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Final da Champions League: Manchester City conquista seu primeiro título
Pep Guardiola é campeão do torneio pela terceira vez e Halland termina como artilheiro: 12 gols
Neste sábado (10), o Atatürk Olympic Stadium recebeu a final da Champions League e viu uma partida tensa, disputada e com defesas impressionantes. O novo campeão europeu de clubes foi o Manchester City, do técnico Pep Guardiola: 1x0 contra a Internazionale de Milão, do técnico Pippo Inzaghi. O gol da vitória inglesa foi marcado pelo volante espanhol Rodri, mas o brasileiro Ederson também mereceu as honras de herói, com duas defesas impressionantes.
Este é o primeiro título de Champions do Manchester City. O clube foi comprado em 2008 pelo Abu Dhabi United Group, por 210 milhões de libras (em torno de 1 bilhão e 288 milhões de reais). Hoje, se contarmos apenas o valor de mercado dos 23 jogadores do clube, esse número chega a 1 bilhão de euros (em torno de 5 bilhões e 200 milhões de reais). O projeto do governo catari não era só conquistar a Champions. A ideia era ser dominante na Inglaterra, que possui o futebol mais competitivo do mundo e com maior volume de dinheiro circulando.
O plano também era pegar essa equipe sem tradição de títulos e transformá-la em um dos clubes mais vencedores do mundo, assim como sempre foi o seu rival local, o Manchester United. Pensaram em um técnico que propusesse um jogo dominante e um futebol bonito de ver. Contrataram o melhor treinador do mundo nesse quesito e um dos melhores da história: o espanhol Pep Guardiola, que chegou ao City em agosto de 2016. Ele fez sua equipe conquistar e dominar a Inglaterra, com cinco campeonatos em seis disputados. É o atual campeão inglês e da Copa da Inglaterra. Para fechar a tríplice coroa, faltava o título europeu.
Dois anos antes, o City perdeu a final para o rival inglês, o Chelsea, mas neste sábado venceu a Inter de Milão em Istambul, na Turquia. Antes da partida, teve show da brasileira Anitta. Ela se apresentou depois do nigeriano Burna Boy e antes do DJ Alesso. Anitta cantou duas músicas. A primeira foi o hit "Envolver". Depois, a surpresa que ela havia prometido aos fãs foi cantar, pela primeira vez, "Funk Rave.
O jogo
No primeiro tempo, a Inter conseguiu impor sua estratégia: defender-se bem, anular Halland e não deixar o City trabalhar a bola confortavelmente. O time de Milão não se aproveitou de dois erros do goleiro Ederson na saída de bola. A Inter mostrava dedicação em disputar todas as jogadas até o fim. Esta alta competitividade durou pouco mais de meia hora. A partir disso, o City conseguiu trocar alguns passes e ameaçar o clube italiano. Halland teve sua chance, ao receber passe de De Bruyne, mas Onana salvou. A Inter perdeu um pouco do ímpeto e concentração por alguns minutos, permitindo que o time inglês chegasse com mais perigo.
Kevin De Bruyne, o craque do time, sentiu um problema muscular. A metade do estádio que torcia para o time inglês silenciou. Dois anos antes, quando o City enfrentou o Chelsea em sua primeira final de Champions, o belga se machucou e saiu. Naquela final o Chelsea venceu por 1x0 e foi campeão. E agora, na final contra a Inter de Milão, novamente a mesma história parecia se repetir. De Bruyne tentou jogar mais alguns minutos, mas não aguentou e pediu para sair. Phil Foden entrou em seu lugar. A câmera flagrava o olhar de desolação de De Bruyne. Vários jogadores do time o consolaram enquanto caminhava para sair do campo. Halland foi quem mais falou com o companheiro.
O jogo continuou com menos intensidade, tanto do lado da Inter quanto do City, que parecia ter sentido a saída de seu melhor jogador. O primeiro tempo terminou.
Na volta do intervalo, o City estava um pouco melhor, mas a chance mais clara de gol veio de um erro dos ingleses. Bernardo Silva tocou para trás e Akanji esqueceu da bola, achando que Ederson estava perto para pegá-la, mas não estava. Lautaro chegou sozinho e só precisava tocar para Lukaku (que tinha acabado de entrar). O argentino preferiu fazer o gol e Ederson, numa saída rápida, defendeu. Vários jogadores da Inter reclamaram com Lautaro.
