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- Abr 25, 2007
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Espelho perfeito
Íris azuis, castanhas, verdes, pretas, cinzentas, violetas ou numa miríade de outros tons. Pupilas grandes e sonhadoras, pequenas e vivas, evidentes ou tímidas. Pestanas marcantes ou minimalistas. O olhar é, muito provavelmente, a característica física em que mais combinações são possíveis e em que a nossa personalidade mais transparece. E, por isso mesmo, deve ser objecto de cuidados específicos e continuados, se queremos que o nosso «espelho da alma» se mantenha radioso por muitos e bons anos.
Os olhos não nos deixam mentir sobre o modo como nos sentimos. Há milhares de anos que a medicina chinesa sabe isso mesmo e os especialistas orientais procuram descobrir o estado da mente e do corpo de qualquer paciente observando atentamente o seu olhar. Brilho e vivacidade significam equilíbrio interno, enquanto o enevoamento, a rigidez ou os movimentos exagerados indicam problemas.
À superfície, a zona em redor dos olhos é onde a passagem dos anos se revela mais precocemente, seja através de uma névoa de fadiga ou das tão temidas rídulas e «pés de galinha». Isto porque se junta uma epiderme extremamente fina e sensível – com grande quantidade de músculos e capilares sanguíneos – ao movimento do globo ocular, das pálpebras e as expressões faciais. Para além disso, o contorno dos olhos tem menos colagéneo e elastina do que as restantes áreas do rosto. Torna-se assim essencial mimar o olhar desde cedo e não esperar pelas rugas.
Prevenir e combater o envelhecimento deve começar por volta dos 25 anos e ir bem para além da aplicação de cremes. Dormir pelo menos oito horas por noite, usar um bom par de óculos escuros (com lentes anti-UVA e UVB) e aplicar generosamente protector solar específico são algumas das melhores armas anti-rugas. Mas nada disto resulta sem uma nutrição equilibrada e altos níveis de hidratação. Assim, beber pelo menos um litro e meio de água por dia e ingerir legumes de folha verde, tubérculos e frutos – ricos em luteína – vai ajudar a manter a juventude ocular, tanto interna como externamente. Este carotenóide é o principal antioxidante dos olhos e combate os efeitos dos raios ultravioletas, protegendo os tecidos, filtrando a luz e destruindo os radicais livres. Razões tinham as nossas avós quando nos diziam que comer cenouras faz os olhos bonitos…
Olhar vitaminado
Nos últimos anos, os produtos à base de ácido retinóico (ou vitamina A), ideais para estimular a renovação celular, têm sido as grandes estrelas quando se fala em cuidados para a zona dos olhos. No entanto, as opções ricas em vitaminas C e E também têm um papel importante a desempenhar, já que combatem os radicais livres e revigoram a pele.
Para além de uma aplicação regular de produtos, de manhã e à noite e sobre a pele perfeitamente limpa, os efeitos serão potenciados se forem realizados alguns gestos especiais. As substâncias não devem ser «barradas» na epiderme mas sim aplicadas em pequenos toques, quase como se estivesse a tocar piano na zona inferior dos olhos. Com a ponta dos dedos, execute ligeiras pressões, partindo do exterior para o interior do olho. Este movimento activa a circulação sanguínea e elimina toxinas, diminuindo olheiras e papos. Por fim, coloque a ponta do indicador no canto superior do olho e alise delicadamente a pálpebra superior, no sentido das têmporas.
Os cremes específicos para a área dos olhos podem ser divididos em quatro tipos básicos: anti-envelhecimento (contra rugas e flacidez), desmaquilhantes, hidratantes e de revitalização (contra olheiras e papos). Os primeiros não eliminam totalmente as rugas já instaladas mas são óptimos para prevenir o aparecimento de novas rídulas e disfarçar as linhas de expressão mais finas. E atenção: não caia no erro de usar sempre o seu creme de rosto na zona ocular, em especial se tiver a pele oleosa, uma vez que pode abrir caminho a áreas altamente ressequidas, as quais lhe vão dar trabalho acrescido na altura em que tiver de as regenerar.
