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Carlos do Carmo

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[Nivel 3] Carlos do Carmo - Canoas do tejo

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intro: Cm E F A# Dm C#m Cm E F A# A#m 
 
  
 
A#m 
 
 Canoa de vela erguida  
 
Que vens do Cais da Ribeira,  
 
Gaivota que anda perdida  
 
C                    F 
 
 Sem encontrar companheira,  
 
                  D#m 
 
O Vento sopra nas Fragas,  
 
                  F 
 
O Sol parece um morango  
 
         F#           F 
 
E o Tejo baila com as vagas  
 
  C#m Cm        A#    Gm F 
 
A ensaiar um fandango  
 
  
 
A# 
 
Canoa, conheces bem,  
 
Quando há Norte pela proa,  
 
Quantas docas tem Lisboa  
 
Dm      C#m            Cm 
 
 E as muralhas que ela tem! 
 
      F#          Dm   Gm 
 
Canoa,   por onde vais,  
 
                      Cm 
 
Se algum barco te abalroa,  
 
      Em             F 
 
Nunca mais voltas ao Cais!  
 
                    A# 
 
Nunca, nunca, nunca mais!!  
 
  
 
A#m 
 
 Canoa de vela panda  
 
Que vens da Boca da Barra  
 
E trazes na aragem branda  
 
C                F 
 
 Gemidos duma guitarra,  
 
                     D#m 
 
Teu arrais prendeu a vela; 
 
                   F 
 
E se adormeceu, deixá-lo!  
 
 F#             F 
 
Agora muita cautela  
 
C#m      Cm      A#    Gm F 
 
Não vá o Mar acordá-lo!
 

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[Nivel 3] Carlos do Carmo - Estrela da tarde

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Dm  E/D 
 
  
 
Dm                                   E/D 
 
 
Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia 
 
 
                                              Dm 
 
 
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia 
 
 
               Dm/C                  A#7                   G#m7/5- 
 
 
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia 
 
 
Gm                A                 Dm 
 
 
 Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia 
 
 
  
 
Dm                Gm                A# 
 
 
 Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia 
 
 
A#m7          Em7/5-          Dm 
 
 
 E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria 
 
 
Bm7/5-                                   Em                A7 
 
 
 Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia 
 
 
Gm            A                     Dm 
 
 
 Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia 
 
 
  
**** 
 
 
     F#m7/C# 
 
 
Meu amor, meu amor 
 
 
Dm 
 
 
Minha estrela da tarde 
 
 
      Gm         C7                     F       Gm 
 
 
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde 
 
 
     A 
 
 
Meu amor, meu amor 
 
 
Dm                G 
 
 
Eu não tenho a certeza 
 
 
G#m7/5-         C#7        F#       Bm 
 
 
  Se tu és a alegria ou se és a tristeza 
 
 
              Em 
 
 
Meu amor, meu amor 
 
 
                  A 
 
 
Eu não tenho a certeza 
 
 
 
  
 
Dm                                 E/D 
 
 
Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram 
 
 
                                        Dm 
 
 
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram 
 
 
                      Dm/C                  A#7         G#m7/5- 
 
 
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram 
 
 
Gm                 A              Dm 
 
 
 E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram 
 
 
  
 
Dm              Gm                 A# 
 
 
 Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram 
 
 
A#m7          Em7/5-            Dm 
 
 
 Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam 
 
 
Bm7/5-                                 Em              A7 
 
 
 Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram 
 
 
Gm                    A                  Dm 
 
 
 E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram 
 
 
**** 
  
 
D#m                                       G#m 
 
 
 Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto 
 
 
Fm7/5-            A#7                 D#m             D#m7M  
 
 
 É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto 
 
 
D#m7               Dm6                F  
 
 
 Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto 
 
 
A#4                A#               D#m 
 
 
 Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto 
 
 
    F                       A#                    G#m   F#  D#m  
 
 
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para que se quer tanto!
 

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[Nivel 3] Carlos do Carmo - Julia florista

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Am                                                            E7 
A Júlia florista boémia e fadista diz a tradição 
                                                                     Am 
foi nesta Lisboa figura de proa da nossa canção 
A7                                                                    Dm 
figura bizarra que ao som da guitarra o fado viveu 
               Am                           E7                        Am 
vendia flores mas os seus amores jamais os vendeu 
 
 
	Refrão : 
 
Am    A7        Dm    Dm/G        Am 
Ó Júlia florista tua linda história 
Am/C               Dm      Dm/G       E7 
o tempo marcou na nossa memória 
Am/C               Dm      Dm/G       E7 
Ó Júlia florista tua voz ecoa 
                        Dm                  E7                          Am 
nas noites bairristas boémias fadistas da nossa Lisboa 
 
 
Am                                                            E7 
Chinela no pé um ar de ralé um jeito de andar 
                                                                     Am 
se a Júlia passava Lisboa parava para a ouvir cantar 
A7                                                                    Dm 
no ar o pregão na boca a canção falando de amor 
               Am                           E7                        Am 
encostado ao peito a graça e o jeito do cesto das flores 
 
