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Lésbicas castigadas na sequência de artigo do JN

xicca

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O casal de reclusas lésbicas do Estabelecimento Prisional de Tires, que denunciou publicamente estar a ser alvo de represálias desde que a relação foi tornada pública, voltou a ser castigado, desta vez, depois do artigo publicado, esta terça-feira, pelo JN.

Beatriz M. e Linda A. não só foram agora colocadas em dois pavilhões diferentes na prisão como ficaram, alegadamente, sem alguns dos seus pertences, após as suas celas terem sido despejadas. Com 29 anos e a três meses de sair do EPT, onde cumpriu uma pena por burla, Beatriz deixou o Pavilhão 2, onde se encontram as condenadas e rumou ao Pavilhão 1, das preventivas, para cumprir uma sanção disciplinar. Ao JN, fonte da Direcção-geral dos Serviços Prisionais adiantou que "a reclusa interpôs recurso do castigo para o Juiz do Tribunal de Execução de Penas", mas que foi confirmada a decisão. A mesma fonte referiu ainda que "não houve qualquer tipo de despojamento de bens".

Porém, segundo o advogado Pedro Namora, que tem mantido contacto com as duas reclusas lésbicas, as guardas da EPT terão exigido ao casal que não denuncie as punições que lhe tem sido aplicadas. "A mais velha (Beatriz) foi ameaçada de que se continuar a fazer 'barulho' não irá ter oportunidade de visitar a companheira quando sair da prisão", disse

A Associação Contra a Exclusão pelo Desenvolvimento (ACED) prepara-se para entregar uma queixa sobre o caso ao procurador-geral da República, tendo em conta que se configura num crime de discriminação.




JN
 
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