billshcot
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ENTÃO, QUAL È A MELHOR ANTENA?
Em CB é frequente esta interrogação, depois dos fracos resultados obtidos com antenas “especiais”, que não se destacaram das anteriores, de modelos bem mais modestos.
Cada antena tem um gráfico de radiação próprio; coincidindo com a direcção A, B, ou C das Figs. 127, o alcance será máximo, médio ou mínimo, e por isso, o ganho de uma antena fica em geral, muito aquém do indicado pelo fabricante. Descurada a montagem e os valores das impedâncias, perdem-se características que, com alguns cuidados se obteriam resultados excelentes.
TIPOS DE ANTENAS
Há uma infinidade de modelos de antenas, porém, para não complicarmos o assunto, vamos descrever apenas alguns dos mais acessíveis, para orientação do leitor, porque mais tarde, com a experiência adquirida, já não necessita de recomendações.
Antenas omnidireccionais
Irradiam uniformemente em todas as direcções e entre outros modelos, temos:
— Antena passo-em-frente.
— Dipolo vertical.
— “Ground-plane”, ou seja, com plano de terra.
— Antena ringo.
Antenas direccionais
Irradiam numa só direcção, ou em dois sentidos diametralmente opostos, como sejam:
— Dipolo vertical, com elementos parasitários.
— Dipolo horizontal, sem ou com elementos parasitários.
— “Cubical-quad”
ANTENA VERTICAL
A antena vertical simples, de 1/4 de onda, é a mais indicada em serviço móvel. Diremos que o comprimento de onda λ correspondente aos 27 Mc/s, é de 10,52 m, e portanto, 1/4 de onda da Banda do Cidadão (27 Mc/s) será: 10,52/4 = 2,63 metros.
Instalada esta antena num automóvel, a carroçaria actua como contra-antena, e por isso convém que a antena se situe ao centro do tejadilho, para que o gráfico de radiação seja uniforme.
Quando o comprimento da antena é menor que 1/4 À., requer o uso de uma bobina de carga, em geral montada na base da antena, para compensar essa redução. As antenas de automóvel em espiral (tipo Wendel), têm boas características para se usarem em CB.
ANTENA PASSO-EM-FRENTE
É uma antena das mais simples e fácil de realizar (fig. 128), que proporciona excelentes resultados. Alguns amadores nunca se dão por satisfeitos e embora bem servidos, são tentados a experimentar outros modelos.
Pela disposição do radial ou contra-antena, o gráfico de radiação não é uniforme e sofre uma alteração que, no entanto, é pouco significativa. Variando o ângulo e o comprimento da contra-antena, consegue-se obter o máximo rendimento, que se situa nos 2,25 dB. Isto faz parte da “pesquisa” a encetar pelo amador, e o objectivo principal é o correcto acoplamento da antena ao emissor: a máxima irradiação de energia, atenuação de ondas estacionárias e de harmónicas. As restantes características desta antena aproximam-se das do dipolo aberto vertical.
DIPOLO VERTICAL
Vimos na fig. 14, uma antena dipolo de baixa impedância, de fácil construção e de bons resultados quando convenientemente acoplada. É alimentada por cabo coaxial de 52 Ω e pode ser transformada em direccional, juntando-lhe mais elementos, como nos mostra a fig. 132. Para os 27 Mc/s, cada haste terá o comprimento de 263 centímetros.
ANTENA “GROUND-PLANE”
Nesta antena (fig. 129), a terra artificial é constituída por 2, 3 ou 4 radiais ressonantes, de 1/4 da onda irradiada, isolados da terra e do mastro, e ligados à malha do cabo coaxial da linha de alimentação. Se for ajustável a inclinação dos radiais, permite corrigir a impedância da antena e melhorar a ROE. Com uma inclinação de 30º, a impedância aproxima-se dos 52 Ω. A resistência de radiação desta antena, melhora com um menor diâmetro do tubo vertical. Vejamos na fig. 129- A, uma das disposições a adoptar no isolamento da haste e dos radiais. Com placas de baquelite, também se pode idealizar o isolamento da antena e dos radiais ao mastro.
Os elementos radiais podem ter secções adicionais para correcção do comprimento, em mais ou menos uns 4 a 6 centímetros. Este tipo de antena tem um bom rendimento e por isso é recomendado para comunicações a longa distância (DX).