Já os desmaquilhantes específicos para olhos são importantes por dois motivos. Primeiro porque grande parte da maquilhagem (em especial rímeis e lápis) é à prova de água e não sai convenientemente com produtos comuns e em segundo porque a sensibilidade extra da pele que rodeia os olhos exige agressividade reduzida ao mínimo. No que respeita aos cremes hidratantes, geralmente os de rosto podem ser usados no olhar de forma pontual e como recurso quando não há outra hipótese. Isto porque deixar essa pele tão sensível sem qualquer tipo de protecção é abrir a porta à secura e às rugas. Mas a formulação dos produtos específicos significa que, ao aplicá-los, os efeitos serão mais rápidos e visíveis.
Fim das olheiras
As poucas sortudas que nunca têm olheiras dificilmente percebem a pena de quem, por mais horas que tenha dormido, acorda todas as manhãs com círculos escuros debaixo dos olhos, quase como se não tivesse descansado nada durante a noite. A par dos cremes de tratamento, os produtos destinados a disfarçar as olheiras são provavelmente o tipo de maquilhagem usado por mais mulheres.
A hiperpigmentação, ou o acumular de vasos sanguíneos capilares, nesta área de pele extrafina pode ter uma origem específica ou ser o resultado de vários factores: genes, etnia, idade, descanso insuficiente, tabaco, álcool e ciclo menstrual.
As famigeradas olheiras têm a capacidade de arruinar todo um visual e merecem ser combatidas através de planos de ataque em várias frentes:
* Procure dormir as horas suficientes;
* Pratique exercício físico para libertar a tensão;
* Aplique produtos específicos para esta zona;
* Faça massagens para estimular a circulação sanguínea;
* Atenue as olheiras com o seguinte processo: rale uma batata, encharque dois chumaços de algodão com a pasta e coloque sobre os olhos durante dez minutos;
* Use, mas não abuse da maquilhagem própria para esconder as olheiras. Isto significa que tudo deve ser feito de forma esbatida e não através de uma camada quase impenetrável de produto, que dá facilmente um ar bastante artificial e acaba por destacar o que se deseja disfarçar. Em seguida, com um pincel pequeno, aplique uma base colorida: malva se as olheiras forem amareladas, amarela se forem castanhas e cor-de-rosa se forem cinzentas.
Olhar Zen
Sabia que existem exercícios inspirados na prática do yoga e especialmente dedicados à zona ocular? São rápidos, simples e prometem bons resultados apenas com um pouco de empenhamento.
Para principiantes – Sente-se de pernas cruzadas num local firme, mas confortável e mantenha a cabeça imóvel. Feche os olhos, inspire e expire profundamente algumas vezes, concentrando-se nesses movimentos respiratórios. Abra os olhos e dirija o olhar cinco vezes para cima e outras cinco para baixo. Feche os olhos e respire mais algumas vezes. Abra-os e olhe para a direita cinco vezes e outras tantas para a esquerda. Volte a cerrar as pálpebras. Abra-as e olhe para o canto superior direito e o canto inferior direito, numa série de cinco vezes. Por fim, esfregue as mãos até aquecerem e coloque-as por cima dos olhos até arrefecerem.
Exercícios rápidos – Quem estiver confortável com os movimentos mais simples pode passar a exercícios para fazer em todo o lado e em qualquer altura. Movimente os olhos em círculo, no sentido dos ponteiros do relógio e depois no inverso. Olhe para baixo, fixe um ponto no chão e olhe lentamente para a esquerda, até onde conseguir e repita para o lado direito. Pisque os olhos algumas vezes e repita o exercício.
Relaxamento total – Feche os olhos com força e mantenha-os assim durante cerca de três segundos e abra-os rapidamente. Pisque várias vezes e repita o exercício em três séries de quatro vezes.
Limpeza absoluta – Este exercício de yoga é milenar e conhecido pela sua acção de limpeza. Sente-se de pernas cruzadas sobre uma superfície confortável e acenda uma vela a um metro de distância. Olhe para a luz até os olhos começarem a lacrimejar e a arder. Deite-se com os braços e as pernas estendidos e descontraídos durante dez minutos. A melhor altura do dia para este ritual é imediatamente antes de se deitar, já que também ajuda o cérebro a preparar-se para o dia seguinte.
