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CGD injectou desde Setembro mais de 800 milhões de euros no BPN

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Set 10, 2007
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A CGD já injectou mais de 800 milhões de euros desde Setembro no Banco Português de Negócios (BPN), revelou hoje o presidente do banco público, valor que corresponde às insuficiências financeiras detectadas nas investigações levadas a cabo pelo Banco de Portugal. Faria de Oliveira defendeu ainda a reestruturação e posterior venda a privados do BPN.

"Os reforços de liquidez hoje ultrapassam os 800 milhões de euros", disse Fernando Faria de Oliveira, em declarações aos jornalistas, à margem da Conferência sobre "Financiamentos da Economia: Oportunidades e Parcerias no contexto Actual", na Culturgest, em Lisboa.

O Governo decidiu no início de Novembro nacionalizar o Banco Português de Negócios (BPN), depois de terem sido detectadas perdas que foram avaliadas em 700 milhões de euros na instituição financeira, actualmente liderada por Miguel Cadilhe.

O presidente da CGD explicou que, depois da nacionalização do BPN e da sua entrega à gestão da CGD, a instituição tem agora dois meses para apresentar uma de três soluções ao Governo: a privatização, a venda de parte dos activos ao sector privado e, "se for impossível" as situações anteriores, integrar o banco na CGD. "Estão as três situações em aberto", acrescentou Faria de Oliveira, notando que a primeira solução "seria a ideal".

Questionado sobre o impacto nas contas da CGD desta injecção de liquidez, Faria de Oliveira disse que essa operação "não interferirá nos resultados", admitindo, contudo, que pode afectar o rácio de capital Tier 1 (fundos próprios de base face aos activos ponderados pelo risco).

O presidente do banco público notou ainda que apesar da ajuda que tem dado ao BPN, a CGD continua a ter um plano de investimentos em Angola e no Brasil e que ainda está interessada numa "eventual aquisição em Espanha".

Em resposta à pergunta se a CGD está em condições de ajudar um outro banco que possa eventualmente estar em dificuldades, Faria de Oliveira limitou-se a responder: "não antevemos que tal aconteça".

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