ANTENA RINGO
De reduzido ângulo de radiação, tem um ganho de 4dB, e portanto, um rendimento superior ao da vertical telescópica, o que equivale a um aumento de potência de 2,5 vezes. A haste A (fig. 130) pode ser feita de várias secções, começando em baixo com o diâmetro de 20 a 25 mm, e terminar com 6 a 10 mm. Perfeitamente ajustadas umas nas outras, a última secção da antena, a da ponta, deve ser extensível, para permitir a correcção do comprimento no ajuste final, entre os 477 e 485 centímetros.
A braçadeira C (fig. 130-A), que se desloca através do tubo B, fixa-se inicialmente a uns 40 centímetros do extremo a, e nunca se deve encostar à barra E. A blindagem do cabo, liga através da barra E’ ao tubo D. O condutor central do cabo, liga à antena A, através do condutor H, braçadeira C, tubo B e barra E.
Ajuste final
Com um medidor de ROE (SWR) intercalado na baixada da antena (fig. 141) e o emissor no “AR”, desloca-se a braçadeira C para o mínimo de estacionárias. Não se conseguindo esse mínimo aceitável, repete-se o ensaio, com a secção Z da antena mais ou menos recolhida (fig. 130) até se obter o mínimo de ROE pretendido.
Não se dispondo de medidor de estacionárias, usa-se o S-Meter do receptor como indicador e ao sintonizar-se uma estação fraca, desloca-se a braçadeira C sobre o tubo B, para o desvio máximo do S-Meter, que corresponde ao correcto acoplamento da antena ao emissor-receptor. Por último, assegura-se um bom contacto e protege-se a união da braçadeira ao tubo B, com tinta ou verniz próprios para o efeito.
A antena pode fazer-se de duralumínio, que não necessita de protecção especial. Todos os outros metais (alumínio, cobre, latão) requerem um revestimento de tinta ou verniz protector da superfície. Na junção de metais diferentes, a água da chuva origina correntes electrolíticas que os corroem rapidamente. Os próprios parafusos, se possível, devem ser do mesmo metal. De contrário, protegem-se as juntas metálicas da água da chuva, pintando-as com tinta ou verniz.
ANTENA TIPO WENDEL
Nas unidades móveis em FM, TV e microfones sem fios, são excelentes os resultados obtidos com esta antena helicoidal (fig. 131). Um troço de cabo RG8 com 25 a 45 cm de comprimento, é fixado numa ficha BNC ou PL, ao qual se retira a baínha exterior de plástico e a trança de blindagem. Empregando fio 0,22 a 0,30, com o comprimento de 1/4 λ da frequência média da banda a sintonizar, enrola-se em espiras espaçadas 1 a 3 mm, deixando a ponta livre, no mínimo, a 2 cm da ficha.
Ensaiam-se alguns modelos diferentes; corta-se o fio e estende-se a espiral até conseguir a mínima ROE. Obtivemos excelentes resultados além dos 476 Mhz.
ANTENAS DIRECCIONAIS
Com antenas direccionais podem-se usar emissores de menos potência, em comunicações entre pontos fixos e permanentes. Proporcionam uma melhoria superior à quadruplicação da potência do emissor, menos interferências nas zonas laterais ou opostas ao ângulo de radiação, e atenuação das interferências (na recepção) que não coincidam com a abertura da antena.
DIPOLOS SIMPLES
O dipolo horizontal tem um efeito direccional pouco pronunciado e tal como no vertical, o rendimento é máximo somente na frequência de ressonância, não permitindo o seu uso noutras bandas. Colocando outros elementos à frente ou atrás do dipolo (fig. 132), acentuam-se as suas características direccionais, cuja efectividade numa determinada direcção, pode aumentar de três a dez vezes, com atenuação dos sinais vindos de outras direcções, fora do ângulo de abertura da antena.
Como antena de banda larga, ajusta-se a distância A para as frequências baixas, e a B para as frequências mais altas. Os elementos auxiliares concentram a faixa de radiação da antena que, no entanto, pouco melhora com mais de três elementos. O número de elementos reduz a impedância da antena e o ângulo de abertura da mesma e por esse motivo se usa um dipolo fechado, alimentado por cabo de 75 Ω. Em muitos casos o “balun” ou um transformador de 1/4 λ, proporcionam uma excelente correcção no acoplamento das impedâncias do cabo coaxial da baixada ao dipolo, e a simetrização do circuito, ou correcção da fase.
Portanto, um dipolo fechado, com elementos auxiliares (fig. 132), tem uma impedância muito baixa, podendo o amador, com a ajuda de um medidor de SWR, ajustar a posição dos directores e o seu número, até obter as condições ideais, com a ligação directa do cabo coaxial aos terminais do dipolo.
