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China apela aos Estados Unidos para que sejam "sérios" e honrem acordos comerciais

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Wang apelou aos Estados Unidos para "criarem as condições necessárias para que as relações [bilaterais] regressem ao caminho certo".

O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, acusou na terça-feira os Estados Unidos de violarem o acordo comercial alcançado pelos dois países, ao imporem "medidas negativas", como as últimas restrições à exportação de semicondutores.

Wang fez estas afirmações durante um encontro com o novo embaixador dos Estados Unidos na China, David Perdue.

"Infelizmente, os Estados Unidos introduziram recentemente uma série de medidas negativas, com base em fundamentos infundados, prejudicando os direitos e interesses legítimos da China", afirmou Wang durante o encontro em Pequim, de acordo com um comunicado difundido esta quarta-feira pelo Governo chinês.

Wang apelou aos Estados Unidos para "criarem as condições necessárias para que as relações [bilaterais] regressem ao caminho certo".

Perdue informou numa mensagem difundida na rede social X que mencionou as "prioridades da Administração Trump sobre o comércio, fentanil e imigração ilegal" e que as comunicações são "vitais" para a relação.

Os comentários de Wang surgem depois de a China ter acusado os Estados Unidos de violarem um acordo comercial alcançado em Genebra, através de novas restrições discriminatórias, incluindo restrições à venda de semicondutores e do 'software' utilizado no desenvolvimento desses componentes essenciais para a produção de alta tecnologia.

Pequim contesta também a anulação dos vistos pelos Estados Unidos aos estudantes chineses.

Na semana passada, o representante comercial norte-americano, Jamieson Greer, acusou Pequim de não cumprir elementos desse acordo, queixando-se de que a China não tinha acelerado as exportações de minerais essenciais necessários para a eletrónica de ponta.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse também na terça-feira que a China precisa de escolher se vai ser um parceiro comercial confiável ou não para o resto do mundo.

Bessent referiu a profunda crise imobiliária que o país asiático vive como exemplo para criticar o atual modelo económico de Pequim, que, segundo o secretário do Tesouro, "exporta deflação e excesso de produção" para o resto do mundo.

O político norte-americano sugeriu ainda que a China deve oferecer estímulos fiscais e travar o excesso de produção local.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mostrou-se confiante de que uma conversa com o líder chinês, Xi Jinping, poderá aliviar as tensões comerciais, embora não seja claro que esse telefonema esteja a ser organizado.

Perdue chegou a Pequim em meados de maio com a expectativa de que possa utilizar a sua relação próxima com Trump para reabrir canais de comunicação fundamentais na difícil relação entre a China e os EUA.

Correio da Manhã
 
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