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A cadeia de supermercados islandesa Iceland anunciou a criação de um programa inédito de recompensas destinado a travar a crescente onda de furtos que afeta as suas lojas. A empresa vai oferecer um euro em crédito na sua Iceland Bonus Card a cada cliente que denunciar um roubo dentro de um dos seus estabelecimentos.
A medida foi confirmada pelo presidente da empresa, Richard Walker, que explicou tratar-se de uma resposta direta ao aumento da criminalidade nos supermercados. “Estamos a incitar os nossos clientes leais a ajudar a fazer soar o alarme, e se ajudarem a apanhar um ladrão, recarregaremos a sua carta de bónus para gastar na loja”, declarou o responsável em comunicado, citado pela BBC.
Segundo Walker, os furtos têm tido um impacto direto não apenas na saúde financeira da empresa, mas também na sua capacidade de manter preços competitivos e de aumentar os salários dos trabalhadores. O responsável estima que os roubos representem perdas na ordem dos 20 milhões de euros anuais, um valor que descreve como “significativo e insustentável”.
A cadeia de retalho esclareceu ainda que não será necessária a detenção imediata dos autores para que o cliente receba a recompensa. Bastará a denúncia acompanhada da verificação do furto por parte da loja para que seja atribuído o crédito no cartão de cliente.
A estratégia insere-se num contexto de forte crescimento da criminalidade em lojas de retalho, particularmente em supermercados, fenómeno que não se limita à Islândia. Países como Inglaterra e País de Gales também registam aumentos consistentes nos furtos, o que tem levado governos e empresas a procurar soluções conjuntas.
Em resposta a esta tendência, o Governo britânico comprometeu-se a reforçar a vigilância policial nos bairros mais afetados, prevendo-se um aumento de milhares de agentes já na primavera de 2026. O objetivo é garantir maior segurança nas zonas comerciais e reduzir os prejuízos que afetam tanto as empresas como os consumidores.
Com esta medida, a Iceland aposta em transformar os seus clientes em aliados no combate ao crime, procurando travar perdas que, segundo a própria empresa, ameaçam a sua sustentabilidade futura.
IN:SAPO