Com uma hora e sete minutos de jogo saiu o gol do título. Akanji tocou para Bernardo Silva dentro da área, o português tocou para trás, a bola desviou na defesa milanista e sobrou para Rodri chutar de chapa. Ninguém antes da partida apostaria nele para fazer o gol da vitória do City. Depois disso, o jogo mudou, as emoções ficaram à flor da pele.
Aos 25 minutos do segundo tempo, bola na área do City. Akanji falhou em tirar a bola e Di Marco cabeceou, encobrindo Ederson, mas a bola acertou o travessão. Na volta, Di Marco tentou de novo, mas a bola acertou seu companheiro Lukaku e saiu. A Inter, que tinha proposta de só se defender e contra-atacar, passou a pressionar o time inglês. Aos 31, Phil Foden fez grande jogada, invadiu a área e quando ia marcar um golaço, chutou fraco em cima do goleiro Onana.
Stones saiu logo depois, exausto e com a camisa rasgada. Aos 43, Ederson fez um milagre. O ala Gosens cabeceou para trás e o belga Lukaku, de frente para o gol, livre, cabeceou forte. Ederson defendeu com o joelho, em cima da linha. As imagens da transmissão mostravam rostos incrédulos com o lance.
Ederson teve de aparecer mais uma vez. No último lance do jogo o juiz polonês Szymon Marciniak marcou escanteio para a Inter. O goleiro Onana foi para a área do City. Na cobrança, o goleiro brasileiro fez outra defesa incrível e o jogo terminou.
Manchester City se tornou campeão da Champions League pela primeira vez e ainda teve seu atacante, Halland, artilheiro com 12 gols. Na hora de levantar a taça, as câmeras flagraram um momento curioso: Pep Guardiola passou pelo troféu, olhou e deu uma piscadinha: o melhor treinador e o melhor time do mundo finalmente conquistaram, juntos, o prêmio mais cobiçado do futebol de clubes, a Champions League.
Jornal do Brasil

Pep Guardiola é campeão do torneio pela terceira vez e Halland termina como artilheiro: 12 gols
Neste sábado (10), o Atatürk Olympic Stadium recebeu a final da Champions League e viu uma partida tensa, disputada e com defesas impressionantes. O novo campeão europeu de clubes foi o Manchester City, do técnico Pep Guardiola: 1x0 contra a Internazionale de Milão, do técnico Pippo Inzaghi. O gol da vitória inglesa foi marcado pelo volante espanhol Rodri, mas o brasileiro Ederson também mereceu as honras de herói, com duas defesas impressionantes.
Este é o primeiro título de Champions do Manchester City. O clube foi comprado em 2008 pelo Abu Dhabi United Group, por 210 milhões de libras (em torno de 1 bilhão e 288 milhões de reais). Hoje, se contarmos apenas o valor de mercado dos 23 jogadores do clube, esse número chega a 1 bilhão de euros (em torno de 5 bilhões e 200 milhões de reais). O projeto do governo catari não era só conquistar a Champions. A ideia era ser dominante na Inglaterra, que possui o futebol mais competitivo do mundo e com maior volume de dinheiro circulando.
O plano também era pegar essa equipe sem tradição de títulos e transformá-la em um dos clubes mais vencedores do mundo, assim como sempre foi o seu rival local, o Manchester United. Pensaram em um técnico que propusesse um jogo dominante e um futebol bonito de ver. Contrataram o melhor treinador do mundo nesse quesito e um dos melhores da história: o espanhol Pep Guardiola, que chegou ao City em agosto de 2016. Ele fez sua equipe conquistar e dominar a Inglaterra, com cinco campeonatos em seis disputados. É o atual campeão inglês e da Copa da Inglaterra. Para fechar a tríplice coroa, faltava o título europeu.
Dois anos antes, o City perdeu a final para o rival inglês, o Chelsea, mas neste sábado venceu a Inter de Milão em Istambul, na Turquia. Antes da partida, teve show da brasileira Anitta. Ela se apresentou depois do nigeriano Burna Boy e antes do DJ Alesso. Anitta cantou duas músicas. A primeira foi o hit "Envolver". Depois, a surpresa que ela havia prometido aos fãs foi cantar, pela primeira vez, "Funk Rave.
