Lavalar
GF Ouro
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É
no dia 13 de Dezembro que todos os anos tem lugar a tradicional feira dos capões, na simpática cidade de Freamunde. É ali que os inúmeros feirantes vão expor e tentar vender os animais que durante cerca de oito meses medraram ao ar livre, alimentados por produtos naturais que a terra dá.
Antes disso, muito antes, ainda jovens, estes machos foram castrados cuidadosamente, numa operação simples em que se lhes retira a sua masculinidade. O que vai dar como resultado que deixem de cantar e se desenvolvam mais que o normal, apresentando uma carne mais macia e apaladada, quando bem tratada.
Diz-se que este tipo de tratamento teve a sua origem na antiga Roma, quando um senador mandou castrar os galos que pela madrugada, com o seu cantar, não o deixavam dormir. Se foi assim ou não o certo é que na região de Freamunde a tradição da criação e da confecção desta ave doméstica de qualidade se foi implantando de tal forma que até a corte portuguesa dela se tornou apreciadora. E foi el-rei D. João V que deu alvará régio à feira dos capões, corria o ano de 1715, registando a sua apreciação por tão lauto pitéu. Desde então que a feira tem lugar cada dia 13 de Dezembro a tempo de os ditos poderem ser confeccionados e apreciados pela época natalícia.
Assado no forno com recheio, na companhia de batata assada e arroz de forno, é um prato fabuloso. Antigamente usavam-se os fornos de lenha, infelizmente cada vez mais em desuso, mas desde que o bicho seja de bom porte, aí com uns 5 a 6 quilos ou mais, e seja bem temperado, mesmo em fornos normais constitui motivo de grande prazer para quem o apreciar.
Amanhado e limpo vai estar mergulhado em água e limão de um dia para o outro. Escorre-se e tempera-se com sal, alho, louro, cebola, colorau, vinho branco e vinho do Porto e deixa-se marinar durante mais um dia. Depois coloca-se numa assadeira, rega-se com azeite com fartura e forno com ele. Vai-se acrescentando a marinada, tendo o cuidado de virar o capão de vez em quando. Quando estiver tostadinho por fora e bem assado por dentro, é hora de ir para a mesa.
À parte faz-se o recheio, com os miúdos da ave, carne de vaca, salpicão, presunto de bacon, tudo moído. Batata assada junto com o bicho e arrozinho seco que também deve passar pelo forno, e temos manjar digno de reis. E este prato pode ser apreciado no restaurante da Presa, mesmo em Freamunde, recentemente remodelado, mais confortável, e a servir este e outros pratos há cerca de nove anos. Nos últimos dois anos, mercê da reconhecida qualidade na confecção do capão, foi o restaurante escolhido para servir o jantar da Confraria do Capão, para cerca de 350 pessoas.
Para os apreciadores, Freamunde está agora a cerca de 20 minutos da cidade do Porto, ligada por auto-estrada a Paços de Ferreira, concelho que engloba Freamunde. Há por ali muita da nossa história antiga e é a região do país com maior concentração de fábricas e lojas de móveis. E há bons produtores de vinhos verdes. Outros motivos para um passeio tranquilo, antes ou depois de apreciar um belo capão assado no forno.
no dia 13 de Dezembro que todos os anos tem lugar a tradicional feira dos capões, na simpática cidade de Freamunde. É ali que os inúmeros feirantes vão expor e tentar vender os animais que durante cerca de oito meses medraram ao ar livre, alimentados por produtos naturais que a terra dá.
Antes disso, muito antes, ainda jovens, estes machos foram castrados cuidadosamente, numa operação simples em que se lhes retira a sua masculinidade. O que vai dar como resultado que deixem de cantar e se desenvolvam mais que o normal, apresentando uma carne mais macia e apaladada, quando bem tratada.
Diz-se que este tipo de tratamento teve a sua origem na antiga Roma, quando um senador mandou castrar os galos que pela madrugada, com o seu cantar, não o deixavam dormir. Se foi assim ou não o certo é que na região de Freamunde a tradição da criação e da confecção desta ave doméstica de qualidade se foi implantando de tal forma que até a corte portuguesa dela se tornou apreciadora. E foi el-rei D. João V que deu alvará régio à feira dos capões, corria o ano de 1715, registando a sua apreciação por tão lauto pitéu. Desde então que a feira tem lugar cada dia 13 de Dezembro a tempo de os ditos poderem ser confeccionados e apreciados pela época natalícia.
Assado no forno com recheio, na companhia de batata assada e arroz de forno, é um prato fabuloso. Antigamente usavam-se os fornos de lenha, infelizmente cada vez mais em desuso, mas desde que o bicho seja de bom porte, aí com uns 5 a 6 quilos ou mais, e seja bem temperado, mesmo em fornos normais constitui motivo de grande prazer para quem o apreciar.
Amanhado e limpo vai estar mergulhado em água e limão de um dia para o outro. Escorre-se e tempera-se com sal, alho, louro, cebola, colorau, vinho branco e vinho do Porto e deixa-se marinar durante mais um dia. Depois coloca-se numa assadeira, rega-se com azeite com fartura e forno com ele. Vai-se acrescentando a marinada, tendo o cuidado de virar o capão de vez em quando. Quando estiver tostadinho por fora e bem assado por dentro, é hora de ir para a mesa.
À parte faz-se o recheio, com os miúdos da ave, carne de vaca, salpicão, presunto de bacon, tudo moído. Batata assada junto com o bicho e arrozinho seco que também deve passar pelo forno, e temos manjar digno de reis. E este prato pode ser apreciado no restaurante da Presa, mesmo em Freamunde, recentemente remodelado, mais confortável, e a servir este e outros pratos há cerca de nove anos. Nos últimos dois anos, mercê da reconhecida qualidade na confecção do capão, foi o restaurante escolhido para servir o jantar da Confraria do Capão, para cerca de 350 pessoas.
Para os apreciadores, Freamunde está agora a cerca de 20 minutos da cidade do Porto, ligada por auto-estrada a Paços de Ferreira, concelho que engloba Freamunde. Há por ali muita da nossa história antiga e é a região do país com maior concentração de fábricas e lojas de móveis. E há bons produtores de vinhos verdes. Outros motivos para um passeio tranquilo, antes ou depois de apreciar um belo capão assado no forno.