Refrão 
Am    A7        Dm    Dm/G        Am 
Ó Júlia florista tua linda história 
Am/C               Dm      Dm/G       E7 
o tempo marcou na nossa memória 
Am/C               Dm      Dm/G       E7 
Ó Júlia florista tua voz ecoa 
                        Dm                  E7                          Am 
nas noites bairristas boémias fadistas da nossa Lisboa
 

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[Nivel 1] Carlos do Carmo - Lisboa Menina e Moça

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Am               Dm 
No castelo ponho o cotovelo  
  G                 C     
Alfama descanso o olhar  
    F              Dm 
E assim desfaço o novelo  
   E      Am 
De azul e mar  
À Ribeira encosto a cabeça  
A almofada da cama do Tejo  
Com lençóis bordados à pressa  
Na cambraia de um beijo  



			
			

  Am                    Dm 
Lisboa menina e moça, menina  
   G                               C 
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura  
     F                        Dm 
Teus seios sãos as colinas, varina  
    E                        Am 
Pregão que me traz à porta ternura 

Cidade a ponto luz bordada  
Toalha à beira mar estendida  
Lisboa menina e moça e amada  
Cidade amor da minha vida  

			


  
No Terreiro eu passo por ti  
Mas na Graça eu vejo-te nua  
Quando um pombo te olha sorri  
És mulher da rua  
E no bairro mais alto do sonho  
Ponho o fado que soube inventar  
A aguardente de vida e medronho  
Que me faz cantar  
  
Refrão:  
Lisboa menina e moça, menina  
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura  
Teus seios sãos as colinas, varina  
Pregão que me traz à porta ternura  
Cidade a ponto luz bordada  
Toalha à beira mar estendida  
Lisboa menina e moça e amada  
Cidade mulher da minha vida  
Lisboa do amor deitada  
Cidade por minhas mãos despida  
Lisboa menina e moça e amada  
Cidade mulher da minha vida
 

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[Nivel 3] Carlos do Carmo - No teu poema

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D#m 
  
         G#m 
No teu poema 
 
 C#4               B              A#m7  
 
existe um verso em branco e sem medida, 
 
   D#7/4        D#7          G#m7 
 
um corpo que respira, um céu aberto, 
 
  C#7/4     C#7         F#7M    A#7  D#m7 
 
janela debruçada para a vida. 
 
  
 
         G#m 
No teu poema 
 
 C#4           B          A#m7  
 
existe a dor calada lá no fundo, 
 
  D#7/4      D#7             G#m7 
 
o passo da coragem em casa escura 
 
    C#7/4        C#7/9-       F#7M   F#7 
 
e, aberta, uma varanda para o mundo. 
 
  
         Bm7 
 
Existe a noite, 
 
  E4             E              A7M 
 
o riso e a voz refeita à luz do dia, 
 
  D7M                    G#m7 
 
a festa da Senhora da Agonia e o cansaço 
 
   C#7/9-        C#7          F#m7 
 
do corpo que adormece em cama fria. 
  
 
          Bm7 
 
Existe um rio, 
 
  E4            E             A7M 
 
a sina de quem nasce fraco ou forte, 
 
  D7M                             G#m7 
 
o risco, a raiva e a luta de quem cai ou que resiste, 
 
    C#7/4       C#7            F#7M   A#7/4 A#7 D#m7 
 
que vence ou adormece antes da morte. 
 
  
 
         G#m 
No teu poema 
 
 C#4               B        A#m7  
 
existe o grito e o eco da metralha, 
 
  D#7/4          D#7           G#m7 
 
a dor que sei de cor mas não recito 
 
     C#7/4     C#7/9-        F#7M   A#7/4 A#7 D#m7 
 
e os sonos inquietos de quem falha. 
 
  
 
         G#m 
No teu poema 
 
 C#4           B          A#m7  
 
existe um cantochão alentejano, 
 
  D#7/4      D#7          G#m7 
 
a rua e o pregão de uma varina 
 
     C#7/4     C#7/9-         F#7M   F#7 
 
e um barco assoprado a todo o pano. 
 
   
 
          Bm7 
 
Existe um rio 
 
  E4             E             A7M 
 
o canto em vozes juntas, vozes certas 
 
   D7M                            G#m7 
 
canção de uma só letra e um só destino a embarcar 
 
   C#7/9-       C#7          F#m7 
 
no cais da nova nau das descobertas 
 
  
 
  
 
          Bm7 
 
Existe um rio 
 
  E4            E             A7M 
 
a sina de quem nasce fraco ou forte, 
 
  D7M                             G#m7 
 
o risco, a raiva e a luta de quem cai ou que resiste, 
 
    C#7/4       C#7            F#7M   A#7/4 A#7 D#m7 
 
que vence ou adormece antes da morte. 
 
  
 
         G#m 
No teu poema 
 
 C#4                B             A#m7  
 
existe a esperança acesa atrás do muro, 
 
 D#7/4        D#7              G#m7 
 
existe tudo o mais que ainda escapa 
 
     C#7/4               C#7        B   A#m7 G#m7 F# 
 
e um verso em branco à espera de futuro.
 