ANTENA “CUBICAL-QUAD”
Muito usada nos EUA, é classificada como uma das melhores antenas; com um ganho de 8 dB, equivale a triplicar a potência do emissor. Tem características direccionais, pelo que, não se destinando a comunicações entre pontos fixos, necessita de um sistema que permita a sua orientação.
A antena “cubical-quad” consta de dois fios de cobre com 1,5 a 3 mm de diâmetro, formando dois quadrados, apoiados em suportes em X, de fibra de vidro, madeira ou cana. São montados paralelos um ao outro, separados 0,2 λ, e fixados num tubo horizontal de alumínio ou numa tira de madeira (fig. 133). É alimentada por cabo coaxial de 52 Ω e a sua impedância varia com a distância entre os dois quadrados. Tem muitas vantagens em relação à antena Yagi e também como nesta se podem juntar mais elementos. A antena pode girar 45° sobre o eixo horizontal, com os suportes em cruz, e ligar-se o cabo coaxial no canto inferior.
FILTRO DE AM-FM/CB
Numa viatura automóvel é inestética e incómoda a montagem de duas antenas, para radiodifusão sonora e CB. Com o filtro selector da fig. 134, emprega-se uma só antena que permite o uso simultâneo dos aparelhos auto-rádio e TX/RX.
O filtro separador de banda em T, impede que o sinal de saída do emissor afecte o receptor, ligado à mesma antena e em funcionamento. Nas bobinas, em espiras juntas, emprega-se fio esmaltado 0,45, com o diâmetro interior de 5 mm. Numa base de circuito impresso são fixados os componentes e as respectivas fichas coaxiais de 75 e 52 ohms, tipo BNC. Todos os condensadores, cerâmicos, serão para 500 V.
ANTENAS DE ONDA COMPLETA
Alguns radioamadores manifestam certa apetência por este tipo de antenas, nas quais a impedância é muito superior à das de 1/2 λ, situando-se em 1000 ohms a impedância de um dipolo aberto (simples), valor que aumenta com o número de elementos que lhe sejam incorporados. Tem maior largura de banda e ganho, e são apontados como inconvenientes o tamanho e o acasalamento de impedâncias.
ORIENTAÇÃO DAS ANTENAS
As antenas direccionais, com as vantagens inerentes às suas características, podem ser giratórias, orientáveis, quando accionadas através de um rotor (sistema electromecânico) ou por cabos de aço. De qualquer modo, o amador deve ter junto de si, um quadrante onde possa certificar-se da posição da antena e da orientação pretendida.
A ROE (SWR)
A relação de ondas estacionárias (ROE) é muito importante nas características de funcionamento de um emissor, e resulta afectada pelo incorrecto acoplamento da antena-baixada-emissor/receptor.
As condições locais, como sejam a humidade e a natureza do solo, resistência de perdas à RF dos materiais da própria antena, a altura desta e vários factores imponderáveis que escapam a uma generalização, contrariam o conceito da ROE. De qualquer antena com a ROE de 1:3 e uma resistência de radiação mais elevada, resulta um rendimento muito superior ao de uma outra antena com a ROE de 1:1 e uma resistência de radiação inferior.
A VIZINHANÇA
Muitos amadores interferem a TV dos vizinhos e abusivamente não tentam evitar esses incómodos. Também, alguns dos prejudicados, como resposta, resolvem “lixar- lhes” a recepção. Noutros casos, os vizinhos e por vezes os menos próximos, tomam conhecimento da sua vida privada, quando o amador cita o nome, morada, períodos de ausência ou horários de trabalho. Com isto franqueia as portas e proporciona aos gatunos um trabalho limpo!... Com filtros adequados pode evitar esses riscos.
INTERFERÊNCIAS
Em viaturas automóveis, as interferências que mais afectam a recepção dos 27 Mc/s, podem eliminar-se com o uso do filtro da fig. 135, intercalado na saída do dínamo, não sendo dispensados os outros componentes de filtro habituais, incluindo aqueles que são usados nos rolamentos das rodas de alguns automóveis, que espantam uns quantos mecânicos desprevenidos, por desconhecerem as funções de tão “injustificadas” molas!
FlLTRO DE INTERFERÊNCIAS EM TV
As frequências harmónicas de alguns emissores, coincidem com as frequências dos canais de TV e interferem, por vezes, os televisores situados a centenas de metros (baseamo-nos em consultas que nos têm sido apresentadas por muitos dos nossos leitores), e só com filtros muito selectivos se conseguem eliminar. Para evitar as frequências harmónicas, intercala-se na saída do emissor, o filtro da fig. 136.
