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CML anuncia mais de 200 intervenções nos espaços verdes
A Câmara de Lisboa anunciou hoje mais de 200 intervenções nos espaços verdes e espaço público até 2011, envolvendo um investimento de cerca de 15 milhões de euros, numa cerimónia contestada pelos presidentes de junta sociais-democratas e comunistas.
Os presidentes de junta do PSD e do PCP abandonaram o salão nobre da Câmara antes do início da apresentação do programa das intervenções, apresentado pelo presidente da Câmara, António Costa (PS), o vereador do Espaço Público, Marcos Perestrello (PS) e o vereador dos Espaços Verdes, Sá Fernandes (BE), considerando que a cerimónia visou "mera propaganda política" e alegando que tinham sido convocados para uma sessão de trabalho.
"Tendo os eleitos sido convidados para participarem numa reunião de trabalho com os vereadores Marcos Perestrello e José Sá Fernandes, foram confrontados com uma cerimónia de propaganda política, que contempla obras a realizar já no próximo mandado e sobre as quais os autarcas locais não foram informados nem ouvidos", afirmam, num comunicado conjunto, distribuído aos jornalistas após a apresentação.
O presidente da Junta de Freguesia de São José, João Mesquita (PSD), diz ainda ter "a certeza absoluta que 50 por cento [das obras anunciadas] é aquilo que o vereador António Prôa deixou preparado" no mandato anterior.
O presidente da Junta de Carnide, Paulo Quaresma (CDU) considerou, em declarações à Lusa, que "nem no tempo de Pedro Santana Lopes houve tanto desrespeito pelas juntas de freguesia" e contestou que as juntas sejam colocadas perante "factos consumados".
Confrontado com as acusações, Sá Fernandes afirmou que o convite foi para uma apresentação e não uma convocatória para uma reunião de trabalho e recusou que a maioria dos projectos tenha sido herdada do anterior vereador dos Espaços Verdes.
"Não estava prevista uma única concessão. Não estava previsto um único corredor verde", argumentou, acrescentando que apenas aproveitou os projectos de requalificação dos miradouros e que mesmo esses foram "emendados" e revistos para passarem a incluir equipamentos de cafetaria a concessionar.
Sá Fernandes garantiu ter ouvido todos os presidentes de junta "antecipadamente" e ter incluído nos projectos as suas reivindicações.
Estão previstas intervenções nas 53 freguesias da cidade, que incluem a criação de quase 50 quilómetros de pistas cicláveis, no âmbito do Plano Verde, e a recuperação do Parque Eduardo VII, que deverá estar concluída na totalidade em 2011.
A intervenção no Parque Eduardo VII inclui a recuperação da Estufa Fria e da Estufa Quente e do restaurante Botequim do Rei, e a promoção da ligação entre aquele parque e o Jardim Amália Rodrigues.
Os dois espaços verdes estão separados por uma via, que passará a ser mais estreita. Em contrapartida, as passadeiras e os passeios de ambos os lados serão mais largos para privilegiar o atravessamento de peões.
Está igualmente prevista a requalificação da Avenida Duque d´Ávila, que passará a ser metade pedonal, com esplanadas e outros equipamentos.
A requalificação dos jardins do Príncipe Real, Praça das Flores, Torel e Constantino e da Praça do Areeiro são outras intervenções previstas.
Os projectos prevêem a concessão mais de 30 quiosques para servirem de cafetarias nos jardins e miradouros, bem como de sete restaurantes.
Sá Fernandes escusou-se a avançar uma previsão das receitas que a Câmara pretende arrecadar com estas concessões, considerando que "o mais importante é que se façam de forma transparente".
"Há concessões que vão dar muito dinheiro e outras pouco", afirmou, acrescentando que os concursos para as concessões serão lançados até Agosto.
Segundo Sá Fernandes, dois terços das intervenções projectadas estarão concluídas até ao final do mandato.
