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O Concorde, o primeiro avião supersónico de passageiros do mundo, nasceu nas mãos de duas importantes empresas aeronáuticas: a britânica British Aircraft Corporation (BAC) e a francesa Aérospatiale. Os seus voos comerciais tiveram início no dia 21 de Janeiro de 1976 e terminou a sua carreira trágica derivada a um acidente em 2000.
O Concorde tinha um nariz que se inclinava durante a aterragem, para uma melhor
visibilidade da pista.
No dia 10 de Abril de 2003, Air France e British Airways decidiram juntas encerrar os voos comerciais do Concorde. A Air France em 31 de Maio de 2003 e a British Airways em 24 de Outubro do mesmo ano. O custo de manutenção demasiado elevado, a par da baixa de passageiros, e depois do trágico acidente de 2000, pôs fim a queda de um símbolo da aviação comercial.
Antecedentes
No final da década de 1950, as agências norte-americanas, francesa, inglesa e soviética, demonstraram interesse na criação de uma aeronave supersónica de transporte de passageiros. Cada um desses países possuía seu próprio projecto, porem, no começo da década de 1960, devido aos enormes custos, os governos britânico e francês decidiram juntar forças, e em 25 de Outubro de 1962 assinaram um tratado que criou o consórcio franco-britânico e tornou possível o desenvolvimento do projecto e produção da aeronave.
No início, o Concorde tinha cerca de 100 pedidos das companhias mais importantes do mundo, como Air France, Pan Am e BOAC (actual British Airways); mais tarde, a Japan Airlines, Lufthansa, American Airlines, Qantas e TWA também manifestaram interesse na compra do Concorde.
Interior do Concorde, notando o seu apertado espaço
para passageiros.
A construção do primeiro protótipo francês começou em Abril de 1965 pela Aérospatiale em Toulouse, na França, e foi concluída em 11 de Dezembro de 1967. Após 15 meses de testes em solo, o Concorde descolou para seu primeiro voo em 2 de Março de 1969. O segundo protótipo foi construído pela BAC em Filton, na Inglaterra, e fez o seu primeiro voo um mês depois, em 9 de Abril de 1969.
O cockpit do Concorde.
O primeiro modelo Concorde atingiu a velocidade Mach 1, aproximadamente 1100 km/h à altitude operacional, em 1 de Outubro de 1969; e em 4 de Novembro de 1970, atingiu a velocidade Mach 2 (aproximadamente 2200 km/h).
Em 4 de Setembro de 1971, o Concorde começou a sua série de voos de demonstração, inaugurando o Aeroporto Internacional de Dallas-Fort Worth em 1973, quando visitou os Estados Unidos. Estes voos de demonstração fizeram com que o Concorde acumulasse 60 pedidos de compra.
Entretanto, uma avalanche de cancelamentos ocorreu devido a uma conjunção de vários factores:
- A crise do petróleo dos anos 70;
- Dificuldades financeiras por parte dos parceiros das companhias aéreas;
- A queda do concorrente russo do Concorde, o Tupolev Tu-144;
- Alegados problemas ambientais, como elevado ruído ao ultrapassar a barreira do som e poluição atmosférica.
No final, apenas Air France e British Airways restaram como compradoras do Concorde.
Carreira do Concorde
O serviço de passageiros no Concorde permaneceu sem acidentes durante 24 anos, atendendo regularmente, linhas aéreas de Nova Iorque e Washington, as cidades de Miami, Bridgetown (Barbados), Caracas, Ilha de Santa Maria, Dakar, Bahrain, Singapura, Cidade do México e Rio de Janeiro. Ao longo destes anos, o avião rodou o mundo nas duas direcções, visitando todos os continentes.
Queda do Mito
Porém, em 25 de Julho de 2000, uma das unidades da Air France (Voo Air France 4590) teve um acidente fatal, causado por uma peça de um DC-10 da Continental Airlines, que se soltara na pista minutos antes, o que causou a paralisação de toda a frota francesa e britânica. Este acidente foi o começo do fim para os voos do Concorde. Após o acidente, o Concorde sofreu algumas modificações, retornando ao serviço de passageiros após 15 meses. Mas em 10 de Abril de 2003, as empresas Air France e British Airways decidiram juntas encerrar os voos comerciais da aeronave.