Pode-se enrolar mais uma espira em cada bobina e deslocar dentro desta, um disco metálico, para o ajuste indutivo (ver figs. 229 e 232 do Guia Prático de Radiotecnia).
FILTRO DE INTERFERÊNCIAS EM 27 Mc/s
Nas baixadas de TV, junto ou dentro do aparelho, liga-se o filtro da fig. 137, para eliminar as interferências dos emissores próximos. É obrigatório o uso de alguns destes filtros, que podem ser feitos pelo próprio amador.
Para evitar a interferência do emissor nos televisores próximos, as antenas devem-se afastar no mínimo de 4 metros da interferente.
FILTROS
Os filtros permitem, portanto, atenuar ou eliminar outras frequências interferentes. Assim, teremos:
a) Em série com o dínamo, o filtro da fig. 135 elimina as frequências interferentes na recepção móvel, nos 27 Mc/s.
b) O filtro da fig. 136, ligado à saída do emissor, evita que as harmónicas dos 27 Mc/s interfiram os receptores de TV da vizinhança.
c) À entrada do televisor, o filtro da fig. 137 elimina as interferências harmónicas dos 27 Mc/s.
"CÁLCULOS” DE FILTROS
Quando se desconheçam os valores correctos, fórmulas próprias ou gráficos que facilitem o cálculo dos filtros, pode-se empregar uma bobina de valor médio (1) e um CV que cubra toda a faixa de frequências. A secção do fio dependerá da corrente máxima ou da potência a transferir, como seja o da fig. 135.
As fugas resultantes da má qualidade do isolamento, as capacidades residuais de todo o conjunto e o desnecessário comprimento das ligações vivas, devem-se reduzir ao mínimo possível.
ADAPTADOR DE ANTENA PARA CB
Este filtro, fig. 138, facilita o ajuste de qualquer tipo de antena, melhorando a selectividade e a ROE.
Fazendo uso de padders de mica, a montagem fica muito mais compacta e esteticamente melhorada.
As ligações às fichas de entrada e saída, devem ser o mais curtas possível, e a bobina apoiada nas pontas-terminais, afastada da caixa, para evitar os efeitos parasitários desta sobre o valor indutivo de L1.
É vulgar entre amadores, a conjugação das unidades que vemos na fig. 139. O medidor de ondas estacionárias pode ser retirado do circuito, depois de completados os ajustes e reduzido ao mínimo o valor da ROE. O filtro C é de reconhecida utilidade, posteriormente, quando a antena é instalada num local de difícil acesso.
SIMPLES MEDIDOR DE SINAL DE ANTENA
Um sistema muito simples e seguro, é o uso de um medidor de luz, muito comum em fotografia, colocado à frente do televisor quando esteja a receber a mira. As variações do sinal de antena serão notadas em pormenor no desvio da agulha do instrumento, permitindo assegurar a posição de máximo sinal de antena. Com uma resistência LDR e um vuímetro, é de fácil realização um destes medidores de luz.
O DECIBEL
Quem contacta com as coisas do som e das antenas, e não só, ouve falar de decibel E o que é? O decibel (dB) é uma unidade de medida da relação entre duas potências, entre duas tensões, ou correntes. O primeiro caso, que corresponde à verdadeira definição do decibel, apresenta-se matematicamente da forma seguinte: um decibel é igual a dez vezes o logaritmo decimal da relação entre duas potências.
Se medimos, por exemplo, uma potência P2, com o dobro do valor de outra potência P1, teremos: P2/P1 = 2, o logaritmo de 2 é 0,3, dez vezes o logaritmo de P2/P1 = 3. Assim, a potência P2 é 3dB superior a P1. Porém, 3dB não nos diz nada do valor absoluto da potência P2, porquanto possa ser em microwatts ou kilowatts; unicamente nos diz que vale o dobro de P1. Se as duas potências são iguais, a sua relação vale 0 dB, e se é inferior a P1, a relação expressa-se em dB negativos.
Também se expressa em dB o ganho de tensão de um amplificador, na medição da relação de duas tensões, e neste caso é definida de forma distinta: um decibel é igual a vinte vezes o logaritmo decimal da relação entre duas tensões. Portanto, se V2 é o dobro de V1, resulta que V2 é 6 dB maior que V1. Se V2 é a tensão de saída de um amplificador e V1 a tensão de entrada, diremos que o amplificador tem um ganho de 6 dB. Com o sinal de antena põe-se o mesmo caso, a partir do ganho de uma antena simples, constituída por um dipolo, cujo ganho é de 1 dB. É a partir desta, e portanto do ganho 1, que se considera o ganho das antenas com mais elementos.
