kokas
GF Ouro
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- Set 27, 2006
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Um fotógrafo português aceitou a missão de documentar a vida nocturna da fauna portuguesa. Com faro, persistência e o equipamento adequado, está a iluminar as sombras.
Evitando a água de uma lagoa, uma gineta leva um leirão para a sua toca. Com um equilíbrio extraordinário, utiliza troncos e ramos de árvores caídas para caminhar sobre as águas. A fotografia de momentos extraordinários como este requer paciência e um bom conhecimento dos hábitos deste carnívoro.
Gonçalo Rosa não é um fotojornalista, nem quer sê-lo. No entanto, o seu projecto fotográfico dos últimos cinco anos está a revelar mais sobre a actividade nocturna de grande parte dos mamíferos da nossa fauna do que qualquer outra iniciativa.
A ideia de trabalhar com armadilhas fotográficas foi amadurecida e tem sido retocada por tentativa e erro. “O retorno é muito baixo com esta técnica”, admite. “Posso passar um mês sem produzir uma fotografia utilizável. E isso obriga-me a ser resistente ao fracasso.”
O morcego-lanudo parece voar sobre ondas. Na verdade, a imagem foi obtida muito longe do mar, nas margens de um rio com rápidos e pequenas quedas de água (em cima); Um morcego-de-ferradura-grande transporta a sua cria enquanto voa (em baixo). Para obter esta imagem, foi necessário aguardar que muitos morcegos cruzassem os sensores.
O fotógrafo possui onze sets compostos dispersos pelo país. Paralelamente, usa ainda mais de três dezenas de pequenas câmaras que o ajudam a compreender a nossa fauna nocturna. Instala-os em locais promissores, controlando as condições de iluminação, o enquadramento e o possível trajecto de um animal. “Na grande maioria dos dias, não trabalho sequer com o material fotográfico”, conta. “A prospecção passa pela procura de indícios para interpretar que animal passa ali, como passa e supera obstáculos e o padrão de passagem – se é diurno ou nocturno, se é ocasional ou regular. Se eu o perceber, posso saber como coloco câmara, flashes e células.”
O sistema inclui uma célula com um sensor, pelo que qualquer movimento faz disparar a fotografia. “Há muito que percebi que não posso controlar todas as variáveis, nem prever por completo a fotografia que dali resultará. Algumas das minhas melhores fotografias ocorreram com animais que eu não esperava em movimentos não antecipados.”
Uma jovem raposa procura alimento nas proximidades da câmara. Mais desconfiada, a progenitora observa de longe os estranhos dispositivos ali colocados. A fotografia de comportamentos como este exige especial paciência e habituação dos animais à câmara.

Evitando a água de uma lagoa, uma gineta leva um leirão para a sua toca. Com um equilíbrio extraordinário, utiliza troncos e ramos de árvores caídas para caminhar sobre as águas. A fotografia de momentos extraordinários como este requer paciência e um bom conhecimento dos hábitos deste carnívoro.
Gonçalo Rosa não é um fotojornalista, nem quer sê-lo. No entanto, o seu projecto fotográfico dos últimos cinco anos está a revelar mais sobre a actividade nocturna de grande parte dos mamíferos da nossa fauna do que qualquer outra iniciativa.
A ideia de trabalhar com armadilhas fotográficas foi amadurecida e tem sido retocada por tentativa e erro. “O retorno é muito baixo com esta técnica”, admite. “Posso passar um mês sem produzir uma fotografia utilizável. E isso obriga-me a ser resistente ao fracasso.”

O morcego-lanudo parece voar sobre ondas. Na verdade, a imagem foi obtida muito longe do mar, nas margens de um rio com rápidos e pequenas quedas de água (em cima); Um morcego-de-ferradura-grande transporta a sua cria enquanto voa (em baixo). Para obter esta imagem, foi necessário aguardar que muitos morcegos cruzassem os sensores.

O fotógrafo possui onze sets compostos dispersos pelo país. Paralelamente, usa ainda mais de três dezenas de pequenas câmaras que o ajudam a compreender a nossa fauna nocturna. Instala-os em locais promissores, controlando as condições de iluminação, o enquadramento e o possível trajecto de um animal. “Na grande maioria dos dias, não trabalho sequer com o material fotográfico”, conta. “A prospecção passa pela procura de indícios para interpretar que animal passa ali, como passa e supera obstáculos e o padrão de passagem – se é diurno ou nocturno, se é ocasional ou regular. Se eu o perceber, posso saber como coloco câmara, flashes e células.”
O sistema inclui uma célula com um sensor, pelo que qualquer movimento faz disparar a fotografia. “Há muito que percebi que não posso controlar todas as variáveis, nem prever por completo a fotografia que dali resultará. Algumas das minhas melhores fotografias ocorreram com animais que eu não esperava em movimentos não antecipados.”

Uma jovem raposa procura alimento nas proximidades da câmara. Mais desconfiada, a progenitora observa de longe os estranhos dispositivos ali colocados. A fotografia de comportamentos como este exige especial paciência e habituação dos animais à câmara.