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A maioria das vítimas eram de nacionalidade peruana e foram recrutadas no Peru, com falsas promessas de uma vida melhor em Espanha.
A Polícia Nacional espanhola libertou sete vítimas de exploração sexual, que chegaram a Espanha com “falsas promessas de trabalho”, e deteve onze pessoas ligadas ao caso, seis das quais em Fuengirola, na província de Málaga, e cinco em Madrid.
Segundo revelou, esta quarta-feira, a autoridade espanhola a rede “tirou partido da vulnerabilidade e necessidade económica das suas vítimas, utilizando falsas promessas de trabalho, tais como cuidar dos idosos” para as convencer de que as suas vidas iriam melhorar.
A investigação teve início após as autoridades terem conhecimento da existência de uma rede criminosa em Fuengirola, “que alegadamente explorava as suas vítimas em bordéis da cidade”.
Os membros da rede, que atua também no Peru, residiam em Madrid, mas “deslocavam-se frequentemente à província de Málaga para supervisionar o funcionamento dos bordéis e para recolher os lucros da exploração das suas vítimas”.
A Polícia Nacional revelou ainda que a organização “tinha colaboradores que desempenhavam funções específicas”, que iam desde o controlo das vítimas à publicitação dos serviços na Internet. “Um dos principais colaboradores da rede criminosa, que dirigia um dos apartamentos onde as vítimas eram exploradas sexualmente, chegou mesmo a utilizar uma arma de fogo para as intimidar e tratar de uma forma muito degradante”, revelou a autoridade.
A rede estava também envolvida na venda de produto estupefaciente aos seus clientes, nomeadamente de cocaína ou comprimidos para aumentar o desejo sexual. As vítimas eram também obrigadas a consumir estupefacientes “a fim de anular a sua vontade e prolongar a duração dos serviços sexuais, o que se traduziu em maiores benefícios económicos para os traficantes”.
A maioria das vítimas eram de nacionalidade peruana e foram recrutadas no Peru através das redes sociais ou de contactos no país. Já em Espanha, eram recebidas nos aeroportos pelos principais membros da rede, “que as levaram para casas particulares em Madrid ou Fuengirola de autocarro e depois para os bordéis”.
Depois, as vítimas eram informadas de que deviam até três mil euros à rede - que lhes havia pagado o transporte para Espanha e, alegadamente, arranjado emprego - e que teriam de se prostituir para pagar a dívida. “Para o fazer, tinham de estar disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana, e não podiam recusar nenhum cliente ou serviço sexual. A rede criminosa manteve 70% dos lucros gerados e apenas 30% foi para cobrar a sua dívida”, destaca a Polícia Nacional.
Durante a operação policial, foram realizadas quatro buscas, duas em Madrid e duas em Fuengirola. Foram apreendidos cerca de cinco mil euros em numerário, documentação, dez telemóveis, um dispositivo USB e diversos estupefacientes.
nm
