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Descobertos na África do Sul os fósseis africanos de pinguins mais antigos

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Descobertos na África do Sul os fósseis africanos de pinguins mais antigos

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Filipa Alves

Foi anunciada online na revista Zoological Journal of the Linnean Society a descoberta, na África do Sul, dos fósseis africanos de pinguins mais antigos conhecidos, datando de há 10-12 milhões de anos. Estes fósseis, que antecipam em, pelo menos, 5 milhões de anos a presença deste grupo de aves no continente africano.

São 17 fragmentos de ossos da coluna vertebral, esterno, asas e patas que foram recuperados em 2010 na Cidade do Cabo por uma equipa formada pelos investigadores americanos Daniel Thomas (National Museum of Natural History) e Daniel Ksepka (National Evolutionary Synthesis Center),

Estes fósseis reforçam a teoria de que a diversidade de pinguins em África já foi significativamente maior do que na atualidade, em que o grupo tem apenas uma espécie representante, Spheniscus demersus.

Com efeito, estudos paleontológicos anteriores já tinham identificado quatro espécies distintas que terão habitado as zonas costeiras africanas no princípio do Pliocénico, a que há que somar, no mínimo, quatro novas espécies de acordo com a análise dos fósseis desenterrados há cerca de três anos, que datam do Miocénico.

As novas espécies tinham tamanhos que variavam entre os 0,3 e os 0,9 metros de altura, significativamente acima e abaixo da altura da única espécie africana atual de pinguim, que mede 0,6 metros, e a razão do seu desaparecimento, bem como da extinção das outras espécies mais recentes não é clara.

Uma hipótese plausível, revela a Europa Press, defende que a maior parte dos pinguins africanos se extinguiu quando os níveis do mar desceram. Com efeito, há cerca de 5 milhões de anos, o nível do mar era 90 metros mais alto do que nos dias hoje, sendo a paisagem sul-africana formada por numerosas ilhas cujas praias eram utilizadas como locais de nidificação. No entanto, a descida das águas levou ao aparecimento de pontes entre as ilhas e o continente, dando acesso aos predadores, deixando de existir locais de nidificação seguros.

Seja como for é quase certo que a extinção da maior parte dos pinguins africanos não terá estado relacionada com a colonização humana. “Provavelmente o ser humano não tem a culpa, já que os humanos modernos chegaram à África do Sul quando estes pinguins já tinham desaparecido”, refere Daniel Thomas.

Com efeito, o Spheniscus demersus é a única espécie que nidifica em África que coabita com Homem desde há 400.000 anos. Ao contrário dos seus parentes extintos, esta espécie encontra-se, no entanto, ameaçada pelo Homem, que explora as anchovas e os sardinhas que constituem o seu alimento principal.

Aceda ao resumo do artigo científico disponibilizado de forma gratuita aqui


Fontes: Noticias e información de actualidad | Agencia Europa Press, Science News e onlinelibrary.wiley.com

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