• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Cancro do pénis

Luz Divina

GF Ouro
Entrou
Dez 9, 2011
Mensagens
5,990
Gostos Recebidos
0





Cancro do pénis



Os sinais de alarme que não pode ignorar



O cancro do pénis é um «tumor maligno, que atinge normalmente a glande peniana e tem uma elevada taxa de agressividade e mortalidade», refere Nuno Monteiro Pereira, urologista.


Trata-se de um tipo de tumor raro, principalmente nos países desenvolvidos, onde o nível de vida e a cultura da saúde favorecem os bons hábitos de higiene, essenciais para a prevenção da doença.


De acordo com a American Cancer Society, cerca de 95 por cento destes cancros desenvolvem-se a partir de células escamosas, da glande ou do prepúcio, caracterizando-se, segundo o urologista, como uma «ferida persistente que não cicatriza».


Sinais de alarme




  • Ferida persistente que não cicatriza


  • Lesão indolor sob a forma de um nódulo, pequeno e arredondado, ou mancha avermelhada, que aumenta de volume lentamente


  • Alteração da espessura da pele do pénis


  • Inchaço na extremidade do pénis


  • Endurecimento do pénis


  • Alteração no odor, em fase avançada

Embora se possa tratar de uma situação benigna, caso detecte os sintomas acima descritos, assim como erosão da pele, úlcera, dor ou irritação no prepúcio, pénis ou na glande, é aconselhável que procure um médico urologista, logo que possível, para que o especialista possa fazer um diagnóstico.



As principais causas



Os cientistas acreditam que os tumores no pénis são causados pelas secreções que se acumulam por baixo do prepúcio, provocando uma irritação persistente e o consequente desenvolvimento de infecções que podem favorecer a transformação maligna das células.

Assim se explica que os homens circuncidados tenham menos probabilidade de o desenvolver.


Segundo a American Cancer Society em cerca de 50 por cento dos casos é detectada a infecção do vírus do Papiloma Humano (HPV).


Este dado leva alguns investigadores a defender a teoria desta infecção poder ser uma das causas deste tipo de tumor. De acordo com o urologista da Clínica do Homem e da Mulher, «essa suspeita ainda não foi cientificamente comprovada».



Grupos de risco



Os investigadores consideram que esta doença, associada à falta de cuidados de higiene, ocorre em idade avançada, geralmente a partir dos 70 anos.


Nuno Monteiro Pereira refere que «não é frequente nos jovens. A falta de higiene ao longo da vida promove as alterações tróficas lentas» que mais tarde podem degenerar num tumor.


O urologista da Clínica do Homem e da Mulher destaca, ainda, a importância do rastreio para as pessoas que padecem de fimose (incapacidade de retrair o prepúcio), existindo «um maior risco porque não permite uma boa limpeza nem a detecção de uma possível ferida».



Como prevenir



O factor mais importante para a prevenção desta doença é uma boa higiene genital.

O uso do preservativo diminui a infecção das doenças sexualmente transmissíveis, nomeadamente o HPV, embora não proteja totalmente, sendo que este vírus é transmitido não só através do contacto dos fluidos genitais, como pelo contacto da pele.


«Outro factor terrível é a vergonha que os doentes sentem ao falar deste assunto», refere Nuno Monteiro Pereira.
Segundo o especialista, os doentes «podem suspeitar de qualquer coisa, mas como se trata do pénis, adiam a ida ao médico, o tumor avança e numa certa altura o tratamento pode já ser tardio».


Deste modo, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais hipóteses o doente tem de se curar e de evitar uma intervenção radical que pode implicar a amputação parcial ou total do pénis.


Como tratar?



A cirurgia é o principal método de tratamento para quase todos os tipos de cancros do pénis. O tratamento é feito através da extracção cirúrgica da lesão maligna e dos tecidos circundantes que possam ter sido invadidos.


No caso de ser detectado na fase inicial, o tumor pode ser eliminado através de sessões de braquiterapia (um tipo de radioterapia local que utiliza agulhas radioactivas que entram em contacto directo com o tumor de modo a não afectar os tecidos vizinhos) e quimioterapia que «só se faz em casos avançados, ou seja, quando o tumor se expande para as zonas envolventes e depois para outras partes do corpo», afirma Nuno Monteiro Pereira.


A circuncisão pode curar cancros que estão limitados ao prepúcio. A técnica é também por vezes usada aquando da terapia de radiação, já que esta terapia causa inchaço e o estreitamento prepucial, havendo possibilidade de originar outros problemas, nomeadamente infecções e obstruções urinárias.



Tratamentos limite



«Não é necessário estar numa fase muito avançada para se proceder à amputação do pénis», refere o urologista.

Por se tratar de um tumor bastante agressivo que se pode espalhar precocemente, Nuno Monteiro Pereira refere que «a amputação pode ser apenas na zona da glande ou de todo o pénis.»

«Nas situações mais avançadas há mesmo a possibilidade de se extrair os testículos», acrescenta.
«A amputação tem efeitos complicados. A perda do pénis parcial ou total é dramática, não só ao nível da auto-estima e da auto-imagem do homem, como também para a sua função sexual.

Um homem que perde o seu pénis nunca mais se sentirá o mesmo, particularmente no que se refere à sua masculinidade», refere o urologista.


A taxa de sucesso dos tratamentos é muito variável, dependendo do grau em que o cancro for detectado. Os cuidados preventivos e a procura de ajuda especializada logo que surjam os primeiro sinais são pois estratégias essenciais. Como refere Nuno Monteiro Pereira, caso este cancro seja «tratado precocemente, a pessoa pode ficar curada.»



sapo/saudehomem









 
Topo