ENTÃO, QUAL È A MELHOR ANTENA?
Em CB é frequente esta interrogação, depois dos fracos resultados obtidos com antenas “especiais”, que não se destacaram das anteriores, de modelos bem mais modestos.
Cada antena tem um gráfico de radiação próprio; coincidindo com a direcção A, B, ou C das Figs. 127, o alcance será máximo, médio ou mínimo, e por isso, o ganho de uma antena fica em geral, muito aquém do indicado pelo fabricante. Descurada a montagem e os valores das impedâncias, perdem-se características que, com alguns cuidados se obteriam resultados excelentes.
TIPOS DE ANTENAS
Há uma infinidade de modelos de antenas, porém, para não complicarmos o assunto, vamos descrever apenas alguns dos mais acessíveis, para orientação do leitor, porque mais tarde, com a experiência adquirida, já não necessita de recomendações.
Antenas omnidireccionais
Irradiam uniformemente em todas as direcções e entre outros modelos, temos:
— Antena passo-em-frente.
— Dipolo vertical.
— “Ground-plane”, ou seja, com plano de terra.
— Antena ringo.
Antenas direccionais
Irradiam numa só direcção, ou em dois sentidos diametralmente opostos, como sejam:
— Dipolo vertical, com elementos parasitários.
— Dipolo horizontal, sem ou com elementos parasitários.
— “Cubical-quad”
ANTENA VERTICAL
A antena vertical simples, de 1/4 de onda, é a mais indicada em serviço móvel. Diremos que o comprimento de onda λ correspondente aos 27 Mc/s, é de 10,52 m, e portanto, 1/4 de onda da Banda do Cidadão (27 Mc/s) será: 10,52/4 = 2,63 metros.
Instalada esta antena num automóvel, a carroçaria actua como contra-antena, e por isso convém que a antena se situe ao centro do tejadilho, para que o gráfico de radiação seja uniforme.
Quando o comprimento da antena é menor que 1/4 À., requer o uso de uma bobina de carga, em geral montada na base da antena, para compensar essa redução. As antenas de automóvel em espiral (tipo Wendel), têm boas características para se usarem em CB.
ANTENA PASSO-EM-FRENTE
É uma antena das mais simples e fácil de realizar (fig. 128), que proporciona excelentes resultados. Alguns amadores nunca se dão por satisfeitos e embora bem servidos, são tentados a experimentar outros modelos.
Pela disposição do radial ou contra-antena, o gráfico de radiação não é uniforme e sofre uma alteração que, no entanto, é pouco significativa. Variando o ângulo e o comprimento da contra-antena, consegue-se obter o máximo rendimento, que se situa nos 2,25 dB. Isto faz parte da “pesquisa” a encetar pelo amador, e o objectivo principal é o correcto acoplamento da antena ao emissor: a máxima irradiação de energia, atenuação de ondas estacionárias e de harmónicas. As restantes características desta antena aproximam-se das do dipolo aberto vertical.
DIPOLO VERTICAL
Vimos na fig. 14, uma antena dipolo de baixa impedância, de fácil construção e de bons resultados quando convenientemente acoplada. É alimentada por cabo coaxial de 52 Ω e pode ser transformada em direccional, juntando-lhe mais elementos, como nos mostra a fig. 132. Para os 27 Mc/s, cada haste terá o comprimento de 263 centímetros.
ANTENA “GROUND-PLANE”
Nesta antena (fig. 129), a terra artificial é constituída por 2, 3 ou 4 radiais ressonantes, de 1/4 da onda irradiada, isolados da terra e do mastro, e ligados à malha do cabo coaxial da linha de alimentação. Se for ajustável a inclinação dos radiais, permite corrigir a impedância da antena e melhorar a ROE. Com uma inclinação de 30º, a impedância aproxima-se dos 52 Ω. A resistência de radiação desta antena, melhora com um menor diâmetro do tubo vertical. Vejamos na fig. 129- A, uma das disposições a adoptar no isolamento da haste e dos radiais. Com placas de baquelite, também se pode idealizar o isolamento da antena e dos radiais ao mastro.
Os elementos radiais podem ter secções adicionais para correcção do comprimento, em mais ou menos uns 4 a 6 centímetros. Este tipo de antena tem um bom rendimento e por isso é recomendado para comunicações a longa distância (DX).