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[Nivel 3] Carlos do Carmo - Os Putos

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F#m G# C#m D#m G# C#m 
F#m G# C#m D#m G# C#m 
  
            F#m  G#    C#m 
Uma bola de pano    num charco 
              F#m   B   E 
Um sorriso traquina, um chuto 
               F#m   G#   C#m 
Na ladeira a correr,   um arco 
            D#m7/5- G#      C#m 
E o céu no olhar,     de um puto 
  
                F#m  G#     C#m 
Uma fisga que atira    a esperança 
                F#m  B   E 
Um pardal de calções   astuto 
             F#m  G#   C#m 
E a força de ser    criança 
                     D#m7/5- G#     C# 
Contra a força de um "chui"   que é bruto 
  
        C#           A#m    D#m 
Parecem bandos de pardais à solta 
   G#        C# 
Os putos, os putos 
         C#          A#m     D#m 
São como índios, capitães da malta 

	

   G#        C# 
Os putos, os putos 
    F#m            B 
Mas quando a tarde cai 
           C# 
Vai-se a revolta 
A#                   D#m 
Sentam-se ao colo do pai 
G#                C# 
  É a ternura que volta 
  F#m        B            C# 
E ouvem-no falar do homem novo 
A#                 D#m 
São os putos deste povo 
G#                   C#m 
  A aprenderem a ser homens. 
  
As caricas brilhando na mão 
A vontade que salta ao eixo 
E um puto que diz que não 
Se a "porrada" vier não deixo 
  
Um berlinde abafado na escola 
Um pião na algibeira sem cor 
E um puto que pede esmola 
Porque a fome lhe abafa a dor
 

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[Nivel 3] Carlos do Carmo - Trem Desmantelado

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Am                                                    E7 
Fui ontem ver um trem desmantelado 
                                                     Am 
Na Quinta do Zé Grande em Odivelas, 
G                                                     C 
Se há relíquias que são do velho fado 
E                E7                      Am 
Aquela traquitanas é uma delas ! 
G                                                     C 
Se há relíquias que são do velho fado 
E             E7                        Am 
Aquela traquitanas é uma delas ! 
 
Am                                                    E 
Foi lá que a Júlia Mendes certa vez 
     E7                                        Am 
Ferida de ciúme e paixão cega, 
G                                                     C 
Entrou no pátio velho de um Marquês 
E                 E7                       Am 
Para uma cena típica na Adega ! 
G                                                     C 
Entrou no pátio velho de um Marquês 
E                E7                     Am 
Para uma cena típica na Adega ! 
 
Am                                                    E 
Noite alta, canjirões, fado e rambóia 
      E7                                           Am 
O Zé da Praça entrou, fez burburinho, 
G                                                   C 
Trouxe a Júlia na frente para a Tipóia 
E                    E7                     Am 
E fizeram as pazes no caminho ! 
G                                                   C 
Trouxe a Júlia na frente para a Tipóia 
E7                                          Am 
E fizeram as pazes no caminho ! 
 
Am                                                    E 
Quantas ceias iguais de amor e fado, 
    E7                                             Am 
De ciúme e sangue, algumas delas, 
G                                               C 
Se viveram no trem desmantelado 
E                      E7                           Am 
Que eu vi hoje na Quinta de Odivelas ! 
G                                             C 
Se viveram no trem desmantelado 
E                  E7                             Am 
Que eu vi hoje na Quinta de Odivelas !
 

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[Nivel 3] Carlos do Carmo - Uma Flor de Verde Pinho

Código:
	Gm			Gm/F# 
  Eu podia chamar-te pátria minha 
	Fº			Cm	Eb/Bb 
  dar-te o mais lindo nome português 
	Am7(b5)			Gm	Gm/F 
  podia dar-te um nome de rainha 
	A	A7/C#		D 
  que este amor é de Pedro por Inês. 
 
	Gm			Cm 
  Mas não há forma não há verso não há leito 
	F	F7/Eb		Bb	Bb/A 
  para este fogo amor para este rio. 
	Eb			Cm 
  Como dizer um coração fora do peito? 
	Gm	Eb		D		 
  Meu amor transbordou. E eu sem navio. 
 
	Gm			Cm 
  Gostar de ti é um poema que não digo 
	F	F7/Eb		Bb	Bb/A 
  que não há taça amor para este vinho 
	Eb			Cm 
  não há guitarra nem cantar de amigo 
	Gm		D	Gm		 
  não há flor não há flor de verde pinho. 
 
	Gm			Cm 
  Não há barco nem há trigo não há trevo 
	F	F7/Eb		Bb	Bb/A 
  não há palavras para dizer esta canção. 
	Eb			Cm 
  Gostar de ti é um poema que não escrevo. 
	Gm	Eb		D		 
  Que há um rio sem leito. E eu sem coração.
 

edu_fmc

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Colocar aqui as partituras do Carlos do Carmo
 
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