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Comunicação e Linguagem

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Comunicação e Linguagem


Os cépticos afirmam que apenas a linguagem humana oferece provas de pensamentos conscientes e sentimentos subjectivos, nomeadamente o sentimento subjectivo da dor e do sofrimento. Mas onde começa a linguagem?

E será que um bebé humano recémnascido ou um humano idoso senil, que não usam a linguagem humana, não são seres sencientes? E um feto?
Uma vez que os animais não têm “linguagem” no mesmo sentido que os humanos têm, é mais indicado usar o termo mais geral de “comunicação” e assumirmos que a “linguagem” é simplesmente uma forma específica de comunicação própria dos humanos.

Existem muitos exemplos de comunicação entre animais. A comunicação entre animais é, na verdade, fulcral para as suas relações sociais.
Contudo, para demonstrar que estes exemplos mostram provas de sentimentos e pensamentos e que não são simples acções reflexas, devemos ter o cuidado de mostrar comunicação de situações particulares que tornem mais evidentes as demonstrações de comunicação relativas a sentimentos e pensamentos.
A versatilidade e diversidade na comunicação entre animais sugere que as mensagens que trocam com outros oferecem provas da sua consciência.

Dois exemplos de versatilidade na comunicação são os macacos tarrafe e as abelhas: um que indica o risco de predadores diferentes e o outro que indica as diferentes localizações da comida. Não há reflexo algum nem esta comunicação tem um propósito egoísta ou que sirva apenas a sua sobrevivência – em ambos os casos, são informações comunicadas para o interesse do grupo e que, antes de serem comunicadas, têm que ser assumidas pelo animal que as comunica como importantes para si e de interesse também para os outros membros do grupo. Há, portanto, comunicação deliberada.

Não podemos, porém, esperar que um animal compreenda ou, muito menos, use ou domine a linguagem humana. E menos ainda podemos assumir que a sua incapacidade para tal seja um sinal de falta de inteligência. Esta seria uma ideia absurda. Na verdade, é notável como, por exemplo, os cães, os gatos ou outros animais que convivam connosco mais de perto consigam aprender o significado de certas palavras que usamos – mesmo que seja o som dessas palavras que reconhecem, a verdade é que o associam ao conceito (por exemplo, a palavra, ou o som da palavra, “rua” é algo que um cão facilmente associa ao conceito de sair de casa e ir passear ao ar livre). E, do mesmo modo, não podemos esperar que um humano compreenda ou, muito menos, use ou domine o sistema de comunicação dos cães, das galinhas, dos peixes ou dos golfinhos. E isso seguramente não significa que os humanos não são inteligentes. Já é suficientemente admirável e importante que os humanos consigam compreender alguns aspectos básicos da comunicação de várias espécies.

E, de resto, e a título de exemplo, acabamos sempre por compreender tanto os cães e aquilo que nos querem dizer com a sua comunicação, que não só somos capazes de perceber tantas vezes o que nos transmitem, como é comum comentarmos “só lhes falta falar”...

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Abraço
 
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