ANTENA RINGO
De reduzido ângulo de radiação, tem um ganho de 4dB, e portanto, um rendimento superior ao da vertical telescópica, o que equivale a um aumento de potência de 2,5 vezes. A haste A (fig. 130) pode ser feita de várias secções, começando em baixo com o diâmetro de 20 a 25 mm, e terminar com 6 a 10 mm. Perfeitamente ajustadas umas nas outras, a última secção da antena, a da ponta, deve ser extensível, para permitir a correcção do comprimento no ajuste final, entre os 477 e 485 centímetros.
A braçadeira C (fig. 130-A), que se desloca através do tubo B, fixa-se inicialmente a uns 40 centímetros do extremo a, e nunca se deve encostar à barra E. A blindagem do cabo, liga através da barra E’ ao tubo D. O condutor central do cabo, liga à antena A, através do condutor H, braçadeira C, tubo B e barra E.
Ajuste final
Com um medidor de ROE (SWR) intercalado na baixada da antena (fig. 141) e o emissor no “AR”, desloca-se a braçadeira C para o mínimo de estacionárias. Não se conseguindo esse mínimo aceitável, repete-se o ensaio, com a secção Z da antena mais ou menos recolhida (fig. 130) até se obter o mínimo de ROE pretendido.
Não se dispondo de medidor de estacionárias, usa-se o S-Meter do receptor como indicador e ao sintonizar-se uma estação fraca, desloca-se a braçadeira C sobre o tubo B, para o desvio máximo do S-Meter, que corresponde ao correcto acoplamento da antena ao emissor-receptor. Por último, assegura-se um bom contacto e protege-se a união da braçadeira ao tubo B, com tinta ou verniz próprios para o efeito.
A antena pode fazer-se de duralumínio, que não necessita de protecção especial. Todos os outros metais (alumínio, cobre, latão) requerem um revestimento de tinta ou verniz protector da superfície. Na junção de metais diferentes, a água da chuva origina correntes electrolíticas que os corroem rapidamente. Os próprios parafusos, se possível, devem ser do mesmo metal. De contrário, protegem-se as juntas metálicas da água da chuva, pintando-as com tinta ou verniz.
ANTENA TIPO WENDEL
Nas unidades móveis em FM, TV e microfones sem fios, são excelentes os resultados obtidos com esta antena helicoidal (fig. 131). Um troço de cabo RG8 com 25 a 45 cm de comprimento, é fixado numa ficha BNC ou PL, ao qual se retira a baínha exterior de plástico e a trança de blindagem. Empregando fio 0,22 a 0,30, com o comprimento de 1/4 λ da frequência média da banda a sintonizar, enrola-se em espiras espaçadas 1 a 3 mm, deixando a ponta livre, no mínimo, a 2 cm da ficha.
Ensaiam-se alguns modelos diferentes; corta-se o fio e estende-se a espiral até conseguir a mínima ROE. Obtivemos excelentes resultados além dos 476 Mhz.
ANTENAS DIRECCIONAIS
Com antenas direccionais podem-se usar emissores de menos potência, em comunicações entre pontos fixos e permanentes. Proporcionam uma melhoria superior à quadruplicação da potência do emissor, menos interferências nas zonas laterais ou opostas ao ângulo de radiação, e atenuação das interferências (na recepção) que não coincidam com a abertura da antena.
DIPOLOS SIMPLES
O dipolo horizontal tem um efeito direccional pouco pronunciado e tal como no vertical, o rendimento é máximo somente na frequência de ressonância, não permitindo o seu uso noutras bandas. Colocando outros elementos à frente ou atrás do dipolo (fig. 132), acentuam-se as suas características direccionais, cuja efectividade numa determinada direcção, pode aumentar de três a dez vezes, com atenuação dos sinais vindos de outras direcções, fora do ângulo de abertura da antena.
Como antena de banda larga, ajusta-se a distância A para as frequências baixas, e a B para as frequências mais altas. Os elementos auxiliares concentram a faixa de radiação da antena que, no entanto, pouco melhora com mais de três elementos. O número de elementos reduz a impedância da antena e o ângulo de abertura da mesma e por esse motivo se usa um dipolo fechado, alimentado por cabo de 75 Ω. Em muitos casos o “balun” ou um transformador de 1/4 λ, proporcionam uma excelente correcção no acoplamento das impedâncias do cabo coaxial da baixada ao dipolo, e a simetrização do circuito, ou correcção da fase.
Portanto, um dipolo fechado, com elementos auxiliares (fig. 132), tem uma impedância muito baixa, podendo o amador, com a ajuda de um medidor de SWR, ajustar a posição dos directores e o seu número, até obter as condições ideais, com a ligação directa do cabo coaxial aos terminais do dipolo.