Escrito por Elsa Páscoa in Pais e Filhos
Íris azuis, castanhas, verdes, pretas, cinzentas, violetas ou numa miríade de outros tons. Pupilas grandes e sonhadoras, pequenas e vivas, evidentes ou tímidas. Pestanas marcantes ou minimalistas. O olhar é, muito provavelmente, a característica física em que mais combinações são possíveis e em que a nossa personalidade mais transparece. E, por isso mesmo, deve ser objecto de cuidados específicos e continuados, se queremos que o nosso «espelho da alma» se mantenha radioso por muitos e bons anos.
Os olhos não nos deixam mentir sobre o modo como nos sentimos. Há milhares de anos que a medicina chinesa sabe isso mesmo e os especialistas orientais procuram descobrir o estado da mente e do corpo de qualquer paciente observando atentamente o seu olhar. Brilho e vivacidade significam equilíbrio interno, enquanto o enevoamento, a rigidez ou os movimentos exagerados indicam problemas.
À superfície, a zona em redor dos olhos é onde a passagem dos anos se revela mais precocemente, seja através de uma névoa de fadiga ou das tão temidas rídulas e «pés de galinha». Isto porque se junta uma epiderme extremamente fina e sensível – com grande quantidade de músculos e capilares sanguíneos – ao movimento do globo ocular, das pálpebras e as expressões faciais. Para além disso, o contorno dos olhos tem menos colagéneo e elastina do que as restantes áreas do rosto. Torna-se assim essencial mimar o olhar desde cedo e não esperar pelas rugas.
Prevenir e combater o envelhecimento deve começar por volta dos 25 anos e ir bem para além da aplicação de cremes. Dormir pelo menos oito horas por noite, usar um bom par de óculos escuros (com lentes anti-UVA e UVB) e aplicar generosamente protector solar específico são algumas das melhores armas anti-rugas. Mas nada disto resulta sem uma nutrição equilibrada e altos níveis de hidratação. Assim, beber pelo menos um litro e meio de água por dia e ingerir legumes de folha verde, tubérculos e frutos – ricos em luteína – vai ajudar a manter a juventude ocular, tanto interna como externamente. Este carotenóide é o principal antioxidante dos olhos e combate os efeitos dos raios ultravioletas, protegendo os tecidos, filtrando a luz e destruindo os radicais livres. Razões tinham as nossas avós quando nos diziam que comer cenouras faz os olhos bonitos…
Olhar vitaminado
Nos últimos anos, os produtos à base de ácido retinóico (ou vitamina A), ideais para estimular a renovação celular, têm sido as grandes estrelas quando se fala em cuidados para a zona dos olhos. No entanto, as opções ricas em vitaminas C e E também têm um papel importante a desempenhar, já que combatem os radicais livres e revigoram a pele.
Para além de uma aplicação regular de produtos, de manhã e à noite e sobre a pele perfeitamente limpa, os efeitos serão potenciados se forem realizados alguns gestos especiais. As substâncias não devem ser «barradas» na epiderme mas sim aplicadas em pequenos toques, quase como se estivesse a tocar piano na zona inferior dos olhos. Com a ponta dos dedos, execute ligeiras pressões, partindo do exterior para o interior do olho. Este movimento activa a circulação sanguínea e elimina toxinas, diminuindo olheiras e papos. Por fim, coloque a ponta do indicador no canto superior do olho e alise delicadamente a pálpebra superior, no sentido das têmporas.
Os cremes específicos para a área dos olhos podem ser divididos em quatro tipos básicos: anti-envelhecimento (contra rugas e flacidez), desmaquilhantes, hidratantes e de revitalização (contra olheiras e papos). Os primeiros não eliminam totalmente as rugas já instaladas mas são óptimos para prevenir o aparecimento de novas rídulas e disfarçar as linhas de expressão mais finas. E atenção: não caia no erro de usar sempre o seu creme de rosto na zona ocular, em especial se tiver a pele oleosa, uma vez que pode abrir caminho a áreas altamente ressequidas, as quais lhe vão dar trabalho acrescido na altura em que tiver de as regenerar.
