto impunha castigos físicos como método de "educação" à menina. Em primeiro depoimento, a mãe chegou a negar qualquer agressão à filha por parte dela ou do companheiro. No entanto, uma troca de mensagens entre o casal apontou que ela sabia das agressões e chegou a dizer que não poderia levar a filha a um hospital.
"Ela não para de vomitar um líquido verde"; "Ela está vomitando muito com dor no corpo"; "Ela só pediu água e, mesmo assim, ela colocou pra fora"; "Agora estava se batendo e tremendo". "Não posso levar ela na UPA", diz a mulher em conversa com Israel.
Em outro diálogo, a mãe confronta o companheiro: "Eu vi você dando uma joelhada nela só porque ela não queria comer". Ele reage com xingamentos e negação veemente.
As agressões, segundo a polícia, eram constantes e disfarçadas com justificativas como quedas ou acidentes. O crime foi revelado depois que a criança deu entrada em uma unidade de saúde com quadro gravíssimo de perfuração intestinal, fratura no braço e infecção generalizada no abdômen.
Segundo médicos do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a vítima chegou ao hospital à beira da morte, após sofrer quatro paradas cardíacas, além de apresentar vômitos esverdeados e vários hematomas por todo o corpo. Na ocasião, mães presentes no hospital acionaram a polícia ao se depararem com o estado da criança. A mulher chegou a precisar de proteção para evitar um possível linchamento.
A criança permanece internada, entubada e em estado grave, correndo risco de vida. A delegacia responsável pelo caso ainda apura se as irmãs da menina, também menores e residentes na mesma casa, foram vítimas do padrasto. Israel já tinha duas anotações criminais por violência doméstica e importunação sexual, incluindo uma em que se exibiu nu para uma criança de 12 anos. Ele negou ter agredido a enteada, referindo-se a ela como "amorzinho".
O Dia