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O filho da idosa de 77 anos que morreu a 28 de abril, na sequência do apagão que condicionou o fornecimento de eletricidade em Portugal e em Espanha, só terá pedido socorro quando o ventilador mecânico da mãe chegou aos 0% de bateria, ao contrário do que veiculou publicamente, de acordo com o projeto de relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) ao caso.
Ouvido pela IGAS, o homem disse ter ligado para o 112 às 15h47, quando a bateria do ventilador estava a 50%. O filho da vítima reiterou a mesma informação em declarações à comunicação social, e apontou que, quando o socorro chegou, a mãe já tinha morrido.
"Quando liguei para o INEM [a bateria] estava a 50%. A bateria gastou, meti o oxigénio e eles não apareceram. Disseram que já vinham, demoraram. Quando chegaram a minha mãe estava morta a olhar para mim", disse, na altura, à RTP.
Contudo, o projeto de relatório ao caso citado esta sexta-feira pelo Jornal de Notícias (JN) concluiu que “a informação veio a revelar-se incorreta face aos registos dos alarmes do equipamento disponibilizados pela empresa fornecedora”. Os dados indicam, assim, que a bateria interna foi acionada às 11h31 e desligou-se às 15h17, o que deu azo a uma janela de atuação de três horas e 45 minutos.
“Apesar da existência de alarmes visuais e sonoros de bateria crítica, o acionamento dos serviços de emergência médica (112) apenas ocorreu após a descarga completa do equipamento e, aparentemente, após a utente entrar em paragem cardiorrespiratória, estimando-se um intervalo de cerca de 30 minutos entre esse momento e a chegada da VMER ao local”, avançou aquele meio.
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