O Concorde tinha um nariz que se inclinava durante a aterragem, para uma melhor
visibilidade da pista.
No dia 10 de Abril de 2003, Air France e British Airways decidiram juntas encerrar os voos comerciais do Concorde. A Air France em 31 de Maio de 2003 e a British Airways em 24 de Outubro do mesmo ano. O custo de manutenção demasiado elevado, a par da baixa de passageiros, e depois do trágico acidente de 2000, pôs fim a queda de um símbolo da aviação comercial.
Antecedentes
No final da década de 1950, as agências norte-americanas, francesa, inglesa e soviética, demonstraram interesse na criação de uma aeronave supersónica de transporte de passageiros. Cada um desses países possuía seu próprio projecto, porem, no começo da década de 1960, devido aos enormes custos, os governos britânico e francês decidiram juntar forças, e em 25 de Outubro de 1962 assinaram um tratado que criou o consórcio franco-britânico e tornou possível o desenvolvimento do projecto e produção da aeronave.
No início, o Concorde tinha cerca de 100 pedidos das companhias mais importantes do mundo, como Air France, Pan Am e BOAC (actual British Airways); mais tarde, a Japan Airlines, Lufthansa, American Airlines, Qantas e TWA também manifestaram interesse na compra do Concorde.

Interior do Concorde, notando o seu apertado espaço
para passageiros.
A construção do primeiro protótipo francês começou em Abril de 1965 pela Aérospatiale em Toulouse, na França, e foi concluída em 11 de Dezembro de 1967. Após 15 meses de testes em solo, o Concorde descolou para seu primeiro voo em 2 de Março de 1969. O segundo protótipo foi construído pela BAC em Filton, na Inglaterra, e fez o seu primeiro voo um mês depois, em 9 de Abril de 1969.

O cockpit do Concorde.
O primeiro modelo Concorde atingiu a velocidade Mach 1, aproximadamente 1100 km/h à altitude operacional, em 1 de Outubro de 1969; e em 4 de Novembro de 1970, atingiu a velocidade Mach 2 (aproximadamente 2200 km/h).
Em 4 de Setembro de 1971, o Concorde começou a sua série de voos de demonstração, inaugurando o Aeroporto Internacional de Dallas-Fort Worth em 1973, quando visitou os Estados Unidos. Estes voos de demonstração fizeram com que o Concorde acumulasse 60 pedidos de compra.
Entretanto, uma avalanche de cancelamentos ocorreu devido a uma conjunção de vários factores:
- A crise do petróleo dos anos 70;
- Dificuldades financeiras por parte dos parceiros das companhias aéreas;
- A queda do concorrente russo do Concorde, o Tupolev Tu-144;
- Alegados problemas ambientais, como elevado ruído ao ultrapassar a barreira do som e poluição atmosférica.
No final, apenas Air France e British Airways restaram como compradoras do Concorde.
Carreira do Concorde
O serviço de passageiros no Concorde permaneceu sem acidentes durante 24 anos, atendendo regularmente, linhas aéreas de Nova Iorque e Washington, as cidades de Miami, Bridgetown (Barbados), Caracas, Ilha de Santa Maria, Dakar, Bahrain, Singapura, Cidade do México e Rio de Janeiro. Ao longo destes anos, o avião rodou o mundo nas duas direcções, visitando todos os continentes.
Queda do Mito
Porém, em 25 de Julho de 2000, uma das unidades da Air France (Voo Air France 4590) teve um acidente fatal, causado por uma peça de um DC-10 da Continental Airlines, que se soltara na pista minutos antes, o que causou a paralisação de toda a frota francesa e britânica. Este acidente foi o começo do fim para os voos do Concorde. Após o acidente, o Concorde sofreu algumas modificações, retornando ao serviço de passageiros após 15 meses. Mas em 10 de Abril de 2003, as empresas Air France e British Airways decidiram juntas encerrar os voos comerciais da aeronave.
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