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Caos em Paris

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A comunidade curda tem protestado contra o racismo e o ataque que, na sexta-feira, matou três pessoas em Paris.

Homenagem a vítimas curdas volta a terminar em violência em Paris



Depois dos protestos de sexta-feira em Paris, as manifestações de homenagem às três pessoas curdas que morreram num ataque alegadamente racista voltaram a gerar confrontos violentos.


Imagens das ruas da capital francesa demonstraram o caos provocado por alguns manifestantes, que arremessaram objetos em direção às autoridades.
Os vídeos recolhidos a partir das redes sociais mostram que muitos manifestantes estão a usar símbolos curdos, nomeadamente do PKK (o partido do Curdistão, que é considerada uma organização terrorista na Turquia), em homenagem ao ataque que chocou a comunidade em Paris.





Na sexta-feira, na Rue D'Enghien, um francês de 69 anos atacou a comunidade curda parisiense, matando três pessoas e deixando outras três feridas. O tiroteio ocorreu no 10.º Bairro parisiense, perto do Centro Cultural Curdo Ahmet-Kaya, no centro de Paris.


O homem já tinha sido detido por um ataque a um acampamento de migrantes, ferindo duas pessoas, em 2021. A polícia está a considerar o ataque de sexta-feira como tendo intenções racistas.


O presidente francês, Emmanuel Macron, publicou uma mensagem no Twitter após o ataque, vincando que "os curdos de França foram alvo de um odioso ataque no coração de Paris".


O ataque surge também pouco antes de se assinalar o 10.º aniversário do assassínio de três dos seus ativistas, a 10 de janeiro de 2013, por um radical turco que os executou com um tiro na nuca.


No final de sexta-feira, as autoridades policiais e políticas pediram aos manifestantes para se acalmarem, já que os protestos acabaram por se tornar também numa luta contra o racismo que a minoria curda tem vindo a sofrer um pouco por todo o mundo, obrigada a refugiar-se em vários países europeus e sem um Estado próprio.


Na Turquia, no Iraque e na Síria, a minoria curda tem sido uma das mais afetadas pela guerra na fronteira entre os vários países e pela presença do Estado Islâmico. O governo turco, aliás, continua a suprimir os direitos da comunidade curda no país, por considerar o PKK como uma organização terrorista e, no contexto da NATO, o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, tem dito que só aprovará a adesão da Finlândia e da Suécia se estes países também passarem a considerar o PKK terrorista.


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Governo do Curdistão condena ataque em Paris e apela à calma dos curdos


O governo da região autónoma do Curdistão iraquiano, no norte, condenou o ataque que esta sexta-feira provocou a morte de três curdos em Paris, e apelou à "calma" da comunidade curda em França.




Governo do Curdistão condena ataque em Paris e apela à calma dos curdos



"Condenamos veementemente o ataque aos curdos em Paris e expressamos as nossas condolências às famílias das vítimas, desejando também uma rápida recuperação aos feridos", salientou o governo curdo em comunicado.


Na mesma nota, as autoridades do Curdistão iraquiano apelaram aos "curdos na diáspora que mantenham a calma".


O governo da região autónoma do Iraque expressou também a sua "total confiança nas instituições do governo francês e no sistema judicial do país para tomar as medidas necessárias para proteger os curdos que vivem na França, bem como para responsabilizar o agressor e os criminosos".



Um cidadão francês de 69 anos, com antecedentes criminais por ataques racistas e que tinha saído da prisão no dia 11 deste mês, depois de ter atacado um acampamento de imigrantes, foi o autor do assassínio hoje de três curdos nas imediações de um centro cultural daquela comunidade na capital francesa, num tiroteio que também fez três feridos.


Um dos feridos encontra-se em estado crítico, segundo as autoridades.


O autor do massacre, um ferroviário reformado, tinha acesso a armas por fazer parte de um clube desportivo de tiro e não pertencia a qualquer grupo de extrema-direita, indicou o ministro do Interior francês.


