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Hong Kong e Macau mantém restrições a importações do Japão devido a Fukushima

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Restrições foram impostas em agosto de 2023 devido à descarga no mar de águas residuais da central nuclear japonesa.

Hong Kong e Macau anunciaram, esta segunda-feira, que irão manter as restrições às importações de alimentos do Japão, impostas em agosto de 2023 devido à descarga no mar de águas residuais da central nuclear de Fukushima.

O anúncio das duas regiões semiautónomas chinesas surge um dia depois da China continental ter levantado a proibição da importação de marisco do Japão, medida que não abrange dez prefeituras japonesas.

Num comunicado, o Governo de Hong Kong disse irá "agir com prudência", uma vez que "a duração e a escala" do despejo de água da central de Fukushima Daichi "são sem precedentes".

O território sublinhou ainda que tem mantido contatos com as autoridades japonesas, às quais pediu mais "provas científicas" para "avaliar se existem condições para relaxar" as restrições.

Hong Kong proíbe atualmente a importação de produtos aquáticos, incluindo peixe, marisco e algas, das dez prefeituras consideradas "de alto risco", entre as quais Fukushima e Tóquio.

A região vizinha de Macau foi mais longe e proibiu a entrada de todos os produtos alimentares das mesmas dez prefeituras, incluindo vegetais, frutas, leite e lacticínios, carnes e ovos.

Num comunicado, o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) de Macau - equivalente a uma câmara municipal - reiterou que irá manter as restrições "para garantir a segurança alimentar e a saúde dos cidadãos".

Isto apesar do IAM reconhecer que desde agosto de 2023 e até 22 de junho passado, não foi "detectada qualquer anomalia" em cerca de 193 mil amostras de alimentos japoneses importados.

Também a Administração-Geral das Alfândegas da China disse no domingo que amostras recolhidas no âmbito da monitorização de longo prazo da água contaminada em Fukushima "não revelaram anomalias".

Como resultado, a China "decidiu retomar, sob determinadas condições", as importações de marisco de 37 das 47 prefeituras do Japão.

"O Japão considera este anúncio da China como positivo", afirmou, esta segunda-feira, o porta-voz adjunto do Governo japonês, Kazhiko Aoki, numa conferência de imprensa.

"O Governo japonês continua a trabalhar com a China para que esta retire os restantes controlos de importação sobre dez outras prefeituras japonesas e também sobre a carne de bovino", acrescentou.

Em 30 de maio, o ministro da Agricultura do Japão, Shinjiro Koizumi, disse que a China iria retomar as importações de marisco japonês, após os dois países chegarem a um acordo.

O acordo prevê que Pequim possa participar, no âmbito da Agência Internacional da Energia Atómica, na recolha de amostras das águas residuais de Fukushima, que começaram a ser descarregadas no mar em agosto de 2023.

Na altura a China bloqueou as importações de produtos do mar japoneses por considerar que a libertação de resíduos poderia pôr em perigo a indústria pesqueira e as comunidades costeiras do leste da China.

Correio da Manhã
 
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