Diário Digital / Lusa
A Câmara de Lisboa anunciou hoje mais de 200 intervenções nos espaços verdes e espaço público até 2011, envolvendo um investimento de cerca de 15 milhões de euros, numa cerimónia contestada pelos presidentes de junta sociais-democratas e comunistas.
Os presidentes de junta do PSD e do PCP abandonaram o salão nobre da Câmara antes do início da apresentação do programa das intervenções, apresentado pelo presidente da Câmara, António Costa (PS), o vereador do Espaço Público, Marcos Perestrello (PS) e o vereador dos Espaços Verdes, Sá Fernandes (BE), considerando que a cerimónia visou "mera propaganda política" e alegando que tinham sido convocados para uma sessão de trabalho.
"Tendo os eleitos sido convidados para participarem numa reunião de trabalho com os vereadores Marcos Perestrello e José Sá Fernandes, foram confrontados com uma cerimónia de propaganda política, que contempla obras a realizar já no próximo mandado e sobre as quais os autarcas locais não foram informados nem ouvidos", afirmam, num comunicado conjunto, distribuído aos jornalistas após a apresentação.
O presidente da Junta de Freguesia de São José, João Mesquita (PSD), diz ainda ter "a certeza absoluta que 50 por cento [das obras anunciadas] é aquilo que o vereador António Prôa deixou preparado" no mandato anterior.
O presidente da Junta de Carnide, Paulo Quaresma (CDU) considerou, em declarações à Lusa, que "nem no tempo de Pedro Santana Lopes houve tanto desrespeito pelas juntas de freguesia" e contestou que as juntas sejam colocadas perante "factos consumados".
Confrontado com as acusações, Sá Fernandes afirmou que o convite foi para uma apresentação e não uma convocatória para uma reunião de trabalho e recusou que a maioria dos projectos tenha sido herdada do anterior vereador dos Espaços Verdes.
"Não estava prevista uma única concessão. Não estava previsto um único corredor verde", argumentou, acrescentando que apenas aproveitou os projectos de requalificação dos miradouros e que mesmo esses foram "emendados" e revistos para passarem a incluir equipamentos de cafetaria a concessionar.
Sá Fernandes garantiu ter ouvido todos os presidentes de junta "antecipadamente" e ter incluído nos projectos as suas reivindicações.
Estão previstas intervenções nas 53 freguesias da cidade, que incluem a criação de quase 50 quilómetros de pistas cicláveis, no âmbito do Plano Verde, e a recuperação do Parque Eduardo VII, que deverá estar concluída na totalidade em 2011.
A intervenção no Parque Eduardo VII inclui a recuperação da Estufa Fria e da Estufa Quente e do restaurante Botequim do Rei, e a promoção da ligação entre aquele parque e o Jardim Amália Rodrigues.
Os dois espaços verdes estão separados por uma via, que passará a ser mais estreita. Em contrapartida, as passadeiras e os passeios de ambos os lados serão mais largos para privilegiar o atravessamento de peões.
Está igualmente prevista a requalificação da Avenida Duque d´Ávila, que passará a ser metade pedonal, com esplanadas e outros equipamentos.
A requalificação dos jardins do Príncipe Real, Praça das Flores, Torel e Constantino e da Praça do Areeiro são outras intervenções previstas.
Os projectos prevêem a concessão mais de 30 quiosques para servirem de cafetarias nos jardins e miradouros, bem como de sete restaurantes.
Sá Fernandes escusou-se a avançar uma previsão das receitas que a Câmara pretende arrecadar com estas concessões, considerando que "o mais importante é que se façam de forma transparente".
"Há concessões que vão dar muito dinheiro e outras pouco", afirmou, acrescentando que os concursos para as concessões serão lançados até Agosto.
Segundo Sá Fernandes, dois terços das intervenções projectadas estarão concluídas até ao final do mandato.
Diário Digital / Lusa