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É um mal comum e que deve ser evitado. Acordar já cansado, ou a sentir-se lento, é sinal de que não dormiu bem, o que vai impactar o resto do dia e, se for algo persistente a longo prazo, a sua saúde.
A razão pode estar na ingestão de cafeína demasiado tarde, no consumo de álcool, stress ou dores crónicas, mas existem outros fatores que podem contribuir para a perturbação do sono.
De acordo com a Cleveland Clinic, cerca de um em cada três adultos em todo o mundo tem sintomas de insónia, como dificuldade em adormecer, em permanecer a dormir ou em acordar demasiado cedo.
E, apesar de todas as razões já enumeradas, existe uma causa importante que deve receber maior destaque. Falamos do uso de ecrãs antes de adormecer, revela o site Parade.
De acordo com especialistas do sono, a utilização de telemóveis, tablets ou computadores à noite pode impedir uma noite reparadora.
"Existem células na parte de trás dos nossos globos oculares que enviam sinais ao nosso cérebro sobre o ciclo de luz e escuridão, afetando o nosso ritmo circadiano. No espetro de luz, a luz azul é a que tem mais impacto nesses sensores e suprime a libertação de melatonina no cérebro, que normalmente começa a ser libertada com o pôr do sol. A melatonina ajuda no início e na manutenção do sono, pelo que o atraso na sua libertação resulta num atraso no início do sono", explica a médica Nancy Abbey Collop, diretora do Emory Sleep Center em Atlanta, Geórgia.
Scott Schecter, médico e especialista em sono da University of Virginia Health, concorda. À mesma publicação, explica que, quando a melatonina é suprimida, ela pode aumentar o estado de alerta e diminuir a sensação de fadiga. Isto faz com que seja mais difícil dormir.
Mas não é apenas a luz azul que prejudica o sono e pode levar a que se acorde exausto, ambos os médicos do sono afirmam que o conteúdo do que as pessoas tendem a ver nos seus ecrãs também contribui para isso.
Schecter salienta também que todas as aplicações das redes sociais utilizam um algoritmo concebido para manter os utilizadores na aplicação, o que pode levar a que se passe mais tempo do que o planeado ou desejado.
E que alternativas pode considerar? Ambos os especialistas recomendam a leitura, não do seu tablet, mas de um livro físico.
"Há provas científicas que mostram que ler com luz indireta [como um candeeiro suspenso ou um candeeiro de mesa lateral] é melhor do que ler com o ecrã diretamente à frente do globo ocular", refere Collop, acrescentando que isto se deve provavelmente ao facto de reduzir a exposição à luz azul.
Para evitar a tentação de usar o telemóvel antes de dormir, Collop recomenda colocá-lo fora do alcance do braço. A médica recomenda também não ver televisão muito perto da hora de dormir porque o conteúdo pode ser energético ou perturbador, atrapalhando uma boa noite de sono.
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