Nelson14
GF Platina
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Na noite de 25 para 26 de Novembro de 1967, de Cascais a Alenquer, a chuva chegou a atingir os 170 L/m2 – por hora. Água e lama levaram bairros e aldeias, 20 mil casas foram destruídas. Oficialmente, houve 462 mortos, mas o número pode ter chegado aos 700. Perante a apatia de Salazar, 5 mil alunos ajudaram as vítimas. Um movimento que marcou uma geração
Fora da Grande Lisboa, poucos portugueses perceberam a dimensão das cheias de 1967. O número de mortos será para sempre uma incógnita porque a comissão de censura do regime salazarista tudo fez para esconder o seu impacto.
Os dados oficiais apontavam para 250 vítimas mortais, mas só após a Revolução de Abril é que os especialistas procuraram repor a verdade dos números. O rigor nunca será alcançado, mas estima-se que mais de 700 pessoas tenham morrido durante as inundações.
As cheias denunciaram a pobreza em que as populações da Grande Lisboa viviam e a quase total ausência de meios de socorro. Durante os dias a seguir às inundações, as redacções dos jornais receberam telegramas e telefonemas com orientações sobre o que se deveria escrever: qualquer referência ao movimento de solidariedade dos estudantes universitários de Lisboa seria, por exemplo, riscado pelo lápis azul da censura.











Fonte: dn.pt - imagens internet