Não podem emitir mais do que 230 gramas de dióxido de carbono (CO2) por quilómetro. O Fórum de Davos, que começa amanhã, quer lutar à sua maneira contra as emissões de gases com efeito de estufa, decidindo este ano proibir as limusinas mais poluentes. Mas os defensores do Ambiente ainda não estão convencidos desta boa-vontade climática.
O Fórum Económico Mundial é, tradicionalmente, palco de um bailado de altas cilindradas que os patrões das multinacionais e dirigentes políticos utilizam para se deslocarem de um hotel para o outro ou para chegarem ao centro de congressos.
Apesar desta "decisão climática", ao fixar a fasquia nos 230 gramas de CO2 por quilómetro, os organizadores do Fórum mostram-se tolerantes (em França é preciso descer aos 155 gramas para evitar maleitas ecológicas) e limitados às limusinas mais poluentes.
Vários modelos de marcas alemãs que habitualmente brilham durante o Fórum estão logo abaixo daquela fasquia.
Além disso, estarão dispensados destes condicionamentos os VIP, como os chefes de Estado e de Governo. Tal como em anos passados, alguns utilizarão mesmo o helicóptero para fazer a viagem de Zurique - onde se encontra o aeroporto mais próximo, a 150 quilómetros por estrada - a Davos.
Os mais virtuosos dos participantes podem escolher o comboio que parte de Zurique, com a obrigatoriedade de mudança de composição a meio do percurso e uma lenta mas pitoresca progressão através da montanha.
Mas não é fácil estimar a pegada carbónica do Fórum de Davos (que decorrerá de 27 a 31 de Janeiro). Isso implica contabilizar as viagens de avião de mais de 2500 participantes de 90 países e de centenas de jornalistas vindos de todo o mundo e o transporte em camiões de dezenas de toneladas de material e de alimentos.
“O único objectivo do Fórum Económico Mundial é cuidar da sua imagem”, denuncia Bruno Heinzer da Greenpeace na Suíça que, como outros, preferia que o Fórum fosse o local escolhido para as grandes empresas do planeta assumirem compromissos ambiciosos.
“Gostaria que as empresas dissessem a alto e bom som que querem um enquadramento político para as alterações climáticas. É importante que as empresas participem”, comentou Aron Cramer, director da associação Business for Social Responsibility.
Heinzer é menos optimista. “O objectivo de Davos não é salvar o mundo mas salvar as empresas”.
Apesar das críticas, um porta-voz do Fórum salientou que as medidas restritivas sobre as viaturas são apenas “um primeiro passo”. Por exemplo, serão mais frequentes os autocarros entre a estação e o centro de congressos para transportar os participantes.
publico
O Fórum Económico Mundial é, tradicionalmente, palco de um bailado de altas cilindradas que os patrões das multinacionais e dirigentes políticos utilizam para se deslocarem de um hotel para o outro ou para chegarem ao centro de congressos.
Apesar desta "decisão climática", ao fixar a fasquia nos 230 gramas de CO2 por quilómetro, os organizadores do Fórum mostram-se tolerantes (em França é preciso descer aos 155 gramas para evitar maleitas ecológicas) e limitados às limusinas mais poluentes.
Vários modelos de marcas alemãs que habitualmente brilham durante o Fórum estão logo abaixo daquela fasquia.
Além disso, estarão dispensados destes condicionamentos os VIP, como os chefes de Estado e de Governo. Tal como em anos passados, alguns utilizarão mesmo o helicóptero para fazer a viagem de Zurique - onde se encontra o aeroporto mais próximo, a 150 quilómetros por estrada - a Davos.
Os mais virtuosos dos participantes podem escolher o comboio que parte de Zurique, com a obrigatoriedade de mudança de composição a meio do percurso e uma lenta mas pitoresca progressão através da montanha.
Mas não é fácil estimar a pegada carbónica do Fórum de Davos (que decorrerá de 27 a 31 de Janeiro). Isso implica contabilizar as viagens de avião de mais de 2500 participantes de 90 países e de centenas de jornalistas vindos de todo o mundo e o transporte em camiões de dezenas de toneladas de material e de alimentos.
“O único objectivo do Fórum Económico Mundial é cuidar da sua imagem”, denuncia Bruno Heinzer da Greenpeace na Suíça que, como outros, preferia que o Fórum fosse o local escolhido para as grandes empresas do planeta assumirem compromissos ambiciosos.
“Gostaria que as empresas dissessem a alto e bom som que querem um enquadramento político para as alterações climáticas. É importante que as empresas participem”, comentou Aron Cramer, director da associação Business for Social Responsibility.
Heinzer é menos optimista. “O objectivo de Davos não é salvar o mundo mas salvar as empresas”.
Apesar das críticas, um porta-voz do Fórum salientou que as medidas restritivas sobre as viaturas são apenas “um primeiro passo”. Por exemplo, serão mais frequentes os autocarros entre a estação e o centro de congressos para transportar os participantes.
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