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Alemanha e Áustria contra aumento significativo do orçamento da União Europeia
Merz invocou a difícil situação orçamental em que se encontra a Alemanha.
A Alemanha e a Áustria manifestaram-se esta sexta-feira contra um aumento significativo do orçamento da União Europeia (UE), após uma primeira discussão sobre o quadro financeiro plurianual no Conselho Europeu, na quinta-feira.
"Do ponto de vista do Governo federal, não vejo muito espaço para um aumento substancial do orçamento", disse o chanceler alemão, Friedrich Merz, numa conferência de imprensa em Berlim ao lado do homólogo austríaco, Christian Stocker, na qual ambos também se mostraram contra assumir mais dívida comunitária.
O chanceler alemão conservador afirmou que sempre defendeu que a UE dispusesse de mais recursos próprios em vez de depender tanto das contribuições dos Estados-membros, mas sublinhou que, enquanto forem estes a financiar os orçamentos, haverá "limites".
Merz invocou a difícil situação orçamental em que se encontra a Alemanha.
"Repito o que disse ontem [quinta-feira]: temos de reorganizar as prioridades no orçamento comunitário. Tarefas adicionais nem sempre podem implicar despesas adicionais, mas devem ser financiadas com novas prioridades. Esta é a difícil tarefa que temos pela frente", afirmou, referindo-se à reunião do Conselho Europeu realizada na quinta-feira em Bruxelas.
Merz também aludiu ao perigo que implica um maior endividamento em caso de uma crise financeira como as que ocorrem periodicamente, visto que isso também implica que haja alguém disposto a comprar os títulos.
"Globalmente, neste momento, há um endividamento recorde dos Estados, das empresas e das famílias. Não é uma situação saudável", salientou o chefe do Governo alemão.
Por seu lado, Stocker argumentou que nem todos os "desafios" podem ser resolvidos "com dinheiro".
O quadro financeiro plurianual não tem de "permanecer igual", mas também não é verdade que com mais dinheiro tudo seja mais fácil, justificou, defendendo que, por vezes, "o resultado é melhor se se investir de forma mais eficiente".
Está previsto que, em pouco mais de duas semanas, a Comissão Europeia apresente uma proposta para as contas que cobrirão o período 2028-2034.
Atualmente, os 27 Estados-membros da UE contribuem com 1% dos respetivos Produtos Internos Brutos (PIB) para o orçamento comunitário.
A posição alemã e austríaca contraria a de Portugal, cujo primeiro-ministro, Luís Montenegro, defende um aumento da contribuição de cada Estado.
Correio da Manhã

Merz invocou a difícil situação orçamental em que se encontra a Alemanha.
A Alemanha e a Áustria manifestaram-se esta sexta-feira contra um aumento significativo do orçamento da União Europeia (UE), após uma primeira discussão sobre o quadro financeiro plurianual no Conselho Europeu, na quinta-feira.
"Do ponto de vista do Governo federal, não vejo muito espaço para um aumento substancial do orçamento", disse o chanceler alemão, Friedrich Merz, numa conferência de imprensa em Berlim ao lado do homólogo austríaco, Christian Stocker, na qual ambos também se mostraram contra assumir mais dívida comunitária.
O chanceler alemão conservador afirmou que sempre defendeu que a UE dispusesse de mais recursos próprios em vez de depender tanto das contribuições dos Estados-membros, mas sublinhou que, enquanto forem estes a financiar os orçamentos, haverá "limites".
Merz invocou a difícil situação orçamental em que se encontra a Alemanha.
"Repito o que disse ontem [quinta-feira]: temos de reorganizar as prioridades no orçamento comunitário. Tarefas adicionais nem sempre podem implicar despesas adicionais, mas devem ser financiadas com novas prioridades. Esta é a difícil tarefa que temos pela frente", afirmou, referindo-se à reunião do Conselho Europeu realizada na quinta-feira em Bruxelas.
Merz também aludiu ao perigo que implica um maior endividamento em caso de uma crise financeira como as que ocorrem periodicamente, visto que isso também implica que haja alguém disposto a comprar os títulos.
"Globalmente, neste momento, há um endividamento recorde dos Estados, das empresas e das famílias. Não é uma situação saudável", salientou o chefe do Governo alemão.
Por seu lado, Stocker argumentou que nem todos os "desafios" podem ser resolvidos "com dinheiro".
O quadro financeiro plurianual não tem de "permanecer igual", mas também não é verdade que com mais dinheiro tudo seja mais fácil, justificou, defendendo que, por vezes, "o resultado é melhor se se investir de forma mais eficiente".
Está previsto que, em pouco mais de duas semanas, a Comissão Europeia apresente uma proposta para as contas que cobrirão o período 2028-2034.
Atualmente, os 27 Estados-membros da UE contribuem com 1% dos respetivos Produtos Internos Brutos (PIB) para o orçamento comunitário.
A posição alemã e austríaca contraria a de Portugal, cujo primeiro-ministro, Luís Montenegro, defende um aumento da contribuição de cada Estado.
Correio da Manhã