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Caça - Época antecipada

jamila

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Época de caça antecipada devido aos efeitos da seca
Calendário Coelho com época mais curta, a começar logo em Setembro no regime livre, e rola só a 21 de Agosto Zonas de caça estão a dar água e alimentos a algumas espécies venatórias

Vão ser antecipadas as datas de abertura da caça de algumas espécies, segundo decisão do Governo, que já enviou uma portaria sobre o assunto para publicação no "Diário da República". A justificação desta mudança alega a necessidade de minimizar os efeitos negativos da seca nos recursos cinegéticos. Alguns acertos de calendário vão ser feitos na abertura e fecho da época venatória. A portaria mantém o mesmo número de dias de caça e as mesmas espécies, mas antecipa datas.

A principal alteração ocorrerá com a antecipação da caça ao coelho-bravo e lebre que, nos terrenos ordenados, poderá ser feita entre 4 de Setembro e 30 de Novembro e nos terrenos não- ordenados abre a 2 de Outubro, prolongando-se só até 27 de Novembro. Neste último regime será idêntico o período de caça à perdiz que, nas reservas, pode ser alvo dos caçadores entre 2 de Outubro e 31 de Dezembro.
 

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Recusado alargamento

Segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, havia em cima da mesa propostas dos caçadores para o alargamento do período venatório e das espécies, mas tal não foi considerado viável em termos ambientais pelo Instituto de Conservação da Natureza (ICN), que deu também o seu parecer sobre as espécies migratórias que poderão ser caçadas. Em relação a estas (rola, patos, galeirão, galinha- d'água e pombos bravo, torcaz e da rocha), a época começa em 21 de Agosto.

De acordo com Rui Nobre Gonçalves, a tendência será para que o Executivo regule cada vez menos a actividade dos terrenos ordenados "deixando a gestão da caça e da época venatória nas mãos dos gestores desses terrenos". O impedimento, por enquanto, será o de essa gestão de terrenos de caça associativos, turísticos e municipais "ainda não ser muito uniforme em todo o território".

"Dentro das zonas de caça não faz sentido dizer quando se deve acabar ou começar a caçar", garante Arménio lança, da Confederação Nacional de Caçadores Portugueses. "A questão da seca só se coloca no terreno não ordenado, pois no ordenado os gestores fornecem alimento e água às espécies", refere Arménio Lança. Apesar disso, admite que algumas espécies poderão ressentir-se este ano no domínio da reprodução. Ainda para o mesmo dirigente associativo, no que toca a espécies migratórias, o calendário, o número de dias de caça e de exemplares devem ser iguais para os dois regimes.

Uma das maiores críticas ao novo calendário por parte da Confederação Nacional de Caçadores Portugueses diz respeito ao agendamento para 21 de Agosto (e não para 15) do começo da caça às rolas. "Retardando-se a data, isso implica que os exemplares já estão a caminho do Sul", diz Arménio Lança, que considera dever ter sido tomada em conta a diversidade geográfica portuguesa.
 

jamila

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Santuários

O abebeberamento e criação de condições de alimentação para espécies em risco é uma medida que o presidente da Liga para a Protecção da Natureza advoga, reconhecendo que tal papel estará a ser cumprido nas coutadas. Mas Eugénio Sequeira afirma que, este ano, há diversas espécies em risco. Os mais sensíveis serão o coelho e a lebre, por falta de pasto. Havendo falta de pasto, as coelhas não produzem leite, ficando as crias em risco de sobrevivência. A perdiz também tem tido falta de grão para se alimentar, dada a crise na produção de cereais provocada pela seca. A observação decorre de algumas situações onstatadas no terreno, em espécies não venatórias. Por exemplo, cegonhas com três crias lançam uma ou duas para fora do ninho.

"As espécies venatórias devem estar nas mesmas circunstâncias", comenta este especialista em desertificação, para acrescentar que a época de nidificação se deve ter antecipado este ano em 15 dias e isso vai corresponder a uma fraqueza dos exemplares. "Se isso aconteceu", adverte, vai haver menos exemplares a atingir a maioridade e um efeectivo mais baixo, com reflexos nos anos seguintes".

"Devia haver cuidados especiais e criar zonas interditas à caça, como refúgio", sugere ainda Eugénio Sequeira, alertando para a probabilidade de "para o ano não haver animais para criar nem para caçar".
 
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