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Grupo de extrema-direita pensou em invadir a Assembleia da República

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Ministério Público colocou sob escuta principais suspeitos do Movimento Armilar Lusitano. Judiciária vigiou-os de perto. Operação "Desarme 3D" apreendeu explosivos como TNT e PE4A e granadas.

Investigados há quatro anos pelo Ministério Público e a Polícia Judiciária, o grupo Movimento Armilar Lusitano (MAL) chegou a provocar algum pânico entre os investigadores quando, alguns dos seus membros, falaram ao telefone sobre a possibilidade de invadir a Assembleia da República. A intenção não se concretizou, mas ficou claro para os investigadores que quanto maior fosse o crescimento deste grupo, que incluía um agente da Polícia Municipal de Lisboa, mais perigoso de poderia tornar.

Esta terça-feira, em conferência de imprensa, Manuela Santos, diretora da Unidade Nacional de Contra-Terrorismo (UNCT) admitiu que, durante a investigação, a PJ apercebeu-se que os suspeitos "estavam a armar-se" e a "recrutar pessoas" e a "ter capacidade de treino tática para fazerem uma ação", não revelando, porém, o alvo em concreto.

Nos últimos quatro anos, a Unidade Nacional de Contra Terrorismo da Polícia Judiciária e o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) delinearam uma estratégia de monitorização permanente das atividades do MAL, quer online, quer presencialmente. A investigação, segundo apurou o NOW, acompanhou os elementos em vários almoços e jantares de "confraternização", assim como monitorizaram as encomendas feitas para a construção de armas 3D.

Outras das escutas que provocou alguma apreensão prendeu-se com a compra de bidons de 50 litros, os quais terão sido enterrados em Monsanto, Lisboa. Ao que o NOW apurou, os investigadores não conseguiram apurar, em concreto, o que estava em causa.

Esta terça-feira, seis membros do Movimento Armilar Lusitano, um movimento de extrema-direita, foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ) por crimes relacionados com atividades terroristas. Nas buscas, os inspetores da PJ foram surpreendidos com a qualidade dos explosivos encontrados: TNT PE4A e algumas granadas. O "achamento" levou a que a unidade de explosivos da GNR tivesse que ser accionada para a recolha dos mesmos.

As autoridades emitiram 15 mandados de busca e apreensão, domiciliárias e não domiciliárias, que culminaram na detenção de seis pessoas indiciadas pelos crimes relacionados com atividades terroristas, discriminação, incitamento ao ódio e à violência e detenção de arma proibida. Os suspeitos estão também indiciados pela prática de crimes de infrações terroristas e alteração violenta do Estado de direito.

Foram ainda várias armas de fogo, algumas produzidas com tecnologia 3D, várias impressoras 3D, várias dezenas de munições, várias armas brancas e material informático.

Correio da Manhã
 
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