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Calvície feminina tem causas genéticas e hormonais
Na mulher, mais do que no homem, o cabelo saudável e abundante completa o seu charme. Por isso, as doenças do couro cabeludo são um problema. Na maioria dos casos, remediável.
É extremamente desagradável, para muitas mulheres, verificar o prenúncio de uma calvície, o enfraquecimento do cabelo. Há muitas doenças que podem causar a queda do cabelo, ou do próprio folículo: malformações, doenças sistémicas do couro cabeludo e também medicamentos.
«São situações típicas de pós-parto, transitórias, em que o cabelo habitualmente recupera em parte, e outras ainda de forma telogénica, dietas de emagrecimento, anemia, stress, etc.» Estes esclarecimentos são do Prof. Doutor António Pinto Soares, dermatologista no Hospital do Desterro, que refere, no entanto, serem estes casos especiais.
«Quando se fala em calvície feminina é quando a mulher vai, progressivamente, ficando com o cabelo mais fraco, mais ralo e mais fino, a partir da zona frontal», continua o especialista. Este problema é, afinal, semelhante ao da calvície masculina, mas com um grau diferente de intensidade.
Segundo o especialista, esta doença tem uma base genética e outra hormonal. A base genética é a que consiste em receptores para as hormonas masculinas, que as mulheres também têm.
«Faz com que a mulher não fique sem cabelo nenhum na zona do meio da cabeça, embora o enfraqueça e rareie. Há muitas outras causas que podem levar à calvície», afirma António Pinto Soares.
Tratamentos úteis e ilusórios
A designação alopecia androgenética e o termo alopecia têm mais de dois mil anos. São atribuídos a Hipócrates, que os associou com a perda do pêlo das raposas, em determinada época do ano.
«Esta alegoria tem, normalmente, causas genéticas e hormonais. Na mulher existe determinado tipo de hormonas chamadas antiandrógenas, eventualmente associadas ao uso da pílula e que podem fazer suspender a evolução dessa doença», diz o médico, informando que determinados produtos aplicados no local podem estimular o crescimento de pêlos, embora de forma inespecífica.
António Pinto Soares alerta para uma série de artigos à venda no mercado, especialmente ampolas, os quais são publicitados como prevenção da queda capilar: «Não têm eficácia. Não fazem bem nem mal, são meros placebos, e normalmente caros. O problema deve ser orientado apenas pelo médico especialista.»
Qual é, então, o tratamento adequado? «Pode ser com antibiótico. Se for portadora de sífilis e começar a ter peladas e a ver cair o cabelo, o problema pode resolver-se com uma injecção de penicilina», explica, adiantando que há outras doenças graves que podem conduzir à sua perda total.
Mulheres carecas e com barba
No sexo masculino, se estiver geneticamente predisposto, o cabelo começa a enfraquecer por volta dos 20 anos e a calvície surge precocemente.
«Há homens de 30 anos que só têm uma coroa de cabelo à volta da cabeça», diz o especialista, adiantando que, nas mulheres, a acção das hormonas andrógenas manifesta-se um pouco mais tarde. No sexo feminino, deixa de haver hormonas femininas e mantêm-se algumas masculinas. Tem a ver com a menopausa. «Nas mulheres idosas, além de lhes cair o cabelo, começa a crescer a barba, o que é devido às hormonas masculinas que lhes restam.»
A explicação é que a variação hormonal na mulher é cíclica, com o período. Interfere com a gravidez e com a menopausa. Já no homem, esse processo é contínuo, sem esse tipo de sobressaltos.
«Existem loções próprias para estimular o crescimento do cabelo, que devem ser conduzidas pelo especialista. Shampôs que, quando correctamente aplicados, corrigem por vezes, ou ajudam a dar volume, o que minimiza o aspecto», refere António Pinto Soares.
Para as mulheres que fizeram dietas de emagrecimento existem alguns suplementos dietéticos. Mas há casos em que o cabelo não volta mais, como sublinha o especialista: «Se o folículo for destruído, já não há nenhuma hipótese. Nenhuma espécie de adubo é capaz de fazer voltar a florescer uma nova planta.»
