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Líder da Frelimo pede união de "partidos libertadores" contra extrema-direita em África
Para o líder moçambicano, "está cada vez mais claro" que objetivo dos movimentos de extrema-direita "é usar as eleições para forçar o tão propalado 'regime change' [mudança de regime], mesmo contra a vontade popular".
O presidente da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e chefe de Estado moçambicano pediu este domingo, em Joanesburgo, a união dos "partidos libertadores" da África austral contra a extrema-direita que quer levar ao poder "governos fantoches".
"Vamos unirmos mais como um único bloco para enfrentarmos a ameaça que paira sobre os nossos partidos libertadores", afirmou Daniel Chapo, presidente da Frelimo, no poder desde 1975, ao intervir na Cimeira dos Movimentos de Libertação, promovido pelo Congresso Nacional Africano (ANC), da África do Sul.
"De forma crescente, assistimos à intensificação do apoio a grupos chauvinistas da extrema-direita que recorrem às redes sociais, à Inteligência Artificial, entre outras plataformas, para difundir a desinformação através de discursos populistas de ódio e desqualificação das realizações dos nossos governos e das conquistas dos nossos povos", alertou Chapo, neste encontro, que junta dirigentes e quadros dos partidos históricos da África austral, incluindo do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975).
Para o líder moçambicano, "está cada vez mais claro" que o "principal objetivo" dos movimentos de extrema-direita "é usar as eleições para forçar o tão propalado 'regime change' [mudança de regime], mesmo contra a vontade popular".
"A sua tática consiste em tentar separar o povo dos nossos partidos, para fragilizar os nossos partidos e colocar no poder governos fantoches e empobrecer continuamente os nossos povos", alertou.
Daí o apelo de Chapo à união dos partidos históricos da África austral, que já antes mostrou preocupação com alegada intervenção da extrema-direita no continente, associando-a às manifestações pós-eleitorais em Moçambique, que, na sequência das eleições gerais de 09 de outubro, causaram perto de 400 mortos no país, saques, pilhagens e destruição de bens públicos e empresas, durante cerca de cinco meses.
"É verdade que há vários fatores conjunturais que afetam o desempenho dos nossos partidos. No entanto, independentemente dos fatores que possam ser invocados para caracterizar a atual situação, nós entendemos que os grandes desafios estão dentro dos nossos próprios partidos. Aquilo a que nós chamaríamos de questão interna", apontou.
Por isso, disse, "é urgente" que os "partidos libertadores definam estratégias" e ações "visando reverter o avanço dos partidos da oposição e, sobretudo, da extrema-direita".
"Mas para conseguirmos isso, precisamos de fortalecer a coesão e a união interna dentro dos nossos partidos e entre os nossos partidos na região. Podemos ter diferenças, podemos ter pontos de vista diferentes e divergentes, mas não devemos nunca atingir o nível de contradições antagónicas. Ou seja, temos de ser capazes de resolver as nossas divergências dentro do marco dos nossos partidos e dentro dos órgãos do nosso partido", reconheceu o líder moçambicano.
A cimeira de Joanesburgo, em que também marca presença o antigo presidente da República de Moçambique e presidente honorário da Frelimo Joaquim Chissano, visa reforçar a cooperação entre estas forças, oriundas das lutas de libertação nacional, bem como a concertação em torno dos desafios comuns do desenvolvimento, da paz e da soberania dos povos africanos.
Correio da Manhã

Para o líder moçambicano, "está cada vez mais claro" que objetivo dos movimentos de extrema-direita "é usar as eleições para forçar o tão propalado 'regime change' [mudança de regime], mesmo contra a vontade popular".
O presidente da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e chefe de Estado moçambicano pediu este domingo, em Joanesburgo, a união dos "partidos libertadores" da África austral contra a extrema-direita que quer levar ao poder "governos fantoches".
"Vamos unirmos mais como um único bloco para enfrentarmos a ameaça que paira sobre os nossos partidos libertadores", afirmou Daniel Chapo, presidente da Frelimo, no poder desde 1975, ao intervir na Cimeira dos Movimentos de Libertação, promovido pelo Congresso Nacional Africano (ANC), da África do Sul.
"De forma crescente, assistimos à intensificação do apoio a grupos chauvinistas da extrema-direita que recorrem às redes sociais, à Inteligência Artificial, entre outras plataformas, para difundir a desinformação através de discursos populistas de ódio e desqualificação das realizações dos nossos governos e das conquistas dos nossos povos", alertou Chapo, neste encontro, que junta dirigentes e quadros dos partidos históricos da África austral, incluindo do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975).
Para o líder moçambicano, "está cada vez mais claro" que o "principal objetivo" dos movimentos de extrema-direita "é usar as eleições para forçar o tão propalado 'regime change' [mudança de regime], mesmo contra a vontade popular".
"A sua tática consiste em tentar separar o povo dos nossos partidos, para fragilizar os nossos partidos e colocar no poder governos fantoches e empobrecer continuamente os nossos povos", alertou.
Daí o apelo de Chapo à união dos partidos históricos da África austral, que já antes mostrou preocupação com alegada intervenção da extrema-direita no continente, associando-a às manifestações pós-eleitorais em Moçambique, que, na sequência das eleições gerais de 09 de outubro, causaram perto de 400 mortos no país, saques, pilhagens e destruição de bens públicos e empresas, durante cerca de cinco meses.
"É verdade que há vários fatores conjunturais que afetam o desempenho dos nossos partidos. No entanto, independentemente dos fatores que possam ser invocados para caracterizar a atual situação, nós entendemos que os grandes desafios estão dentro dos nossos próprios partidos. Aquilo a que nós chamaríamos de questão interna", apontou.
Por isso, disse, "é urgente" que os "partidos libertadores definam estratégias" e ações "visando reverter o avanço dos partidos da oposição e, sobretudo, da extrema-direita".
"Mas para conseguirmos isso, precisamos de fortalecer a coesão e a união interna dentro dos nossos partidos e entre os nossos partidos na região. Podemos ter diferenças, podemos ter pontos de vista diferentes e divergentes, mas não devemos nunca atingir o nível de contradições antagónicas. Ou seja, temos de ser capazes de resolver as nossas divergências dentro do marco dos nossos partidos e dentro dos órgãos do nosso partido", reconheceu o líder moçambicano.
A cimeira de Joanesburgo, em que também marca presença o antigo presidente da República de Moçambique e presidente honorário da Frelimo Joaquim Chissano, visa reforçar a cooperação entre estas forças, oriundas das lutas de libertação nacional, bem como a concertação em torno dos desafios comuns do desenvolvimento, da paz e da soberania dos povos africanos.
Correio da Manhã