"Os curdos de França foram alvo de um odioso ataque no coração de Paris. Os meus pensamentos estão com as vítimas, com as pessoas que lutam por sobreviver, as suas famílias e amigos", indicou na rede social Twitter o Presidente da República francês, Emmanuel Macron, prestando homenagem às forças de segurança "pela sua coragem e o seu sangue-frio".


O ataque provocou uma grande comoção na comunidade curda de França, que se prepara para assinalar o 10.º aniversário do assassínio de três dos seus ativistas, a 10 de janeiro de 2013, por um radical turco que os executou com um tiro na nuca.


Esse crime ocorreu muito perto da rua Enghien, no central 10.º bairro de Paris, em que está muito arreigada a comunidade curda da cidade e onde se situa o centro cultural que foi cenário do massacre de hoje.


O ataque desencadeou protestos por parte da comunidade curda junto, forçando a polícia francesa a utilizar gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.


Os incidentes começaram quando a multidão se deparou com um cordão de agentes policiais que protegiam o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, que ali se deslocou para avaliar o andamento da investigação e dirigir-se à imprensa.


O ministro do Interior francês indicou que os seus serviços não tinham identificado uma ameaça particular contra aquela comunidade, mas anunciou que reforçará a segurança nos seus centros enquanto a situação é analisada.


Disse também que o autor do tiroteio não estava sinalizado por radicalização, embora tenha confirmado que tinha antecedentes criminais por atos racistas.


Hoje ferido durante a sua detenção, o autor do tiroteio com três vítimas mortais será interrogado nas próximas horas para tentar apurar o móbil do seu crime.


A Procuradoria Antiterrorista aguarda esse interrogatório para determinar se se tratou ou não de um atentado terrorista.


Por enquanto, a investigação centra-se nos crimes de homicídio, tentativa de homicídio, violência voluntária e violação da legislação de porte de armas, indicou a procuradora do ministério público de Paris, Laure Beccau, que também se dirigiu ao local do ataque.




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Protestos em Paris após ataque que vitimou três pessoas.


O protesto aconteceu na mesma altura em que o ministro do Interior do país, Gérald Darmanin, discursava no local.

Protestos em Paris após ataque que vitimou três pessoas. Veja as imagens






Apesar de a polícia francesa ter pedido à população para se manter afastada da Rue d'Enghien, em Paris, França, onde pelo menos três pessoas morrerem e outras três ficaram feridas, naquilo que aparenta ser um ataque contra a comunidade curda, os cidadãos não cumpriram.


Estão já a circular nas redes sociais vídeos, como aquele que pode ver na galeria acima, que mostram a ocorrência de confrontos entre manifestantes curdos e a polícia.


De acordo com Le Figaro, encontram-se várias centenas de pessoas no local. Os manifestantes terão atacado a polícia de intervenção com bidões e projéteis, levando as autoridades a retaliar com a dispersão de gás lacrimogénio.


O protesto aconteceu na mesma altura em que o ministro do Interior do país, Gérald Darmanin, discursava no local, na sequência do ataque.



De recordar que o tiroteio desta sexta-feira, que ocorreu num bairro central de Paris, foi atribuído a um maquinista reformado de 69 anos, de nacionalidade francesa. Tinha já, anteriormente, sido acusado de duas tentativas de homicídio. Tudo aponta para que o crime cometido hoje tenha motivações "racistas".


O indivíduo encontra-se já sob custódia policial.




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Suspeito de tiroteio em Paris já tinha sido detido por atacar migrantes


Homem, de 69 anos e nacionalidade francesa, já havia sido acusado duas vezes de tentativa de homicídio.

Suspeito de tiroteio em Paris já tinha sido detido por atacar migrantes



O homem suspeito de matar três pessoas a tiro e ferir outras três, esta sexta-feira, em Paris, já tinha sido acusado de duas tentativas de homicídio.


De acordo com o Le Fígaro, o primeiro crime aconteceu em Seine-Saint-Denis, em 2016, quando esfaqueou um homem que o assaltou. O suspeito chegou mesmo a ser julgado, mas o Ministério Público (MP) recorreu e o caso ainda não transitou em julgado.


Anos mais tarde, a 8 de dezembro de 2021, o homem destruiu várias tendas de um acampamento de migrantes, no distrito de Bercy, com um sabre (uma espécie de espada). O ataque deixou duas pessoas feridas.


