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França diz que acordo sobre tarifas com EUA é desequilibrado e Itália quer conhecer mais detalhes

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Acordo comercial foi anunciado no domingo em Turnberry, na Escócia, pelo chefe de Estado norte-americano, Donald Trump.

O ministro francês do Comércio Externo, Laurent Saint-Martin, disse esta segunda-feira que o acordo entre a União Europeia e os Estados Unidos é desequilibrado e que o bloco europeu deve afirmar-se como uma potência económica. Laurent Saint-Martin disse à France Inter, sem especificar, que o acordo tem como fundo uma questão política e que a Europa deve assumir-se como uma potência económica, sobretudo no setor dos serviços.

"Eu não quero que fiquemos pelo que aconteceu ontem [domingo]", disse o ministro francês considerando que o acordo com os Estados Unidos é "desequilibrado".

O acordo comercial anunciado no domingo em Turnberry, na Escócia, pelo chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prevê a taxa de 15% sobre produtos europeus.

O acordo prevê também o compromisso europeu sobre a compra de energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares e o investimento de 600 mil milhões adicionais, além de aumentar as aquisições de material militar.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou também esta segunda-feira que o acordo comercial é sustentável, mas frisou que vai ser necessário analisar os detalhes. Meloni disse à margem da cimeira das Nações Unidos sobre sistemas alimentares que decorre esta segunda-feira na Etiópia disse ainda que o agravamento das relações comerciais entre a Europa e os Estados Unidos teria consequências imprevisíveis e devastadoras.

Mesmo assim, para a chefe do Governo de Roma é preciso estudar os detalhes do acordo, porque, sublinhou, o documento assinado no domingo é um acordo-quadro que juridicamente não é vinculativo. "Há uma série de elementos que faltam, assim como não sei a que se refere quando se fala de investimentos sobre a compra de gás", declarou Meloni.

Na Alemanha, a federação que representa os fabricantes de automóveis disse que os direitos aduaneiros de 15% que podem vir a ser aplicados aos automóveis europeus que entram nos Estados Unidos podem "pesar" sobre as empresas alemãs do setor.

Hildegard Mueller, a presidente da federação dos fabricantes de automóveis alemães VDA, afirmou que os direitos aduaneiros norte-americanos de 15%, que também se aplicam aos produtos automóveis, vão custar milhares de milhões de euros - todos os anos - às empresas automóveis da Alemanha.

Correio da Manhã
 
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