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O “trilho” gasoso foi descoberto em 2004 por astrónomos holandeses mas a sua existência apenas foi confirmada agora e ter-se-á formado como resultado da aproximação das duas galáxias em causa, Andrómeda e Triangulum, algo que terá acontecido há milhões de anos visto que não apresentam indícios de perturbação na atualidade.
Foram recentemente apresentadas num Encontro da American Astronomical Society evidências suportam a teoria surgida em 2004 de que duas galáxias do grupo da Via Láctea, Andrómeda e Triangulum, ter-se-ão encontrado num passado distante.
Esta hipótese foi avançada por astrónomos holandeses após detetarem, usando o Westerborlk Synthesis Radio Telescope, uma “ponte” de hidrogéneo entre as duas galáxias mencionadas.
No entanto, por ser ténue esse rasto não pode ser ter detetado pela maioria readiotelescópios, o que levou a que a sua existência tenha sido colocada em causa, até agora.
Com efeito, as observações realizadas por Jay Lockman, Spencer Wolfe, D. J. Pisano, Stacy McGaigh e Edward Shaya com o Green Bank Telescope (GBT) da National Science Foundation permitiram confirmar que a “ponte” de hidrogéneo é real e corresponde, muito provavelmente, a um vestígío da concentração de estrelas e gás interestelar denominada, em inglês “tidal tail”, que se forma quando duas galáxias passam perto uma da outra, o que origina sucção de gás para o espaço que as separa.
Segundo Spencer Wolfe, da West Virgina University “O encontro terá acontecido há muito tempo, porque nenhuma das galáxias exibe indícios de perturbação na atualidade”.
O uso do GBT permitiu, para além de comprovar a existência da ponte, detetar que dela fazem parte 6 massas de gás mais densas e o facto destas massas apresentarem uma velocidade relativa em relação à Terra semelhante é mais um indicador de que a ponte de hidrogéneo entre a Galáxia Andrómeda e a Galáxia Triangulum é real.
As Galáxias Andrómeda e Triangulum situam-se a 2.6 milhões de anos-luz e 3 milhões de anos-luz da Terra, respetivamente, e o estudo da ponte de hidrogéneo que as liga, pode contribuir para conhecer a evolução de cada uma.

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