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Aécio Neves é o político que não precisa da política para viver e ser feliz
Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia...sa-da-politica-para-viver-e-ser-feliz-1671799
RITA SIZA 05/10/2014 - 07:31
O líder do PSDB tem charme e jogo de contura,e enorme popularidade. Mas na campanha demorou a revelar uma verdadeira gana de vitória.
Aécio Neves UESLEI MARCELINO/REUTERS
TÓPICOS
Brasil
Eleições
Ano grande do Brasil
Aécio Neves
O poder nunca caiu no colo de Aécio Neves de bandeja e sem esforço, mas o percurso trilhado pelo candidato presidencial mineiro, de 54 anos, não esteve exactamente repleto de dificuldades e agruras, como foi o caso das suas duas principais adversárias políticas e eleitorais, Dilma Rousseff e Marina Silva.
Aécio não passou fome, não foi militante estudantil, nem foi preso e torturado pelo regime militar. Aliás, até ao arranque da campanha eleitoral, o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), cujo símbolo é o tucano, gabava-se da sua “vida boa”, um desabafo honesto mas potencialmente desastroso para quem se vai apresentar ao eleitorado num momento delicado em que nas ruas se reclama das condições que infernizam a vida de milhões de brasileiros.
Nascido a 10 de Março de 1960, Aécio Neves da Cunha integra uma “família com tradição política no Brasil”, como modestamente refere a sua biografia oficial publicada no livro da candidatura. Não é preciso dizer, porque o Brasil inteiro sabe, que Aécio é neto de um dos políticos mais proeminentes e mais populares que o Brasil já conheceu. Mas Tancredo, o Presidente eleito em 1985 que morreu antes de tomar posse, é uma figura que paira sobre Aécio como uma nuvem.
Foi como secretário particular do avô, em Belo Horizonte, que o jovem Aécio, então com 23 anos e recém-licenciado em Economia, iniciou a sua carreira profissional. Para trás ficava a sua vida no Rio de Janeiro, onde vivia desde os dez anos por força da carreira do pai. As duas cidades cruzam-se várias vezes na sua biografia, e ajudam a explicar a sua personalidade: “Misto de playboy carioca e menino do interior mineiro seria uma boa definição para Aécio, segundo quem o conhece bem”, escrevia a revista Piauí, num perfil do candidato presidencial publicado em Junho. Aécio gosta das “badalações” e do glamour da vida citadina, e também das raízes e simplicidade do mundo rural.
A iniciação política aconteceu em 1986, então no centrista Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que era a força política do seu avô e que ainda hoje é o maior partido do país. Aécio foi eleito deputado federal e rumou a Brasília. Dois anos mais tarde, foi um dos insatisfeitos com o Governo de José Sarney que assumiram a dissidência e logo a ruptura, e fundaram o PSDB. Em 1988, Aécio esteve no grupo de congressistas que trabalharam na redacção da Constituição.
Durante a década de 90, reelegeu-se três vezes consecutivas para a Câmara dos Deputados, que presidiu em 2001. Por inerência do cargo, foi “Presidente” durante três dias, quando Fernando Henrique Cardoso e o seu vice, Marco Maciel, estiveram fora do país ao mesmo tempo. Numa entrevista após a experiência, ao Estadão, disse que a experiência não lhe agradara: sentiu uma solidão profunda.
Depois, como o avô, foi governador de Minas Gerais de 2003 a 2010 – dois mandatos, com a reeleição a bater quase nos 80% dos votos válidos. De Belo Horizonte regressou a Brasília, agora como senador: não há discurso em que Aécio não lembre que a sua taxa de aprovação no governo estadual foi de 92%, nem mencione o sucesso do seu programa de gestão, assente num “choque de gestão” e “défice zero”.
Na campanha nacional, porém, o retrato mais ou menos idílico da sua gestão em Minas Gerais foi borratado com as notícias do chamado “mensalão tucano”, com as dúvidas levantadas num processo do Ministério Público relativo a verbas da saúde (que foi arquivado) ou com as suspeitas de corrupção que envolvem o seu projecto de construção de um aeroporto em terrenos da sua família.
E por falar em família, os mandatos de Aécio em Minas Gerais são também motivo de especulação na imprensa por causa da preponderância e influência da sua irmã Andrea – para muitos o cérebro da operação política Neves – responsável pela comunicação do governador (e agora do candidato presidencial). Aliados e adversários comparam-na a Goebbels, e assumem que é ela quem faz, nos bastidores, a articulação política da campanha.
Além de Andrea, um ano mais velha, tem outra irmã, Ângela. Em 1991 casou-se com a advogada Andrea Falcão, mãe da sua filha Gabriela, de 23 anos, e uma das suas melhores amigas e conselheiras (estão divorciados desde 1998). No ano passado, casou novamente com a ex-modelo Letícia Weber, de 34 anos, que em Junho foi mãe dos gémeos Júlia e Bernardo. Os bebés foram baptizados, antes de uma acção de campanha.
Votações em Portugal:espi28:
Aércio Neves, vence. Comenta o Jornal Diário de Noticias.
Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia...sa-da-politica-para-viver-e-ser-feliz-1671799
RITA SIZA 05/10/2014 - 07:31
O líder do PSDB tem charme e jogo de contura,e enorme popularidade. Mas na campanha demorou a revelar uma verdadeira gana de vitória.
Aécio Neves UESLEI MARCELINO/REUTERS
TÓPICOS
Brasil
Eleições
Ano grande do Brasil
Aécio Neves
O poder nunca caiu no colo de Aécio Neves de bandeja e sem esforço, mas o percurso trilhado pelo candidato presidencial mineiro, de 54 anos, não esteve exactamente repleto de dificuldades e agruras, como foi o caso das suas duas principais adversárias políticas e eleitorais, Dilma Rousseff e Marina Silva.
Aécio não passou fome, não foi militante estudantil, nem foi preso e torturado pelo regime militar. Aliás, até ao arranque da campanha eleitoral, o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), cujo símbolo é o tucano, gabava-se da sua “vida boa”, um desabafo honesto mas potencialmente desastroso para quem se vai apresentar ao eleitorado num momento delicado em que nas ruas se reclama das condições que infernizam a vida de milhões de brasileiros.
Nascido a 10 de Março de 1960, Aécio Neves da Cunha integra uma “família com tradição política no Brasil”, como modestamente refere a sua biografia oficial publicada no livro da candidatura. Não é preciso dizer, porque o Brasil inteiro sabe, que Aécio é neto de um dos políticos mais proeminentes e mais populares que o Brasil já conheceu. Mas Tancredo, o Presidente eleito em 1985 que morreu antes de tomar posse, é uma figura que paira sobre Aécio como uma nuvem.
Foi como secretário particular do avô, em Belo Horizonte, que o jovem Aécio, então com 23 anos e recém-licenciado em Economia, iniciou a sua carreira profissional. Para trás ficava a sua vida no Rio de Janeiro, onde vivia desde os dez anos por força da carreira do pai. As duas cidades cruzam-se várias vezes na sua biografia, e ajudam a explicar a sua personalidade: “Misto de playboy carioca e menino do interior mineiro seria uma boa definição para Aécio, segundo quem o conhece bem”, escrevia a revista Piauí, num perfil do candidato presidencial publicado em Junho. Aécio gosta das “badalações” e do glamour da vida citadina, e também das raízes e simplicidade do mundo rural.
A iniciação política aconteceu em 1986, então no centrista Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que era a força política do seu avô e que ainda hoje é o maior partido do país. Aécio foi eleito deputado federal e rumou a Brasília. Dois anos mais tarde, foi um dos insatisfeitos com o Governo de José Sarney que assumiram a dissidência e logo a ruptura, e fundaram o PSDB. Em 1988, Aécio esteve no grupo de congressistas que trabalharam na redacção da Constituição.
Durante a década de 90, reelegeu-se três vezes consecutivas para a Câmara dos Deputados, que presidiu em 2001. Por inerência do cargo, foi “Presidente” durante três dias, quando Fernando Henrique Cardoso e o seu vice, Marco Maciel, estiveram fora do país ao mesmo tempo. Numa entrevista após a experiência, ao Estadão, disse que a experiência não lhe agradara: sentiu uma solidão profunda.
Depois, como o avô, foi governador de Minas Gerais de 2003 a 2010 – dois mandatos, com a reeleição a bater quase nos 80% dos votos válidos. De Belo Horizonte regressou a Brasília, agora como senador: não há discurso em que Aécio não lembre que a sua taxa de aprovação no governo estadual foi de 92%, nem mencione o sucesso do seu programa de gestão, assente num “choque de gestão” e “défice zero”.
Na campanha nacional, porém, o retrato mais ou menos idílico da sua gestão em Minas Gerais foi borratado com as notícias do chamado “mensalão tucano”, com as dúvidas levantadas num processo do Ministério Público relativo a verbas da saúde (que foi arquivado) ou com as suspeitas de corrupção que envolvem o seu projecto de construção de um aeroporto em terrenos da sua família.
E por falar em família, os mandatos de Aécio em Minas Gerais são também motivo de especulação na imprensa por causa da preponderância e influência da sua irmã Andrea – para muitos o cérebro da operação política Neves – responsável pela comunicação do governador (e agora do candidato presidencial). Aliados e adversários comparam-na a Goebbels, e assumem que é ela quem faz, nos bastidores, a articulação política da campanha.
Além de Andrea, um ano mais velha, tem outra irmã, Ângela. Em 1991 casou-se com a advogada Andrea Falcão, mãe da sua filha Gabriela, de 23 anos, e uma das suas melhores amigas e conselheiras (estão divorciados desde 1998). No ano passado, casou novamente com a ex-modelo Letícia Weber, de 34 anos, que em Junho foi mãe dos gémeos Júlia e Bernardo. Os bebés foram baptizados, antes de uma acção de campanha.
Votações em Portugal:espi28:
Aércio Neves, vence. Comenta o Jornal Diário de Noticias.
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