ANTENA “CUBICAL-QUAD”
Muito usada nos EUA, é classificada como uma das melhores antenas; com um ganho de 8 dB, equivale a triplicar a potência do emissor. Tem características direccionais, pelo que, não se destinando a comunicações entre pontos fixos, necessita de um sistema que permita a sua orientação.
A antena “cubical-quad” consta de dois fios de cobre com 1,5 a 3 mm de diâmetro, formando dois quadrados, apoiados em suportes em X, de fibra de vidro, madeira ou cana. São montados paralelos um ao outro, separados 0,2 λ, e fixados num tubo horizontal de alumínio ou numa tira de madeira (fig. 133). É alimentada por cabo coaxial de 52 Ω e a sua impedância varia com a distância entre os dois quadrados. Tem muitas vantagens em relação à antena Yagi e também como nesta se podem juntar mais elementos. A antena pode girar 45° sobre o eixo horizontal, com os suportes em cruz, e ligar-se o cabo coaxial no canto inferior.
FILTRO DE AM-FM/CB
Numa viatura automóvel é inestética e incómoda a montagem de duas antenas, para radiodifusão sonora e CB. Com o filtro selector da fig. 134, emprega-se uma só antena que permite o uso simultâneo dos aparelhos auto-rádio e TX/RX.
O filtro separador de banda em T, impede que o sinal de saída do emissor afecte o receptor, ligado à mesma antena e em funcionamento. Nas bobinas, em espiras juntas, emprega-se fio esmaltado 0,45, com o diâmetro interior de 5 mm. Numa base de circuito impresso são fixados os componentes e as respectivas fichas coaxiais de 75 e 52 ohms, tipo BNC. Todos os condensadores, cerâmicos, serão para 500 V.
ANTENAS DE ONDA COMPLETA
Alguns radioamadores manifestam certa apetência por este tipo de antenas, nas quais a impedância é muito superior à das de 1/2 λ, situando-se em 1000 ohms a impedância de um dipolo aberto (simples), valor que aumenta com o número de elementos que lhe sejam incorporados. Tem maior largura de banda e ganho, e são apontados como inconvenientes o tamanho e o acasalamento de impedâncias.
ORIENTAÇÃO DAS ANTENAS
As antenas direccionais, com as vantagens inerentes às suas características, podem ser giratórias, orientáveis, quando accionadas através de um rotor (sistema electromecânico) ou por cabos de aço. De qualquer modo, o amador deve ter junto de si, um quadrante onde possa certificar-se da posição da antena e da orientação pretendida.
A ROE (SWR)
A relação de ondas estacionárias (ROE) é muito importante nas características de funcionamento de um emissor, e resulta afectada pelo incorrecto acoplamento da antena-baixada-emissor/receptor.
As condições locais, como sejam a humidade e a natureza do solo, resistência de perdas à RF dos materiais da própria antena, a altura desta e vários factores imponderáveis que escapam a uma generalização, contrariam o conceito da ROE. De qualquer antena com a ROE de 1:3 e uma resistência de radiação mais elevada, resulta um rendimento muito superior ao de uma outra antena com a ROE de 1:1 e uma resistência de radiação inferior.
A VIZINHANÇA
Muitos amadores interferem a TV dos vizinhos e abusivamente não tentam evitar esses incómodos. Também, alguns dos prejudicados, como resposta, resolvem “lixar- lhes” a recepção. Noutros casos, os vizinhos e por vezes os menos próximos, tomam conhecimento da sua vida privada, quando o amador cita o nome, morada, períodos de ausência ou horários de trabalho. Com isto franqueia as portas e proporciona aos gatunos um trabalho limpo!... Com filtros adequados pode evitar esses riscos.
INTERFERÊNCIAS
Em viaturas automóveis, as interferências que mais afectam a recepção dos 27 Mc/s, podem eliminar-se com o uso do filtro da fig. 135, intercalado na saída do dínamo, não sendo dispensados os outros componentes de filtro habituais, incluindo aqueles que são usados nos rolamentos das rodas de alguns automóveis, que espantam uns quantos mecânicos desprevenidos, por desconhecerem as funções de tão “injustificadas” molas!
FlLTRO DE INTERFERÊNCIAS EM TV
As frequências harmónicas de alguns emissores, coincidem com as frequências dos canais de TV e interferem, por vezes, os televisores situados a centenas de metros (baseamo-nos em consultas que nos têm sido apresentadas por muitos dos nossos leitores), e só com filtros muito selectivos se conseguem eliminar. Para evitar as frequências harmónicas, intercala-se na saída do emissor, o filtro da fig. 136.