O homem foi indiciado por "violência racista com arma de fogo" e tentativa de homicídio, em fevereiro de 2022. Segundo a procuradora do MP de Paris, Laure Beccuau, o suspeito aguardava julgamento em prisão preventiva, mas foi libertado há cerca de 10 dias.


Perante estas informações e o facto de o tiroteio desta sexta-feira ter ocorrido dentro do Centro Cultural Curdo Ahmet Kaya, as autoridades acreditam que o maquinista reformado tinha também hoje "motivações racistas".


O presumível autor dos disparos era, contudo, desconhecido dos arquivos dos serviços secretos franceses e da Direção-Geral de Segurança Interna (DGSI), disseram as mesmas fontes.


"O assassino, também ferido com gravidade, foi transportado para o hospital, disse a responsável pelo 10.º Bairro de Paris, Alexandra Cordebard, citada pela agência noticiosa France-Presse (AFP).



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Tiroteio em Paris faz três mortos e três feridos. Atirador detido


Suspeito, de 69 anos, já tinha sido acusado de duas tentativas de homicídio.

Tiroteio em Paris faz três mortos e três feridos. Atirador detido






Pelo menos três pessoas morreram e três ficaram feridas, uma das quais com gravidade, esta sexta-feira, durante um tiroteio num bairro central de Paris, em França, revela o Le Figaro.


Segundo as primeiras informações, o tiroteio ocorreu na rua de Enghien, no 10.º Bairro parisiense, perto do Centro Cultural Curdo Ahmet-Kaya, no centro da capital francesa.


O atirador, de acordo com as autoridades, já foi detido. Apesar disso, a polícia pede a todos que se mantenham longe da Rue d'Enghien, onde ocorreu o incidente.


Suspeito já tinha sido acusado de duas tentativas de homicídio


Segundo o Le Figaro, o suspeito, de 69 anos e nacionalidade francesa, já tinha sido acusado de duas tentativas de homicídio, a primeira em 2016 e a segunda em 2021. Tudo aponta para que o crime cometido hoje tenha motivações "racistas".


À AFP, um lojista disse que ouviram "sete a oito tiros na rua" e que foi o "pânico total". "Sete a oito tiros na rua, foi o pânico total, ficamos trancados lá dentro [da loja]", disse à agência noticiosa um lojista de um prédio vizinho que pediu anonimato.




Emmanuel Grégoire, o vice-presidente da Câmara de Paris, já agradeceu à polícia a sua "intervenção rápida" e lamentou o sucedido no Twitter. A autarquia está agora a tentar entender o que aconteceu.


Também nas redes sociais, a polícia francesa pediu aos parisienses que "evitem passar pelo setor" abrangido pelo tiroteio, de forma a, também permitir a intervenção dos serviços de socorro e de emergência no bairro que engloba o Grand Rex e a Porta de Saint-Denis.



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Suspeito de morte de curdos em Paris presente a juíz na segunda-feira




O homem de 69 anos suspeito de matar três curdos em Paris na sexta-feira deixou hoje a ala psiquiátrica da sede da polícia e será presente a um juiz de instrução na segunda-feira, com vista a uma possível acusação.


Suspeito de morte de curdos em Paris presente a juíz na segunda-feira





A informação foi avançada pela procuradoria, que detalhou que o suspeito foi de novo levado sob custódia hoje à tarde, depois de no sábado, ao final do dia, ter sido hospitalizado numa unidade psiquiátrica.



O detido, que alega ter um "ódio patológico a estrangeiros", é um reformado francês que admitiu ter aberto fogo num centro cultural curdo e num salão de cabeleireiro em Paris, matando três curdos e ferindo outras três pessoas.


O homem, com antecedentes criminais por ataques racistas e libertado da prisão no dia 11 deste mês, tinha acesso a armas por fazer parte de um clube desportivo de tiro e não pertencia a qualquer grupo de extrema-direita, indicou, na altura, o ministro do Interior francês.


O suspeito enfrenta potenciais acusações de homicídio e tentativa de homicídio com um motivo racista, segundo o Ministério Público parisiense.