Rolando Raimundo
A responsabilidade editorial e científica desta informação é da
revista ExKlusiva

Na mulher, mais do que no homem, o cabelo saudável e abundante completa o seu charme. Por isso, as doenças do couro cabeludo são um problema. Na maioria dos casos, remediável.
É extremamente desagradável, para muitas mulheres, verificar o prenúncio de uma calvície, o enfraquecimento do cabelo. Há muitas doenças que podem causar a queda do cabelo, ou do próprio folículo: malformações, doenças sistémicas do couro cabeludo e também medicamentos.
«São situações típicas de pós-parto, transitórias, em que o cabelo habitualmente recupera em parte, e outras ainda de forma telogénica, dietas de emagrecimento, anemia, stress, etc.» Estes esclarecimentos são do Prof. Doutor António Pinto Soares, dermatologista no Hospital do Desterro, que refere, no entanto, serem estes casos especiais.
«Quando se fala em calvície feminina é quando a mulher vai, progressivamente, ficando com o cabelo mais fraco, mais ralo e mais fino, a partir da zona frontal», continua o especialista. Este problema é, afinal, semelhante ao da calvície masculina, mas com um grau diferente de intensidade.
Segundo o especialista, esta doença tem uma base genética e outra hormonal. A base genética é a que consiste em receptores para as hormonas masculinas, que as mulheres também têm.
«Faz com que a mulher não fique sem cabelo nenhum na zona do meio da cabeça, embora o enfraqueça e rareie. Há muitas outras causas que podem levar à calvície», afirma António Pinto Soares.
Tratamentos úteis e ilusórios
A designação alopecia androgenética e o termo alopecia têm mais de dois mil anos. São atribuídos a Hipócrates, que os associou com a perda do pêlo das raposas, em determinada época do ano.
«Esta alegoria tem, normalmente, causas genéticas e hormonais. Na mulher existe determinado tipo de hormonas chamadas antiandrógenas, eventualmente associadas ao uso da pílula e que podem fazer suspender a evolução dessa doença», diz o médico, informando que determinados produtos aplicados no local podem estimular o crescimento de pêlos, embora de forma inespecífica.
António Pinto Soares alerta para uma série de artigos à venda no mercado, especialmente ampolas, os quais são publicitados como prevenção da queda capilar: «Não têm eficácia. Não fazem bem nem mal, são meros placebos, e normalmente caros. O problema deve ser orientado apenas pelo médico especialista.»
Qual é, então, o tratamento adequado? «Pode ser com antibiótico. Se for portadora de sífilis e começar a ter peladas e a ver cair o cabelo, o problema pode resolver-se com uma injecção de penicilina», explica, adiantando que há outras doenças graves que podem conduzir à sua perda total.
Mulheres carecas e com barba
No sexo masculino, se estiver geneticamente predisposto, o cabelo começa a enfraquecer por volta dos 20 anos e a calvície surge precocemente.
«Há homens de 30 anos que só têm uma coroa de cabelo à volta da cabeça», diz o especialista, adiantando que, nas mulheres, a acção das hormonas andrógenas manifesta-se um pouco mais tarde. No sexo feminino, deixa de haver hormonas femininas e mantêm-se algumas masculinas. Tem a ver com a menopausa. «Nas mulheres idosas, além de lhes cair o cabelo, começa a crescer a barba, o que é devido às hormonas masculinas que lhes restam.»
A explicação é que a variação hormonal na mulher é cíclica, com o período. Interfere com a gravidez e com a menopausa. Já no homem, esse processo é contínuo, sem esse tipo de sobressaltos.
«Existem loções próprias para estimular o crescimento do cabelo, que devem ser conduzidas pelo especialista. Shampôs que, quando correctamente aplicados, corrigem por vezes, ou ajudam a dar volume, o que minimiza o aspecto», refere António Pinto Soares.
Para as mulheres que fizeram dietas de emagrecimento existem alguns suplementos dietéticos. Mas há casos em que o cabelo não volta mais, como sublinha o especialista: «Se o folículo for destruído, já não há nenhuma hipótese. Nenhuma espécie de adubo é capaz de fazer voltar a florescer uma nova planta.»
Rolando Raimundo
A responsabilidade editorial e científica desta informação é da
revista ExKlusiva