- Entrou
- Ago 4, 2007
- Mensagens
- 50,125
- Gostos Recebidos
- 1,215
Mais um importante passo na luta contra o Alzheimer. Conforme noticia a Fox News, os cientistas poderão ter descoberto uma forma de reverter a doença num estudo feito com animais.
A pesquisa, levada a cabo pelo University Hospitals Cleveland Medical Center, apurou que a restauração de uma molécula central de energia celular no cérebro de ratos reverteu os marcadores da doença, incluindo alterações cerebrais e declínio cognitivo.
Os investigadores analisaram dois modelos de ratos com Alzheimer, assim como o tecido cerebral humano com a doença, e perceberam níveis elevados de declínio do NAD+.
A NAD+, note-se, é uma enzima essencial para a produção de energia, manutenção e saúde celular a longo prazo. Esta, segundo o pesquisador principal Andrew A. Pieper, diminui com a idade.
"Quando os níveis de NAD+ caem abaixo do necessário, as células não conseguem desempenhar de forma eficaz funções essenciais de manutenção e sobrevivência", disse o investigador em declarações ao website do canal de televisão norte-americano.
Por seu turno, Charles Brenner, consultor científico da Niagen, afirmou que o NAD+ desempenha um papel significativo no funcionamento de órgãos que exigem muita energia, incluindo o cérebro.
"O cérebro consome cerca de 20% da energia do corpo e tem uma enorme exigência por NAD+ para a produção de energia celular e restauro do ADN", notou Brenner.
Este acrescentou que pesquisas têm vindo a demonstrar os potenciais benefícios da suplementação de NAD+ em condições de saúde cerebral, como a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson e a ataxia telangiectasia (doença genética).
No estudo em questão, os investigadores usaram um medicamento intitulado P7C3-A20 para restaurar os níveis normais de NAD+. Em ratos que tinham a doença de Alzheimer mais avançada, o medicamento reverteu o acúmulo de amiloide e tau, restaurando completamente a função cognitiva.
"Durante mais de um século, a doença de Alzheimer foi considerada irreversível", notou Pieper. "O nosso estudo fornece uma prova de princípio de que algumas formas de demência podem não ser inevitavelmente permanentes", realçou.
Riscos e limitações do estudo
A principal limitação do estudo é que foi realizado apenas em modelos de ratos, sendo que não pode ser diretamente aplicável à doença em humanos.
"O Alzheimer é uma doença complexa, multifatorial e exclusivamente humana", destacou Pieper. "A eficácia em modelos animais não garante os mesmos resultados em pacientes humanos", reconheceu.
Os autores do estudo também alertaram que os suplementos de NAD+ vendidos sem receita médica podem elevar demais o nível desta enzima no organismo, o que em alguns animais promoveu o surgimento de cancro.
Assim, se estiver a considerar em recorrer a este suplemento, o melhor é aconselhar-se primeiro com o seu médico.
IN:NM