A investigação não conseguiu até agora estabelecer quaisquer ligações particulares com a comunidade curda, e nem a análise do seu telefone, nem do computador que tinha em casa dos pais estabeleceram qualquer relação com a ideologia de extrema-direita.



As investigações excluem, para já, o caráter terrorista da ação, como defendido por representantes da comunidade curda em França, que colocam a Turquia por detrás dos acontecimentos, ocorridos quase dez anos depois do assassinato a sangue frio de três militantes curdos muito próximo do local onde este tiroteio teve lugar.


De acordo com uma informação divulgada hoje pela procuradora parisiense Laure Beccuau, o autor do tiroteio confessou aos investigadores que tinha tentado levar a cabo o massacre mais cedo na cidade vizinha de Saint-Denis e que a sua intenção era cometer suicídio "depois de matar os estrangeiros".


De acordo com a declaração da procuradora, o suspeito afirmou que na sexta-feira de manhã se deslocou a Saint-Denis, cidade a norte de Paris conhecida por ser habitada por muitos imigrantes, com intenção de matar o máximo possível.


Embora estivesse a carregar a arma e munições, como não encontrou demasiadas pessoas desistiu do plano e regressou ao bairro onde vive, lembrando-se entretanto que havia ali um centro cultural curdo, comunidade que disse odiar por ter feito prisioneiros do autoproclamado Estado Islâmico (IS) e não os ter matado.


Ali cometeu o massacre, matando dois homens e uma mulher, os dois primeiros em frente ao centro cultural e o terceiro num restaurante curdo adjacente. Dois morreram no local, o terceiro no hospital.


O homem foi então para um cabeleireiro próximo, onde feriu mais três pessoas e onde foi desarmado por uma delas, até ser preso pelas forças de segurança.


Durante o interrogatório, que teve de ser adiado no sábado devido a problemas psiquiátricos, descreveu-se como "depressivo" e "suicida".


Afirmou que o seu ódio aos estrangeiros começou quando em 2016 sofreu um roubo em sua casa.


Ao procurador, disse que "a única coisa" que lamenta é "não ter cometido suicídio", algo que planeia fazer "um dia", mas "não sem primeiro levar o maior número possível de inimigos", referindo-se a "todos os estrangeiros não europeus".


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Comunidade curda em Paris marcha em homenagem às vítimas do ataque


Protesto foi organizado pelo Conselho Democrático Curdo em França e partiu do local onde as três vítimas foram baleadas.



Comunidade curda em Paris marcha em homenagem às vítimas do ataque





Membros da comunidade curda participam, esta segunda-feira, numa marcha organizada pelo Conselho Democrático Curdo em França em homenagem às vítimas do ataque mortal de sexta-feira, em Paris.


"É um dia de meditação", afirmou à BFMTV Agit Polat, organizador da marcha, que visa homenagear as vítimas, mas também "condenar estes atos terroristas e denunciar a impunidade dos crimes políticos".


O percurso começou no local onde as três vítimas foram baleadas.


O protesto acontece no dia em que o suspeito do ataque será presente a um juiz de instrução, com vista a uma possível acusação. O homem, de 69 anos, deixou ontem a ala psiquiátrica da sede da polícia


O detido, que alega ter um "ódio patológico a estrangeiros", é um reformado francês que admitiu ter aberto fogo num centro cultural curdo e num salão de cabeleireiro em Paris, matando três curdos e ferindo outras três pessoas.


O homem, com antecedentes criminais por ataques racistas e libertado da prisão no dia 11 deste mês, tinha acesso a armas por fazer parte de um clube desportivo de tiro e não pertencia a qualquer grupo de extrema-direita, indicou, na altura, o ministro do Interior francês.


O suspeito enfrenta potenciais acusações de homicídio e tentativa de homicídio com um motivo racista, segundo o Ministério Público parisiense.



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Suspeito do ataque contra curdos em Paris acusado de homicídio e detido




O reformado francês de 69 anos suspeito de ter morto na sexta-feira três curdos e ferido outras três pessoas em Paris, que reconheceu "ódio patológico aos estrangeiros", foi hoje acusado formalmente e detido preventivamente, indicou uma fonte judicial.