Já os desmaquilhantes específicos para olhos são importantes por dois motivos. Primeiro porque grande parte da maquilhagem (em especial rímeis e lápis) é à prova de água e não sai convenientemente com produtos comuns e em segundo porque a sensibilidade extra da pele que rodeia os olhos exige agressividade reduzida ao mínimo. No que respeita aos cremes hidratantes, geralmente os de rosto podem ser usados no olhar de forma pontual e como recurso quando não há outra hipótese. Isto porque deixar essa pele tão sensível sem qualquer tipo de protecção é abrir a porta à secura e às rugas. Mas a formulação dos produtos específicos significa que, ao aplicá-los, os efeitos serão mais rápidos e visíveis.
Fim das olheiras
As poucas sortudas que nunca têm olheiras dificilmente percebem a pena de quem, por mais horas que tenha dormido, acorda todas as manhãs com círculos escuros debaixo dos olhos, quase como se não tivesse descansado nada durante a noite. A par dos cremes de tratamento, os produtos destinados a disfarçar as olheiras são provavelmente o tipo de maquilhagem usado por mais mulheres.
A hiperpigmentação, ou o acumular de vasos sanguíneos capilares, nesta área de pele extrafina pode ter uma origem específica ou ser o resultado de vários factores: genes, etnia, idade, descanso insuficiente, tabaco, álcool e ciclo menstrual.
As famigeradas olheiras têm a capacidade de arruinar todo um visual e merecem ser combatidas através de planos de ataque em várias frentes:
* Procure dormir as horas suficientes;
* Pratique exercício físico para libertar a tensão;
* Aplique produtos específicos para esta zona;
* Faça massagens para estimular a circulação sanguínea;
* Atenue as olheiras com o seguinte processo: rale uma batata, encharque dois chumaços de algodão com a pasta e coloque sobre os olhos durante dez minutos;
* Use, mas não abuse da maquilhagem própria para esconder as olheiras. Isto significa que tudo deve ser feito de forma esbatida e não através de uma camada quase impenetrável de produto, que dá facilmente um ar bastante artificial e acaba por destacar o que se deseja disfarçar. Em seguida, com um pincel pequeno, aplique uma base colorida: malva se as olheiras forem amareladas, amarela se forem castanhas e cor-de-rosa se forem cinzentas.
Olhar Zen
Sabia que existem exercícios inspirados na prática do yoga e especialmente dedicados à zona ocular? São rápidos, simples e prometem bons resultados apenas com um pouco de empenhamento.
Para principiantes – Sente-se de pernas cruzadas num local firme, mas confortável e mantenha a cabeça imóvel. Feche os olhos, inspire e expire profundamente algumas vezes, concentrando-se nesses movimentos respiratórios. Abra os olhos e dirija o olhar cinco vezes para cima e outras cinco para baixo. Feche os olhos e respire mais algumas vezes. Abra-os e olhe para a direita cinco vezes e outras tantas para a esquerda. Volte a cerrar as pálpebras. Abra-as e olhe para o canto superior direito e o canto inferior direito, numa série de cinco vezes. Por fim, esfregue as mãos até aquecerem e coloque-as por cima dos olhos até arrefecerem.
Exercícios rápidos – Quem estiver confortável com os movimentos mais simples pode passar a exercícios para fazer em todo o lado e em qualquer altura. Movimente os olhos em círculo, no sentido dos ponteiros do relógio e depois no inverso. Olhe para baixo, fixe um ponto no chão e olhe lentamente para a esquerda, até onde conseguir e repita para o lado direito. Pisque os olhos algumas vezes e repita o exercício.
Relaxamento total – Feche os olhos com força e mantenha-os assim durante cerca de três segundos e abra-os rapidamente. Pisque várias vezes e repita o exercício em três séries de quatro vezes.
Limpeza absoluta – Este exercício de yoga é milenar e conhecido pela sua acção de limpeza. Sente-se de pernas cruzadas sobre uma superfície confortável e acenda uma vela a um metro de distância. Olhe para a luz até os olhos começarem a lacrimejar e a arder. Deite-se com os braços e as pernas estendidos e descontraídos durante dez minutos. A melhor altura do dia para este ritual é imediatamente antes de se deitar, já que também ajuda o cérebro a preparar-se para o dia seguinte.
Escrito por Elsa Páscoa in Pais e Filhos