O jogo
No primeiro tempo, a Inter conseguiu impor sua estratégia: defender-se bem, anular Halland e não deixar o City trabalhar a bola confortavelmente. O time de Milão não se aproveitou de dois erros do goleiro Ederson na saída de bola. A Inter mostrava dedicação em disputar todas as jogadas até o fim. Esta alta competitividade durou pouco mais de meia hora. A partir disso, o City conseguiu trocar alguns passes e ameaçar o clube italiano. Halland teve sua chance, ao receber passe de De Bruyne, mas Onana salvou. A Inter perdeu um pouco do ímpeto e concentração por alguns minutos, permitindo que o time inglês chegasse com mais perigo.
Kevin De Bruyne, o craque do time, sentiu um problema muscular. A metade do estádio que torcia para o time inglês silenciou. Dois anos antes, quando o City enfrentou o Chelsea em sua primeira final de Champions, o belga se machucou e saiu. Naquela final o Chelsea venceu por 1x0 e foi campeão. E agora, na final contra a Inter de Milão, novamente a mesma história parecia se repetir. De Bruyne tentou jogar mais alguns minutos, mas não aguentou e pediu para sair. Phil Foden entrou em seu lugar. A câmera flagrava o olhar de desolação de De Bruyne. Vários jogadores do time o consolaram enquanto caminhava para sair do campo. Halland foi quem mais falou com o companheiro.
O jogo continuou com menos intensidade, tanto do lado da Inter quanto do City, que parecia ter sentido a saída de seu melhor jogador. O primeiro tempo terminou.
Na volta do intervalo, o City estava um pouco melhor, mas a chance mais clara de gol veio de um erro dos ingleses. Bernardo Silva tocou para trás e Akanji esqueceu da bola, achando que Ederson estava perto para pegá-la, mas não estava. Lautaro chegou sozinho e só precisava tocar para Lukaku (que tinha acabado de entrar). O argentino preferiu fazer o gol e Ederson, numa saída rápida, defendeu. Vários jogadores da Inter reclamaram com Lautaro.
Com uma hora e sete minutos de jogo saiu o gol do título. Akanji tocou para Bernardo Silva dentro da área, o português tocou para trás, a bola desviou na defesa milanista e sobrou para Rodri chutar de chapa. Ninguém antes da partida apostaria nele para fazer o gol da vitória do City. Depois disso, o jogo mudou, as emoções ficaram à flor da pele.
Aos 25 minutos do segundo tempo, bola na área do City. Akanji falhou em tirar a bola e Di Marco cabeceou, encobrindo Ederson, mas a bola acertou o travessão. Na volta, Di Marco tentou de novo, mas a bola acertou seu companheiro Lukaku e saiu. A Inter, que tinha proposta de só se defender e contra-atacar, passou a pressionar o time inglês. Aos 31, Phil Foden fez grande jogada, invadiu a área e quando ia marcar um golaço, chutou fraco em cima do goleiro Onana.
Stones saiu logo depois, exausto e com a camisa rasgada. Aos 43, Ederson fez um milagre. O ala Gosens cabeceou para trás e o belga Lukaku, de frente para o gol, livre, cabeceou forte. Ederson defendeu com o joelho, em cima da linha. As imagens da transmissão mostravam rostos incrédulos com o lance.
Ederson teve de aparecer mais uma vez. No último lance do jogo o juiz polonês Szymon Marciniak marcou escanteio para a Inter. O goleiro Onana foi para a área do City. Na cobrança, o goleiro brasileiro fez outra defesa incrível e o jogo terminou.
Manchester City se tornou campeão da Champions League pela primeira vez e ainda teve seu atacante, Halland, artilheiro com 12 gols. Na hora de levantar a taça, as câmeras flagraram um momento curioso: Pep Guardiola passou pelo troféu, olhou e deu uma piscadinha: o melhor treinador e o melhor time do mundo finalmente conquistaram, juntos, o prêmio mais cobiçado do futebol de clubes, a Champions League.
Jornal do Brasil