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Assassino do ator brasileiro Rafael Miguel condenado a 98 anos de prisão
Crime aconteceu em 2019.
A Primeira Vara do Júri do Tribunal de Justiça da cidade brasileira de São Paulo condenou, no final da noite desta sexta-feira, a 98 anos de prisão o comerciante Paulo Cupertino, acusado de, em 2019, ter assassinado o jovem ator brasileiro Rafael Henrique Miguel, na época com 22 anos, e os pais dele na zona sul da capital paulista. A sentença foi decretada pelo juiz António Carlos Pontes de Souza depois de dois dias de tenso julgamento e de os sete jurados terem considerado Cupertino culpado.
De acordo com o que o tribunal considerou provado, Paulo Cupertino, descrito ao longo do processo como um homem extremamente violento e possessivo, que a vida inteira sufocou e espancou a filha, Isabela, e a mulher, Vanessa, matou Rafael Miguel, o pai do jovem, João Alcísio Miguel, e a mãe, Míriam Selma Silva Miguel, por não aceitar o namoro do ator com a filha, então com 18 anos. O triplo homicídio aconteceu à entrada da casa de Cupertino, onde Rafael Miguel e os pais tinham ido numa tentativa de conciliação e de convencerem o comerciante a permitir o namoro, garantindo que as intenções do jovem eram sérias e que ele e Isabela gostavam um do outro.
Segundo a investigação da Polícia Civil de São Paulo, Paulo Cupertino nem deu tempo de o ator e os pais falarem, assim que eles chegaram empunhou duas armas e disparou pelo menos 12 tiros à queima-roupa contra as vítimas, que morreram instantaneamente no local. Rafael Miguel, o primeiro a ser alvejado, foi atingido com sete tiros, o pai dele com três e a mãe com dois.
Ato contínuo, e parecendo ter tudo planeado, Cupertino correu para o carro, estacionado numa rua próxima, e fugiu, segundo a polícia com o auxílio de dois vizinhos e amigos, também levados a julgamento mas ilibados por falta de provas. Durante três anos, Cupertino esteve a monte, conseguindo escapar da polícia mudando constantemente de cidade, de estado e tendo até ido para países vizinhos, e trocando de aparência e de identidade.
Há pouco mais de um ano, foi descoberto escondido num hotel perto da antiga casa, disfarçado de idoso afável e discreto, que usava uma bengala para se locomover. Altivo e arrogante, o agora condenado a quase um século de prisão, manteve-se durante todo o julgamento de cabeça erguida, encarando tanto os promotores que o acusaram quanto a família das vítimas.
Cupertino já tinha sido julgado em outubro do ano passado, mas, numa atitude teatral, pouco antes de a sentença ter sido anunciada destituiu os advogados, o que tornou esse julgamento nulo. No julgamento que terminou já na madrugada deste sábado, pelo horário português, esperava-se que ele tomasse alguma outra medida que adiasse mais uma vez a esperada condenação, mas isso não aconteceu.
Rafael Miguel, que teve passagens por várias emissoras de televisão e fez sucesso na série “Chiquititas”, ficou famoso no Brasil inteiro ainda muito novo, ao protagonizar um anúncio televisivo em que um menino de cinco ou seis anos exigia que a mãe lhe desse Brocolis e outras verduras, pois faziam bem à saúde, exatamente o oposto do que as crianças dessa idade geralmente fazem. Após esse sucesso estrondoso no anúncio televisivo começou a ser chamado para várias produções, mas a brutalidade do pai da jovem por quem se apaixonou interrompeu essa carreira de sucesso e a vida dele.
Correio da Manhã

Crime aconteceu em 2019.
A Primeira Vara do Júri do Tribunal de Justiça da cidade brasileira de São Paulo condenou, no final da noite desta sexta-feira, a 98 anos de prisão o comerciante Paulo Cupertino, acusado de, em 2019, ter assassinado o jovem ator brasileiro Rafael Henrique Miguel, na época com 22 anos, e os pais dele na zona sul da capital paulista. A sentença foi decretada pelo juiz António Carlos Pontes de Souza depois de dois dias de tenso julgamento e de os sete jurados terem considerado Cupertino culpado.
De acordo com o que o tribunal considerou provado, Paulo Cupertino, descrito ao longo do processo como um homem extremamente violento e possessivo, que a vida inteira sufocou e espancou a filha, Isabela, e a mulher, Vanessa, matou Rafael Miguel, o pai do jovem, João Alcísio Miguel, e a mãe, Míriam Selma Silva Miguel, por não aceitar o namoro do ator com a filha, então com 18 anos. O triplo homicídio aconteceu à entrada da casa de Cupertino, onde Rafael Miguel e os pais tinham ido numa tentativa de conciliação e de convencerem o comerciante a permitir o namoro, garantindo que as intenções do jovem eram sérias e que ele e Isabela gostavam um do outro.
Segundo a investigação da Polícia Civil de São Paulo, Paulo Cupertino nem deu tempo de o ator e os pais falarem, assim que eles chegaram empunhou duas armas e disparou pelo menos 12 tiros à queima-roupa contra as vítimas, que morreram instantaneamente no local. Rafael Miguel, o primeiro a ser alvejado, foi atingido com sete tiros, o pai dele com três e a mãe com dois.
Ato contínuo, e parecendo ter tudo planeado, Cupertino correu para o carro, estacionado numa rua próxima, e fugiu, segundo a polícia com o auxílio de dois vizinhos e amigos, também levados a julgamento mas ilibados por falta de provas. Durante três anos, Cupertino esteve a monte, conseguindo escapar da polícia mudando constantemente de cidade, de estado e tendo até ido para países vizinhos, e trocando de aparência e de identidade.
Há pouco mais de um ano, foi descoberto escondido num hotel perto da antiga casa, disfarçado de idoso afável e discreto, que usava uma bengala para se locomover. Altivo e arrogante, o agora condenado a quase um século de prisão, manteve-se durante todo o julgamento de cabeça erguida, encarando tanto os promotores que o acusaram quanto a família das vítimas.
Cupertino já tinha sido julgado em outubro do ano passado, mas, numa atitude teatral, pouco antes de a sentença ter sido anunciada destituiu os advogados, o que tornou esse julgamento nulo. No julgamento que terminou já na madrugada deste sábado, pelo horário português, esperava-se que ele tomasse alguma outra medida que adiasse mais uma vez a esperada condenação, mas isso não aconteceu.
Rafael Miguel, que teve passagens por várias emissoras de televisão e fez sucesso na série “Chiquititas”, ficou famoso no Brasil inteiro ainda muito novo, ao protagonizar um anúncio televisivo em que um menino de cinco ou seis anos exigia que a mãe lhe desse Brocolis e outras verduras, pois faziam bem à saúde, exatamente o oposto do que as crianças dessa idade geralmente fazem. Após esse sucesso estrondoso no anúncio televisivo começou a ser chamado para várias produções, mas a brutalidade do pai da jovem por quem se apaixonou interrompeu essa carreira de sucesso e a vida dele.
Correio da Manhã