Suspeito do ataque contra curdos em Paris acusado de homicídio e detido





O suspeito, um ex-maquinista ferroviário, foi indiciado por homicídio e tentativa de homicídio por motivos de raça, de etnia, de nação e de religião, e ainda por aquisição e posse não autorizada de arma, precisou a mesma fonte citada pela agência noticiosa France-Presse (AFP).


Hoje, centenas de pessoas voltaram a concentrar-se em Paris numa marcha em homenagem às vítimas.


A par dos três curdos mortos a tiro no centro de Paris -- Emine Kara, uma responsável pelo movimento das mulheres curdas em França, e dois homens, incluindo o artista e refugiado político Mir Perwer --, o suspeito feriu outras três pessoas, incluindo uma com gravidade.


O ataque de sexta-feira provocou uma forte reação da comunidade curda, que denunciou um ato "terrorista" e apontou responsabilidades à Turquia.


Em reação, o embaixador francês na Turquia foi hoje convocado pelo Governo turco, com Ancara a protestar pelo que definiu de "propaganda anti-Turquia" em França após a morte dos três curdos.


"Manifestamos o nosso descontentamento face à propaganda desencadeada pelos círculos do PKK [Partido dos Trabalhadores do Curdistão, a guerrilha curda] contra o nosso país, com o Governo francês e certos políticos a serem utilizados como instrumentos de propaganda", indicou uma fonte diplomática turca citada pela AFP.


Também hoje, e após uma homenagem às vítimas de sexta-feira, uma marcha percorreu uma outra rua parisiense onde três militantes do PKK foram mortos em 09 de janeiro de 2013, um caso ainda não esclarecido.


Os manifestantes ecoaram em curdo "Os nossos mártires não morrem", e em francês "Mulheres, vida, liberdade", exigindo "verdade e justiça".


O motivo racista do crime perpetrado na sexta-feira parece confirmar-se, com o suspeito, definido como "depressivo" e "suicidário", a revelar aos investigadores que sempre sentiu "necessidade de assassinar migrantes, estrangeiros", após ter sido assaltado em 2016, indicou a procuradora de Paris, Laure Beccuau.


Na sexta-feira, deslocou-se inicialmente a Santi-Denis, um bairro popular a norte de Paris, com uma "pistola automática Colt 45 de calibre 11,43", para "cometer mortes contra pessoas estrangeiras", segundo a procuradora.


Mas renunciou "a praticar o ato, devido às poucas pessoas no local e pelo facto de a roupa que usava o impedir de recarregar a arma facilmente", precisou.


De seguida, regressou a casa dos pais, e pouco antes do meio-dia dirigiu-se a um bairro parisiense onde sabia existir um centro cultural curdo, que atacou a tiro.


"Ao indicar pretender 'atingir' todos os migrantes, afirmou ter selecionado vítimas que não conhecia, precisando que queria atingir os curdos por terem feito prisioneiros durante o seu combate contra o Daesh [acrónimo em árabe do grupo 'jihadista' Estado Islâmico] em vez de os matarem", afirmou o Ministério Público.


O suspeito "tinha a intenção de utilizar todas as munições e de se suicidar com a última bala", masfoi manietado por diversas pessoas num salão de cabeleireiro das proximidades antes de ser detido pela polícia, prosseguiu a mesma fonte.


Os primeiros elementos da investigação não permitiram estabelecer "qualquer relação com uma ideologia extremista".


Já condenado em 2017 por porte de arma proibida e em junho por agressões com armas sobre assaltantes -- factos que referiu durante a detenção --, foi indiciado em dezembro de 2021 por violências com armas, com premeditação e características racistas.


O detido é ainda suspeito de ter ferido com uma arma branca migrantes num acampamento em Paris em 08 de dezembro de 2021. Após um ano de prisão preventiva, foi libertado em 12 de dezembro passado.


O facto de a pista de atentado terrorista não ter sido admitida pelas autoridades suscitou revolta e incompreensão, com manifestações desde sábado em diversas cidades francesas, algumas a degenerarem em tumultos e confrontos com a polícia.

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