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Despistagem de Ébola em Angola

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Recolhidas amostras de sangue para despistagem de Ébola ,autoridades afastam, para já, existência da doença no país.
As amostras de sangue recolhidas em pessoas que morreram na província angolana de Malange, com hemorragias internas, deverão ser enviadas para um laboratório no exterior para a despistagem de eventual infecção pelo vírus do Ébola, disse à Agência Lusa fonte médica.

Eusébio Manuel, que desde sexta-feira coordenou uma equipa do Ministério da Saúde que investigou os casos divulgados de mortes com sintomas de hemorragias internas, sem indicar uma data para divulgação dos resultados, adiantou que em África apenas a África do Sul e o Senegal possuem laboratórios onde estes exames são possíveis.

No trabalho realizado no terreno, conduzido sob o espectro da epidemia de Ébola em curso na vizinha República Democrática do Congo (RDC), que desde Novembro já fez mais de 40 vítimas, pelo menos 14 mortais, os técnicos angolanos concentram-se em quatro casos que requerem maior cuidado devido à sintomatologia apresentada, incluindo diarreias de sangue e hemorragias nasais, em Malange.

Eusébio Manuel indicou, no entanto, que três pessoas que estavam internadas já tiveram alta, porque "quando deram entrada queixavam-se apenas de dor de barriga" e os resultados laboratoriais confirmaram infecção por salmonela.

Mas estas pessoas não têm nenhuma relação com as que morreram com hemorragias. "Os que morreram eram todos amigos e presume-se que tenham morrido por alguma intoxicação química", notou Eusébio Manuel.

O facto de os familiares dessas pessoas não terem febres e não apresentarem nenhum sintoma indicia que não se deverá tratar de febre hemorrágica como a provocada pelo Ébola, apontou o coordenador da equipa que esteve em Malange a investigar desde sexta-feira e também coordenador da vigilância epidemiológica e do centro de processamento de dados epidemiológicos.

"Recolhemos amostras dessas pessoas e enviamos para Luanda para se fazerem os exames que estão em curso", adiantou o técnico, acrescentando não haver uma data para apresentação dos resultados desses exames porque em África são poucos os países com capacidade para fazer exames deste tipo, sendo as excepções a África do Sul e o Senegal, e é na Europa e nos Estados Unidos da América que estes são normalmente realizados.

Entretanto, o Governo angolano criou uma unidade hospitalar especial na província de Malange para acompanhar casos suspeitos de febre hemorrágica depois de terem sido divulgadas notícias, não confirmadas, da existência de mortes associadas ao vírus do ébola.

Com o surgimento de uma epidemia de ébola na vizinha República Democrática do Congo (RDCongo), em Dezembro, as províncias fronteiriças do Norte de Angola fecharam, como é o caso da Lunda Norte, ou redobraram a vigilância.

Apesar de terem sido divulgados casos de mortes com sintomas ainda não cabalmente explicados nas províncias do Zaire e Malange, foi nesta última, onde as equipas no terreno recolheram amostras de vítimas com diarreias com sangue e hemorragias nasais, que as autoridades sanitárias instalaram uma unidade hospitalar, na comuna de Ngola Luís, para acompanhar a situação.

Até ao momento, tanto o Ministério da Saúde angolano como a representação da Organização Mundial de Saúde no país desmentem a existência de casos de Ébola em Angola.

RB/NME.

Lusa/fim
 
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