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Introdução ao Desenho Técnico

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A comunicação gráfica através de desenho existe desde o início dos tempos, independentes de idiomas. As primeiras expressões de escrita podemos citar hieróglifos egípcios mostrados na figura 01.
Figura 01
figura01.gif

Primeiro desenho técnico executado tinha sido a vista em planta de uma fortaleza, desenhada pelo engenheiro Caldeu Gudea e gravada em uma placa de pedra, mostrado na figura 02.
Figura 02
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Desenho técnico moderno, representação gráfica para engenharia ou representação gráfica de projectos de engenharia, desenho para uso técnico, mais precisamente os desenhos técnicos que representam projectos, mostrados na figura 03.
Figura 03
figura03.gif


Desenhos feitos mecanicamente, desenhos feitos com instrumentos mecânicos, desenhos criados através da utilização de programas gráficos computacionais, CAD/CAM, projecto assistido por computador, mostrado na figura 04.
Figura 04
figura04.gif


Para que projectista, desenhador e fabricante utilizem a mesma linguagem de comunicação existem regras que devem ser cumpridas.

Estas regras são definidas através de Normas Portuguesas que devem estar de acordo com as recomendações da ISO (International Organization for Standardization).

O Desenho Técnico, associado à Normalização, funciona como um eficaz veículo de comunicação de ideias e de ordenações técnicas e operacionais.
No Desenho Técnico de Mecânica é de fundamental importância o conhecimento das regras respeitantes à representação;

- da cotagem, nominal e funcional
- dos vários tipos de cortes e secções e da escolha mais adequada a uma perfeita representação da peça,
- de vistas auxiliares e representações especiais,
- da representação do estado de acabamento das superfícies,
- do toleranciamento dimensional e geométrico dos elementos constituintes dos conjuntos mecânicos.

Para uma boa leitura e interpretação dum desenho técnico devem estar correctamente definidas as dimensões e a forma dos objectos.

Há peças que, pela sua complexidade, obrigam a recorrer a processos auxiliares de representação.

As normas NP-297 e ISO 129 fixam a terminologia e as regras usadas na cotagem dos desenhos. A cotagem fornece as dimensões dos diferentes elementos de uma peça, define a sua posição relativa e dá outras indicações auxiliares relacionadas com as cotas.

A técnica dos Cortes está regulamentada pelas normas NP-328, NP-167 e ISO 128. Quando numa peça existem concavidades, mais ou menos complexas, surgem nas vistas linhas a traço interrompido que dificultam a interpretação do desenho. Um dos objectivos dos cortes é tornar visíveis essas zonas facilitando a interpretação da forma das peças.

Designa-se por secção a superfície resultante da intersecção de uma peça por um plano secante. A secção difere do corte porque neste se faz a representação da parte da peça à qual é suprimida a porção situada entre o plano de corte e o observador, enquanto que na secção apenas se representa a parte comum à peça e ao plano secante.

Por vezes as peças possuem superfícies inclinadas relativamente aos planos de projecção pelo que não se projectam em verdadeira grandeza nesses planos. Nestas situações consideram um novo plano de projecção, paralelo a essa superfície e perpendicular a um dos planos de projecção isto é, faz-se uma mudança de diedros. Obtém-se, assim, uma vista auxiliar.

Por tudo isto se reconhece a necessidade de saber executar uma correcta representação normalizada das peças, de qualquer conjunto mecânico ou equipamento, para que os elementos fabricados possam verificar as especificações necessárias a um bom desempenho das suas funções.


Fonte:José Arno Scheidt
 
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