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Atlântico tira o chapéu a Leonard Cohen

nuno29

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O Pavilhão Atlântico rendeu-se, esta quinta-feira à noite, aos pés de Leonard Cohen. Numa sala praticamente esgotada, o músico e compositor canadiano desfiou os mais conhecidos êxitos da carreira. O público correspondeu, cantou com ele e aplaudiu de pé.

Quem pensar que os 74 anos de Cohen já pesam, desengane-se! O espectáculo durou quase três horas e Leonard Cohen nunca desarmou. Mostrou que a voz quente ainda está para durar e que ainda tem unhas que tocam guitarra. Resumindo, Leonard Cohen mostrou aos fãs do Atlântico porque é que ainda pode dizer: «I'm Your Man».

«Dance Me To The End Of Love» teve honras de abertura, pouco passava das 21h00. Depois, foram quase três horas de êxitos (eram praticamente 00h00 quando o espectáculo terminou), que atravessaram décadas. Um espectáculo transversal, tal como o público que assistia, cujas idades iam dos vintes aos sessentas. Uns e outros trautearam temas como «I¿m Your Man», «Sisters of Mercy», «Suzanne» ou o mítico «Hallelujah».

Cohen repetiu várias vezes o agrado por tocar em Portugal e reforçou que, «numa altura em que tantos sofrem, é uma honra tocar num lugar pacífico». Antes de se despedir, com «I Tried to Leave You», pediu para sermos «gentis» e desejou: «se caírem, caiam para o lado certo da sorte».

No longo espectáculo, Leonard Cohen sempre mostrou grande respeito pelo público - tirou sempre o chapéu (imagem de marca do músico) para agradecer os aplausos - e pelos músicos que o acompanharam - por duas vezes os apresentou e por duas vezes os presenteou com vénias. Sempre que houve um solo de um dos músicos ou das vozes que o acompanharam, fez questão de se retirar das luzes dos holofotes e tirar o chapéu. Ouviu-os de olhos fechados, com notória emoção.

Além da energia que ainda se traduz na voz quente com que Leonard Cohen sempre nos habituou, o público do Atlântico pôde vê-lo brilhar nas teclas e na guitarra. Não se fez rogado nos encores e vê-se que Cohen ainda canta com muito prazer. Saiu sempre do palco aos saltos, como se fosse uma criança. Onde estão os 74 anos, Leonard Cohen?!


iol
 
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