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In Memoriam
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Desde o dia em que peguei numa cana de pluma e lhe coloquei na extremidade uma pluma montada por mim, conseguindo enganar aquele peixe que, noutros dias, me ocultara a sua beleza, tudo mudou! A partir desse momento, vi que a pesca tinha para mim outro sentido, tinha muito mais para dar que o simples facto de apanhar um peixe, tinha todo um mundo de conhecimento em que a natureza estava presente e onde era possível senti-la. Depois, todo este mundo foi direccionado por mim, e por muitos outros pescadores, de modo a conseguir capturar barbos, carpas, achigãs e robalos à pluma, onde o que realmente interessa não é capturar muitos exemplares, mas sim vencer a dificuldade que cada um representa. Sei que isto apenas tem significado quando o sentimos na pele, mas sei também que, com estas palavras, é possível partilhar um pouco do que sinto e tentar fazer com que desperte a sua vontade de experimentar.
Uma questão de observação
A pesca à pluma, mais do que qualquer outra modalidade, obriga o pescador a realizar um estudo aprofundado da espécie que pretende pescar, porque, ao não ser utilizado qualquer tipo de engodo ou isca viva, é necessário compreender do que realmente a espécie se alimenta, como e quando o faz.
Os afluentes do Rio Douro são ideais para a pesca do barbo à ninfa, porque, nos meses de Maio e Junho, os barbos sobem os rios, para darem início ao seu ciclo reprodutivo, tornando-se fácil detectar a sua presença, pois, normalmente, encontram-se em grande número e é possível observar as suas manchas escuras no leito do rio. È um espectáculo natural digno de ser visto.
Para quem pesca à pluma, o desafio começa no momento em que chegamos a um rio com uma grande quantidade de barbos, porque cada rio é um rio e o barbo nem sempre tem o mesmo comportamento e nem sempre demonstra receptividade às nossas plumas. Foram muitas as pescarias em que barbos de grande tamanho passeavam pelo rio, mas nenhuma pluma despertava o seu interesse. Nestes casos, apenas podemos imaginar qual a sensação de convencer tal peixe a comer a nossa pluma e a luta que poderia proporcionar.
O material
As características físicas do barbo tornam-no num peixe muito forte que irá, sem dúvida, pôr à prova todo o material, ainda mais se praticarmos a sua pesca em zonas com alguma corrente, porque, nestas condições, um barbo cravado é muito mais resistente quando aproveita a corrente para descer o rio ou então quando se coloca na corrente forte dos rápidos. O grande desafio da pesca desta espécie à pluma, é tentarmos fazê-lo com material ligeiro, aumentando, deste modo, a dificuldade e, ao mesmo tempo, a nossa satisfação.
A cana
Para pescar o barbo à ninfa, recomendo uma cana para linha n.º 4 ou n.º 5 de 9 pés. Claro que isto vai depender do tamanho dos barbos e de termos no local de pesca espaço para manobrar um exemplar de bom tamanho. Se o rio onde pescamos for largo e não tiver muitos obstáculos, podemos optar pela cana de linha n.º 4 e, nestas condições, mesmo com um grande barbo cravado, não teremos problemas de maior, ainda que normalmente tenhamos que descer uns bons metros de rio. Caso contrário, teremos de utilizar uma cana para linha n.º 5 ou até superior, de modo a travar as tentativas dos barbos em descerem ou subirem o rio.
O carreto
Mesmo sendo possível utilizar um carreto de pluma normal, sem grandes características, eu aconselho a utilização de um carreto com travão de disco, com capacidade para uma linha WF da mesma numeração da cana utilizada e uns 20m de backing (linha de reserva), visto que poderemos ter uma agradável surpresa. Um barbo de bom tamanho, quando cravado, leva rapidamente uma quantidade aceitável de linha do carreto. Daí que, nestas condições, o carreto é importante e ajudará a controlar as suas fugidas.
Autor: José Rodrigues


A pesca à pluma, mais do que qualquer outra modalidade, obriga o pescador a realizar um estudo aprofundado da espécie que pretende pescar, porque, ao não ser utilizado qualquer tipo de engodo ou isca viva, é necessário compreender do que realmente a espécie se alimenta, como e quando o faz.
Os afluentes do Rio Douro são ideais para a pesca do barbo à ninfa, porque, nos meses de Maio e Junho, os barbos sobem os rios, para darem início ao seu ciclo reprodutivo, tornando-se fácil detectar a sua presença, pois, normalmente, encontram-se em grande número e é possível observar as suas manchas escuras no leito do rio. È um espectáculo natural digno de ser visto.
Para quem pesca à pluma, o desafio começa no momento em que chegamos a um rio com uma grande quantidade de barbos, porque cada rio é um rio e o barbo nem sempre tem o mesmo comportamento e nem sempre demonstra receptividade às nossas plumas. Foram muitas as pescarias em que barbos de grande tamanho passeavam pelo rio, mas nenhuma pluma despertava o seu interesse. Nestes casos, apenas podemos imaginar qual a sensação de convencer tal peixe a comer a nossa pluma e a luta que poderia proporcionar.


As características físicas do barbo tornam-no num peixe muito forte que irá, sem dúvida, pôr à prova todo o material, ainda mais se praticarmos a sua pesca em zonas com alguma corrente, porque, nestas condições, um barbo cravado é muito mais resistente quando aproveita a corrente para descer o rio ou então quando se coloca na corrente forte dos rápidos. O grande desafio da pesca desta espécie à pluma, é tentarmos fazê-lo com material ligeiro, aumentando, deste modo, a dificuldade e, ao mesmo tempo, a nossa satisfação.

Para pescar o barbo à ninfa, recomendo uma cana para linha n.º 4 ou n.º 5 de 9 pés. Claro que isto vai depender do tamanho dos barbos e de termos no local de pesca espaço para manobrar um exemplar de bom tamanho. Se o rio onde pescamos for largo e não tiver muitos obstáculos, podemos optar pela cana de linha n.º 4 e, nestas condições, mesmo com um grande barbo cravado, não teremos problemas de maior, ainda que normalmente tenhamos que descer uns bons metros de rio. Caso contrário, teremos de utilizar uma cana para linha n.º 5 ou até superior, de modo a travar as tentativas dos barbos em descerem ou subirem o rio.

Mesmo sendo possível utilizar um carreto de pluma normal, sem grandes características, eu aconselho a utilização de um carreto com travão de disco, com capacidade para uma linha WF da mesma numeração da cana utilizada e uns 20m de backing (linha de reserva), visto que poderemos ter uma agradável surpresa. Um barbo de bom tamanho, quando cravado, leva rapidamente uma quantidade aceitável de linha do carreto. Daí que, nestas condições, o carreto é importante e ajudará a controlar as suas fugidas.

Autor: José Rodrigues
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