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Notícias Influenciador baleado por PM critica lentidão da Justiça, que mantém acusado solto: 'tenho receio'

Roter.Teufel

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Influenciador baleado por PM critica lentidão da Justiça, que mantém acusado solto: 'tenho receio'

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Igor Melo faz terapia quatro vezes por semana e tenta retomar rotina gradativamente

Rio - Um mês após o pedido da Polícia Civil, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ainda não expediu um mandado de prisão preventiva para o policial militar reformado que atirou no influenciador botafoguense Igor Melo de Carvalho. O PM Carlos Alberto de Jesus foi denunciado por tentativa de homicídio duplamente qualificado, enquanto sua mulher, Josilene da Silva Souza, responde por falso testemunho com agravante.

Em março, o delegado Leandro Gontijo, titular da 22ª DP (Penha), responsável pelas investigações, representou pela prisão preventiva do casal e encaminhou o inquérito ao Ministério Público. No entanto, o pedido não foi acatado pelo TJ até o momento.

Em entrevista ao DIA, Igor Melo afirmou que já esperava um processo lento por parte da Justiça, mas que o sentimento atual é de incerteza e temor diante da impunidade. Apesar disso, ele considera um avanço o fato de a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ) já terem denunciado o casal.

"Eu não quero dinheiro, eu quero que ele pague. Meu advogado já havia me alertado que poderia levar tempo até que ele fosse preso. Saber que ele ainda está solto não me dá medo, mas me deixa com receio de que algo aconteça, não só comigo, mas com minha família, amigos e colegas de trabalho que acabaram expostos nessa situação toda", desabafa o influenciador.

Igor também pretende abrir uma nova frente na Justiça, uma ação contra o Estado. "Agora estou estudando entrar com uma ação contra o Estado porque fui incriminado e preso por três dias por um crime que não cometi. Sou mais um sobrevivente de um sistema brutal. O que aconteceu comigo acontece com muita gente no Rio, todos os dias. Ainda estou muito abalado, muito emotivo. Estou tentando me adaptar à mudança", relata.

Dois meses após ser baleado pelo PM da reserva, que o acusou injustamente de roubo, Igor ainda faz terapia quatro vezes por semana e tenta retomar sua rotina. Ele perdeu um rim em decorrência dos ferimentos.

A repercussão do caso mobilizou apoio, especialmente entre torcedores do Botafogo. "O que me mantém de pé é o reconhecimento na rua. As pessoas me dizem que torcem por mim. A torcida do Botafogo me abraçou", afirma Igor, que atualmente trabalha como comentarista esportivo na Rádio Craque Neto, no Rio.
Em nota, o TJRJ disse que houve um declínio de competência da 11ª Vara Criminal para uma das varas do Tribunal do Júri, uma vez que somente estas têm competência para jugar crimes dolosos contra a vida. "Foi encaminhado um pedido para manifestação do MP pela 1ª Vara Criminal da Capital, e aguarda essa manifestação", disse a assessoria do órgão.

Relembre o caso
Na noite de 23 de fevereiro, Igor, de 32 anos, deixou a casa de samba onde trabalhava com garçom, na Penha, Zona Norte, e subiu na garupa de Thiago, mototaxista que ele havia solicitado por aplicativo. Em determinado momento da viagem de volta para casa, o influenciador, que mantém um perfil dedicado ao Botafogo no Twitter, foi atingido nas costas por Carlos Alberto após a mulher apontar injustamente os dois como autores de um assalto que ela tinha acabado de sofrer.

Igor ficou internado sob custódia no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, enquanto Thiago foi detido em flagrante por roubo e conduzido à 21ª DP (Bonsucesso). Somente dois dias depois a Justiça do Rio mandou soltar os dois. Em 10 de março, a Justiça acolheu o pedido do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) para arquivar as acusações contra os dois, que se mostraram falsas com a investigação policial.

O Dia
 
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