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Exército da China apresenta micro drone: pesa menos de 1 kg e pode carregar três granadas

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As forças armadas da China estarão a aproveitar o potencial da Inteligência Artificial (IA) para criar drones avançados. Um dos mais recentes parece ser um micro drone, que pesa menos de 1 kg e pode carregar até três granadas.










Dos primeiros do seu tipo, o novo micro drone chinês deverá parecer-se com um recipiente térmico e foi concebido para ser utilizado nas unidades de infantaria do Exército Popular de Libertação (em inglês, PLA).


O drone foi apresentado na emissora estatal CCTV, recentemente, segundo o South China Morning Post, que menciona que outros meios de comunicação social estatais têm destacado a tecnologia de guerra das forças armadas da China, nomeadamente em matéria de drones.


Segundo a notícia sobre o micro drone, o sistema de rotor duplo coaxial proporciona uma elevação superior em comparação com os tradicionais, "permitindo-lhe transportar até duas vezes o seu próprio peso - o maior rácio de carga útil conhecido entre os drones a nível mundial".


Além disso, o micro drone possui rotores dobráveis e compartimentos de carga modulares, servindo para missões de reconhecimento e de ataque. A notícia indica que ele funciona silenciosamente, pode transmitir informações em tempo real sobre o campo de batalha e pode transportar até três granadas.






O micro drone deverá poder carregar até três granadas. Crédito: CCTV via SCMP


Mais, o micro drone pode ser lançado a partir de um lançador de granadas de 35 mm, reduzindo o seu tempo de arranque e aumentando o seu alcance de ataque.


Uma unidade de processamento neural a bordo permite a seleção de alvos com base em IA, permitindo a um operador gerir vários drones em simultâneo, conforme a informação divulgada.


Este micro drone integra aquilo a que o jornal oficial militar PLA Daily descreveu como um "salto faseado" na tecnologia de combate não tripulada, desde a expansão da sua utilização até à integração profunda nas operações que acabarão por se tornar autónomas.


A transição será "vital para a definição das regras do futuro campo de batalha e para a obtenção de uma vantagem inicial na guerra inteligente".



China estará a munir-se com tecnologia direcionada para os drones



Outra notícia do CCTV, que data do início de abril, dá conta de outro equipamento a ser usado pelo PLA. Os first-person view (FPV) ou remote-person view (RPV) são drones conduzidos por cabos de fibra ótica. Estes já estarão a ser utilizados, segundo a imprensa, pela brigada do PLA sob o 71.º Group Army.


Frequentemente modificados a partir de modelos comerciais, este tipo de drone imita as táticas de campo de batalha observadas na Ucrânia, onde a sua resistência ao congestionamento e a sua capacidade de manobra os tornam munições ideais.


Neste momento, os drones deste tipo da Rússia atingem até 25 km de distância, e os da Ucrânia atingem 41 km.






Um soldado ucraniano da 71.ª brigada Jaeger prepara um drone FPV, na região de Donetsk (março, 2024). Crédito: Efrem Lukatsky/AP via Defense News
Seguindo este exemplo, a empresa privada chinesa Skywalker Technology, sediada em Wuhan, lançou kits comerciais de fibra que se integram em drones de consumo e permitem alcances de até 50 km.


Num contexto de crescente interesse pelos drones de combate, as universidades e institutos chineses registaram progressos significativos na comunicação por fibra ótica entre drones, segundo o South China Morning Post.


Além disso, as forças armadas chinesas, especialmente as unidades do norte e do oeste do país, têm efetuado exercícios de defesa contra drones, incluindo testes de camuflagem com tanques e preparação para incursões de drones em vários terrenos, segundo notícias dadas pela CCTV este ano.


A Força Aérea do PLA e o Departamento de Desenvolvimento de Equipamento da Comissão Militar Central têm, também, vindo a conduzir ensaios para fazer avançar as tecnologias de drones de baixo custo em áreas que vão desde o reconhecimento à logística.


Na perspetiva de Zhang Xiangbo, um consultor de IA baseado em Guangzhou, "não existe uma única opção melhor; apenas a mais adequada para cenários específicos".



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