Pode-se enrolar mais uma espira em cada bobina e deslocar dentro desta, um disco metálico, para o ajuste indutivo (ver figs. 229 e 232 do Guia Prático de Radiotecnia).
FILTRO DE INTERFERÊNCIAS EM 27 Mc/s
Nas baixadas de TV, junto ou dentro do aparelho, liga-se o filtro da fig. 137, para eliminar as interferências dos emissores próximos. É obrigatório o uso de alguns destes filtros, que podem ser feitos pelo próprio amador.
Para evitar a interferência do emissor nos televisores próximos, as antenas devem-se afastar no mínimo de 4 metros da interferente.
FILTROS
Os filtros permitem, portanto, atenuar ou eliminar outras frequências interferentes. Assim, teremos:
a) Em série com o dínamo, o filtro da fig. 135 elimina as frequências interferentes na recepção móvel, nos 27 Mc/s.
b) O filtro da fig. 136, ligado à saída do emissor, evita que as harmónicas dos 27 Mc/s interfiram os receptores de TV da vizinhança.
c) À entrada do televisor, o filtro da fig. 137 elimina as interferências harmónicas dos 27 Mc/s.
"CÁLCULOS” DE FILTROS
Quando se desconheçam os valores correctos, fórmulas próprias ou gráficos que facilitem o cálculo dos filtros, pode-se empregar uma bobina de valor médio (1) e um CV que cubra toda a faixa de frequências. A secção do fio dependerá da corrente máxima ou da potência a transferir, como seja o da fig. 135.
As fugas resultantes da má qualidade do isolamento, as capacidades residuais de todo o conjunto e o desnecessário comprimento das ligações vivas, devem-se reduzir ao mínimo possível.
ADAPTADOR DE ANTENA PARA CB
Este filtro, fig. 138, facilita o ajuste de qualquer tipo de antena, melhorando a selectividade e a ROE.
Fazendo uso de padders de mica, a montagem fica muito mais compacta e esteticamente melhorada.
As ligações às fichas de entrada e saída, devem ser o mais curtas possível, e a bobina apoiada nas pontas-terminais, afastada da caixa, para evitar os efeitos parasitários desta sobre o valor indutivo de L1.
É vulgar entre amadores, a conjugação das unidades que vemos na fig. 139. O medidor de ondas estacionárias pode ser retirado do circuito, depois de completados os ajustes e reduzido ao mínimo o valor da ROE. O filtro C é de reconhecida utilidade, posteriormente, quando a antena é instalada num local de difícil acesso.
SIMPLES MEDIDOR DE SINAL DE ANTENA
Um sistema muito simples e seguro, é o uso de um medidor de luz, muito comum em fotografia, colocado à frente do televisor quando esteja a receber a mira. As variações do sinal de antena serão notadas em pormenor no desvio da agulha do instrumento, permitindo assegurar a posição de máximo sinal de antena. Com uma resistência LDR e um vuímetro, é de fácil realização um destes medidores de luz.
O DECIBEL
Quem contacta com as coisas do som e das antenas, e não só, ouve falar de decibel E o que é? O decibel (dB) é uma unidade de medida da relação entre duas potências, entre duas tensões, ou correntes. O primeiro caso, que corresponde à verdadeira definição do decibel, apresenta-se matematicamente da forma seguinte: um decibel é igual a dez vezes o logaritmo decimal da relação entre duas potências.
Se medimos, por exemplo, uma potência P2, com o dobro do valor de outra potência P1, teremos: P2/P1 = 2, o logaritmo de 2 é 0,3, dez vezes o logaritmo de P2/P1 = 3. Assim, a potência P2 é 3dB superior a P1. Porém, 3dB não nos diz nada do valor absoluto da potência P2, porquanto possa ser em microwatts ou kilowatts; unicamente nos diz que vale o dobro de P1. Se as duas potências são iguais, a sua relação vale 0 dB, e se é inferior a P1, a relação expressa-se em dB negativos.
Também se expressa em dB o ganho de tensão de um amplificador, na medição da relação de duas tensões, e neste caso é definida de forma distinta: um decibel é igual a vinte vezes o logaritmo decimal da relação entre duas tensões. Portanto, se V2 é o dobro de V1, resulta que V2 é 6 dB maior que V1. Se V2 é a tensão de saída de um amplificador e V1 a tensão de entrada, diremos que o amplificador tem um ganho de 6 dB. Com o sinal de antena põe-se o mesmo caso, a partir do ganho de uma antena simples, constituída por um dipolo, cujo ganho é de 1 dB. É a partir desta, e portanto do ganho 1, que se considera o ganho das antenas com mais elementos.