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Espanha diz a Trump que é soberana e recusa "fazer o que ele quer" nos gastos com defesa
"A nossa soberania vale o mesmo que a sua e vamos defendê-la", afirmou Yolanda Díaz.
A ministra do Trabalho e vice-presidente do Governo espanhol respondeu, este sábado, ao Presidente norte-americano, Donald Trump, lembrando que Espanha é soberana e "não vai fazer o que ele quer" após críticas sobre as contribuições para a NATO.
"A nossa soberania vale o mesmo que a sua e vamos defendê-la", afirmou Yolanda Díaz, acrescentando que Madrid não aceita essas pressões, em resposta a Trump, depois de este ter acusado Espanha de sempre ter pago "muito pouco" como membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Durante um discurso no congresso da maior confederação de sindicatos espanhola, a Comissiones Obreras, a ministra de Espanha declarou ainda: "Senhor Trump, o tempo do ordeno e mando no nosso país acabou", numa referência à ditadura que o país viveu no passado.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, recusa o novo objetivo proposto aos membros da NATO de aumentarem a despesa com defesa para 5% do Produto Interno Bruto (PIB), considerando-o "contraproducente" e "incomportável" para a realidade do país, como referiu numa carta, enviada esta quarta-feira, ao secretário-geral da organização, Mark Rutte.
Em vésperas da cimeira da NATO, a realizar-se nos dias 24 e 25 de junho, em Haia, Trump respondeu a essa rejeição afirmando que Espanha "sempre pagou muito pouco".
Trump voltou a sublinhar que, exceção feita aos Estados Unidos, todos os membros da NATO deveriam destinar 5% do seu PIB às despesas com a defesa e que "Espanha deve pagar o mesmo que os outros".
"Eu não acho que (nós) devemos, mas acho que eles deveriam", porque "temos (os Estados Unidos) suportado a NATO há muito tempo", disse Trump aos jornalistas, questionado sobre o assunto esta sexta-feira.
Espanha, garantiu, este sábado, a ministra do Trabalho no congresso sindical, não vai "consentir" essas pressões porque prefere ter "investimento social, direitos, liberdades, justiça", acrescentando também que o seu país não aceita lições dos Estados Unidos.
Os 32 aliados da NATO reúnem-se na terça e quarta-feira em cimeira na cidade holandesa de Haia sob a urgência de gastar mais em defesa, dada a instabilidade geopolítica mundial.
Fala-se de uma meta de alocar 3,5% do PIB dos 32 países aliados a gastos militares tradicionais (forças armadas, equipamento e treino) e 1,5% do PIB adicionais em infraestruturas de dupla utilização, civis e militares (como relativas à cibersegurança, prontidão e resiliência estratégica), um acréscimo face ao atual objetivo de 2%.
Esta é a proposta que o secretário-geral da NATO vai levar à cimeira, mas as percentagens ainda não estão fechadas e também está por definir a meta temporal para chegar a tais gastos, se 2032 ou 2035.
Correio da Manhã

"A nossa soberania vale o mesmo que a sua e vamos defendê-la", afirmou Yolanda Díaz.
A ministra do Trabalho e vice-presidente do Governo espanhol respondeu, este sábado, ao Presidente norte-americano, Donald Trump, lembrando que Espanha é soberana e "não vai fazer o que ele quer" após críticas sobre as contribuições para a NATO.
"A nossa soberania vale o mesmo que a sua e vamos defendê-la", afirmou Yolanda Díaz, acrescentando que Madrid não aceita essas pressões, em resposta a Trump, depois de este ter acusado Espanha de sempre ter pago "muito pouco" como membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Durante um discurso no congresso da maior confederação de sindicatos espanhola, a Comissiones Obreras, a ministra de Espanha declarou ainda: "Senhor Trump, o tempo do ordeno e mando no nosso país acabou", numa referência à ditadura que o país viveu no passado.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, recusa o novo objetivo proposto aos membros da NATO de aumentarem a despesa com defesa para 5% do Produto Interno Bruto (PIB), considerando-o "contraproducente" e "incomportável" para a realidade do país, como referiu numa carta, enviada esta quarta-feira, ao secretário-geral da organização, Mark Rutte.
Em vésperas da cimeira da NATO, a realizar-se nos dias 24 e 25 de junho, em Haia, Trump respondeu a essa rejeição afirmando que Espanha "sempre pagou muito pouco".
Trump voltou a sublinhar que, exceção feita aos Estados Unidos, todos os membros da NATO deveriam destinar 5% do seu PIB às despesas com a defesa e que "Espanha deve pagar o mesmo que os outros".
"Eu não acho que (nós) devemos, mas acho que eles deveriam", porque "temos (os Estados Unidos) suportado a NATO há muito tempo", disse Trump aos jornalistas, questionado sobre o assunto esta sexta-feira.
Espanha, garantiu, este sábado, a ministra do Trabalho no congresso sindical, não vai "consentir" essas pressões porque prefere ter "investimento social, direitos, liberdades, justiça", acrescentando também que o seu país não aceita lições dos Estados Unidos.
Os 32 aliados da NATO reúnem-se na terça e quarta-feira em cimeira na cidade holandesa de Haia sob a urgência de gastar mais em defesa, dada a instabilidade geopolítica mundial.
Fala-se de uma meta de alocar 3,5% do PIB dos 32 países aliados a gastos militares tradicionais (forças armadas, equipamento e treino) e 1,5% do PIB adicionais em infraestruturas de dupla utilização, civis e militares (como relativas à cibersegurança, prontidão e resiliência estratégica), um acréscimo face ao atual objetivo de 2%.
Esta é a proposta que o secretário-geral da NATO vai levar à cimeira, mas as percentagens ainda não estão fechadas e também está por definir a meta temporal para chegar a tais gastos, se 2032 ou 2035.
Correio da Manhã